Em alta, setor de franquias se consolida em 2024

Considerado seguro e estruturado por especialistas, o setor de franquias se destacou, em 2024, como uma forma de integrar novos investidores e marcas consolidadas no mercado. Para os franqueados, esse modelo reduz o risco de negócio, pois é operada uma unidade com um modelo previamente validado e conhecido entre os consumidores.

Por definição, franquia (ou franchising empresarial) é o sistema pelo qual o franqueador (dono da franquia) cede ao franqueado (pessoa com o desejo de abrir a franquia) o direito de uso da marca ou patente, associado ao direito de distribuição exclusiva ou semiexclusiva de produtos ou serviços. “O franqueado, em troca, faz um investimento inicial, paga taxas de franquia e royalties, e segue as regras e padrões estabelecidos no contrato”, explica o sócio-fundador e CEO da Rockfeller Language, André Belz.

O especialista destaca que o funcionamento de uma franquia envolve várias etapas, como a seleção do franqueado, a assinatura do contrato, o aporte financeiro, além de treinamento e suporte contínuo oferecido pelo franqueador em áreas como marketing, vendas e operações. O modelo tem como maior atrativo a redução de riscos.

“A franquia oferece uma oportunidade de empreender com menor risco, já que o modelo de negócio é testado e conta com o suporte do franqueador”, aponta André Belz. Para o franqueado, isso pode indicar autonomia financeira e acesso a uma marca que possui estratégias de marketing e suporte operacional definidos.

O modelo de franquias também pode desempenhar um papel significativo na economia. As franquias geram empregos diretos e indiretos, além de contribuir para o desenvolvimento regional e impulsionar o empreendedorismo de forma estruturada.

“Uma franquia é, acima de tudo, a replicação de um modelo de sucesso. Trata-se de pegar um negócio que deu certo e torná-lo duplicável, permitindo que outra pessoa use seu nome, seus recursos, sua identidade visual, sua arquitetura e seus padrões operacionais”, defende o Co-CEO do Mr. Cheney, Johannes Castellano.

O processo de franquear exige uma estrutura bem definida e respaldada por aspectos legais, como a Circular de Oferta de Franquia (COF) e o contrato de franquia. Esses documentos estabelecem as responsabilidades de ambas as partes, garantindo que o franqueador mantenha o padrão de excelência e que o franqueado compreenda os limites e as condições do negócio.

Segundo uma pesquisa do Sebrae Nacional, ter um negócio próprio é, atualmente, um dos três principais desejos de seis em cada dez brasileiros. Para os que desejam empreender, a franquia surge como uma porta de entrada acessível e segura. Com a vantagem de operar sob o respaldo de uma marca já consolidada, os franqueados contam com uma base sólida para enfrentar os desafios do mercado. Além disso, o suporte contínuo, que inclui treinamentos e estratégias de marketing, facilita a adaptação e aumenta as chances de sucesso.

O modelo de franquias combina o melhor dos dois mundos: a inovação e a flexibilidade de um negócio próprio, com a segurança e o respaldo de um sistema estruturado. Para investidores e empreendedores, é uma oportunidade de gerar impacto econômico e social, promovendo o crescimento regional e contribuindo para o fortalecimento do mercado de trabalho.

De acordo com um levantamento da Associação Brasileira de Franchising, o mercado como um todo teve um crescimento de 13%, em 2023, especificamente, no segmento que inclui serviços financeiros. Apenas no primeiro trimestre de 2024, a área cresceu 25,3%. Esse desempenho reflete o interesse dos consumidores por consultorias especializadas, atraindo novos investidores para esse tipo de negócio.

Para Jenni Almeida, especialista em finanças e CEO da Invest4U, as franquias de serviços financeiros oferecem não apenas um caminho lucrativo, mas também a segurança de um modelo de negócios testado e aprovado — uma vantagem importante em um mercado no qual muitos negócios falham antes de completar um ano.

