Medidas do governo do RJ podem gerar R$ 27,9 bi até 2018

Caso sejam aprovadas, medidas vão gerar resultado positivo de R$ 13,3 bi em 2017 e R$ 14,6 bi em 2018.

Em estado de calamidade pública, o governo do Rio de Janeiro anunciou nesta sexta-feira, 4, uma série de medidas para tentar atingir o equilíbrio fiscal.

Caso sejam aprovadas, as medidas vão gerar um resultado positivo de R$ 13,3 bilhões em 2017 e R$ 14,6 bilhões em 2018, um total de R$ 27,9 bilhões. A estimativa do governo é que, sem as medidas, o déficit do Estado atingirá R$ 52 bilhões até dezembro de 2018.

O governo enviará nesta sexta-feira 22 projetos de lei à Assembleia Legislativa (Alerj) com o pacote de medidas a serem aprovadas.

Pelos cálculos do governo as medidas no campo previdenciário vão gerar um incremento de R$ 5,5 bilhões em 2017 e R$ 8,3 bilhões em 2018. O déficit da Previdência é o mais grave para o Estado, somando R$ 12 bilhões de um déficit total de R$ 17,5 bilhões previsto para 2016.

O Estado propõe a criação de uma alíquota previdenciária temporária, que será aplicada por pelo menos 16 meses se aprovada. Ela valerá para ativos, inativos e pensionistas.

Estes dois últimos, hoje isentos, passarão a pagar alíquota de 30%. Os servidores ativos terão sua alíquota majorada de 11% para 14% e pagarão como alíquota extraordinária 16%.

A medida terá impacto financeiro R$ 11,8 bilhões, somados os anos de 2017 e 2018. Com a adoção das medidas previdenciárias o governo espera uma redução do aporte do Tesouro estadual de R$ 6 bilhões de 2018 a 2022.

O governador Luiz Fernando Pezão anunciou uma redução do número de secretarias de 20 para 12. Também serão extintas sete autarquias e fundações, como Suderj e Fundação Leão XIII.

O governo cortará em 30% o total de cargos em comissão e 50% das gratificações pagas. Também fazem parte das medidas de austeridade o fim dos programas sociais Aluguel Social, Renda Melhor e Renda Melhor Jovem.

A folha de pagamento sofrerá também, com os reajustes salariais concedidos em 2014 para a segurança pública, bombeiros e auditores fiscais adiado por um período de três anos. Os parcelamentos serão adiados para 2020, 2021 e 2022. Os reajustes serão limitados a 70% da receita corrente líquida.

Apesar dos sacrifícios impostos aos servidores, Pezão destacou que o programa procurou poupar empregos. “Sei que as medidas impactam muito a vida do funcionário público, mas procuramos preservar empregos.

Nenhuma das medidas demite funcionários”, disse. Segundo o governador, as propostas mostram que todos no Estado podem enfrentar a crise juntos, ativos e inativos.

Fonte: EXAME


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