“Esse formato entrega a estrutura e o suporte que novos empreendedores precisam, reduzindo obstáculos ao longo do caminho. Além disso, as franquias são projetadas para se adaptar aos avanços tecnológicos e à demanda por serviços omnichannel, criando um ambiente de negócios sólido e preparado para o futuro”, afirma.

Muitos profissionais querem empreender, mas sentem o peso dos riscos e das incertezas financeiras que acompanham um novo negócio. O modelo de franquia no setor financeiro ajuda a contornar esses desafios, oferecendo treinamentos completos e acompanhamento próximo para garantir a segurança dos franqueados.

No Distrito Federal, o mercado de franquias segue em crescimento. Segundo dados divulgados pela Associação Brasileira de Franchising (ABF), o setor registrou um faturamento superior a R$ 1,5 bilhão no terceiro trimestre de 2024, representando um avanço de 10,4% em comparação ao mesmo período do ano passado.

Em âmbito nacional, a área também apresentou desempenho expressivo. O faturamento das franquias no Brasil avançou 12,1% no terceiro trimestre em relação a 2023, refletindo o dinamismo e a capacidade de adaptação das redes em um cenário competitivo. Apesar de uma ligeira expansão de 0,6% no número de unidades, o DF conta com 4.710 operações em funcionamento.

Alguns segmentos lideraram o crescimento das franquias no Distrito Federal e em todo o país. Setores como limpeza e conservação, saúde, beleza e bem-estar foram impulsionados pela demanda por serviços convenientes e personalizados. A alimentação manteve sua relevância, alavancado pelo consumo em formatos de entrega e take-away, além da capacidade das redes de se adaptarem às preferências locais.

O franchising também desempenhou papel relevante na geração de empregos. Nacionalmente, o setor registrou um aumento de 3,85% no número de postos de trabalho, passando de 1,612 milhão para 1,674 milhão de empregos formais. Na capital, o crescimento foi mais moderado, com alta de 1,2%, somando 41.694 vagas diretamente relacionadas às operações de franquias.

“O crescimento de 10,4% no faturamento e a estabilidade no número de unidades são indicadores claros de que o Distrito Federal continua sendo um mercado atrativo e dinâmico para as franquias. Além disso, o aumento na geração de empregos reflete o compromisso do setor em contribuir com o desenvolvimento econômico e social da região”, ressalta o diretor regional da ABF no Centro-Oeste, Eduardo Santinoni.

15 livros para presentear no amigo secreto

O amigo secreto é uma tradição de fim de ano que promove diversão, surpresa e laços de amizade. É uma oportunidade perfeita para demonstrar carinho e atenção com um presente especial. Livros, por exemplo, são escolhas significativas que vão além do material: eles carregam histórias, ensinamentos e momentos de prazer que podem marcar a vida do presenteado.

De investigação até romance erótico, da fantasia a dicas de maternidade, de contos ao empreendedorismo. Há opções para variados tipos de leitores. Por isso, abaixo, confira algumas opções de livros para presentear o seu amigo secreto!

1. O roubo em três atos

‘O roubo em três atos’ conta a história de três protagonistas conectadas por uma maldição (Imagem: Reprodução digital | Harlequin Books)

Para quem ama histórias que misturam romance, fantasia e protagonistas fortes, esta promete fisgar a atenção desde a primeira página. Nesta narrativa escrita por Paola Aleksandra, a deusa negra Nix, a pirata Joana e a artista Elena são conectadas por uma maldição que atravessa os séculos. Cada uma delas está lutando para driblar os próprios destinos e encontrar o amor verdadeiro. Será que elas vão conseguir? O enredo transporta o leitor da Grécia Antiga à Europa Vitoriana, até chegar em uma São Paulo contemporânea, em uma trama cheia de magia, aventura e, claro, muita paixão.

2. Detetive: o caso do diamante Dumpleton

‘Detetive: o caso do diamante Dumpleton’ traz enigmas e mistérios para serem solucionados com toda a família (Imagem: Reprodução digital | Editora Via Leitura – Grupo Editorial Edipro)

Na série ‘Detetive’, os amantes de um bom mistério precisam assumir o papel de investigador na agência de Hartigan Browne, autor do livro. Com desafios interativos e enigmas intrigantes, a publicação propõe desvendar casos como o roubo de um valioso diamante ao desaparecimento de um cachorro. A obra tem 50 mistérios para serem solucionados com toda a família. Será que o seu amigo secreto tem o que é preciso para decifrar as charadas?

3. O melhor lugar do mundo

Em ‘O melhor lugar do mundo’, Anna é confrontada pela liberdade e descobertas sexuais (Imagem: Reprodução digital | Citadel Editora)

Casada há 10 anos, Anna Coleman acreditava viver um relacionamento perfeito com o marido. A cumplicidade, o carinho e o sexo diário faziam com que se sentisse uma mulher plenamente satisfeita. No entanto, Matthew Smith, um jovem misterioso, aparece em seu caminho causando-lhe arrepios desde o primeiro toque e ela é tomada por sensações nunca experimentadas. Em ‘O melhor lugar do mundo’, a escritora François Alfonse apresenta uma narrativa envolvente sobre liberdade e descobertas sexuais femininas com cenas picantes.

4. Desvendando o Instagram

Em ‘Desvendando o Instagram’, Júlia Munhoz revela estratégias para atrair a audiência certa na rede social (Imagem: Reprodução digital | DVS Editora)

Se o seu amigo secreto é empreendedor e está precisando daquele “empurrãozinho” nas redes sociais, a dica perfeita é o lançamento de Júlia Munhoz, ‘Desvendando o Instagram’. Nesta obra, a autora revela estratégias comprovadas para atrair a audiência certa, criar conteúdos envolventes e estabelecer um relacionamento autêntico com seus seguidores. O livro é um guia prático para aumentar seguidores, engajamento e vendas.

5. Os fantasmas de Borgo Palazzo

Em ‘Os fantasmas de Borgo Palazzo’, o leitor passa por uma jornada de reflexão sobre solidão, vida e morte (Imagem: Reprodução digital | Matrix Editora)

Nesta novidade da escritora Gisela Rao, o leitor faz uma viagem para a cidade de Bérgamo, na Itália. A história começa em um outono italiano, quando a protagonista se depara com um visitante intrigante no cemitério da cidade. Esse homem, parecido com o ator De Niro, chama a atenção da narradora, e é só o início de uma jornada de descobertas e reflexões sobre solidão, vida e morte.

6. Como se vingar do seu ex

Em ‘Como se vingar do seu ex’, June e Levi entram em um namoro falso para se vingar dos antigos amores (Imagem: Reprodução digital | Editora VR)

No livro de Emma Lord, June Hart vira meme depois que o namorado termina com ela ao vivo em um reality show para ficar com outra participante. Levi Shaw que viraliza quando a noiva é flagrada com um ator famoso. Amigos de infância, os dois se encontram na cidade natal e uma foto do reencontro gera rumores de romance na internet. É quando os dois decidem entrar em um fake dating apaixonante para se vingar dos respectivos ex, mas a busca por vingança acaba aproximando-os mais do que eles esperavam.

7. Rejeitada pelo Feérico

‘Rejeitada pelo Feérico’ narra a história de um poderoso feérico que precisa se casar com uma humana para cumprir uma profecia (Imagem: Reprodução digital | Divulgação)

Conhecida pelos romances picantes, em ‘Rejeitada pelo Feérico’, a escritora best-seller Mari Sales narra a história de um poderoso feérico que precisa se casar com uma humana para cumprir uma profecia e libertar seu povo. Os dois fazem um acordo, mas nenhum deles esperava se apaixonar e desenvolver sentimentos tão profundos no processo.

8. O filho que eu não amei

Em ‘O filho que eu não amei’, Vincenzo e Giovani se deparam com a oportunidade de se reconectarem (Imagem: Reprodução digital | Divulgação)

Na obra escrita por Jhonatas Nilson, Vincenzo passou muito tempo preso ao próprio remorso e nunca deu tanta atenção ao afastamento do filho Giovani. O menino cresceu diante do silêncio e se acostumou a lidar com a indiferença do pai desde cedo. Mas, em meio aos destroços da família, os dois são obrigados a se conectar e percebem a importância do perdão e dos recomeços.

9. História de H.

Em ‘História de H.’, o leitor acompanha a busca do protagonista por novos rumos para a própria vida (Imagem: Reprodução digital | Editora Patuá)

H. é um sexagenário que está sempre perturbado durante as festas de fim de ano, mas conta com o auxílio de pessoas que trazem singularidade para seu ciclo social. Depois de um Natal e Réveillon repletos de surpresas, ele volta à sua rotina enquanto busca novos rumos para a própria vida. Com uma multiplicidade de vozes, a obra de D.B. Frattini traz um ar cômico e profundo para os dilemas da existência humana.

10. 3 natais recifenses

Em ‘3 natais recifenses’, o leitor acompanha três contos sobre Natal, esperança e reencontros (Imagem: Reprodução digital | Caravana Grupo Editorial)

É possível preencher o vazio nos corações partidos ou solitários durante o Natal? Neste livro, o escritor Israel Pinheiro explora vivências tipicamente brasileiras para falar sobre sentimentos comuns evocados pela data, como esperança, reencontros e saudade. Apesar dos temas densos, os desfechos dos três contos que compõem a obra são leves e otimistas, homenageando a capacidade humana de resiliência em meio às dificuldades.

11. Obcecada pelo mafioso

Em ‘Obcecada pelo mafioso’, Miguel e Christine se apaixonam depois de um encontro improvável (Imagem: Reprodução digital | Editora Qualis)

No livro escrito por Mila Wander, Miguel Coppola é o futuro subchefe da máfia Caccini. Christine é uma jovem simples que aprendeu a sobreviver sozinha. Uma missão que dá errado, uma fuga e um tiroteio provocam um encontro improvável. A mulher se sente automaticamente fisgada pela beleza e pelos olhos misteriosos do homem, que a incitam ao perigo. Muita coisa está em risco para o futuro subchefe. Ainda assim, o mafioso não está disposto a desistir tão facilmente. Nem de seu poder… Nem de Christine!

12. Fins & feriados

‘Fins & feriados’ percorrem temas que refletem sobre o tempo e a transitoriedade da vida (Imagem: Reprodução digital | Editora Clube de Autores)

O Natal ganha sua própria história neste livro. No conto “Para onde as estrelas vão”, o Papai Noel está prestes a se aposentar e falta somente deixar os presentes em um orfanato. No entanto, ele não imagina que as crianças tenham um plano para aquela noite, tornando o último dia de trabalho caótico, divertido e emocionante. Além desse, outros textos do livro ‘Fins & feriados’, escrito por G. H. Oliveira, também percorrem temas que refletem sobre o tempo e a transitoriedade da vida.

13. Mãe também é gente

Em ‘Mãe também é gente’, a autora Silmara Luz traz exercícios práticos que ensinam às mães a cuidarem de si (Imagem: Reprodução digital | Divulgação)

Para aquela amiga secreta que enfrenta diariamente os desafios emocionais da maternidade, a indicação é a obra ‘Mãe também é gente’, da terapeuta e mãe Silmara Luz. Nesta obra, ela sugere uma jornada de autodescoberta para resgatar a identidade feminina além do papel materno. Com exercícios práticos, ensina que cuidar de si é o primeiro passo para fortalecer a mãe e proporcionar estabilidade emocional aos filhos. Um guia acolhedor que transforma a maternidade em um caminho de equilíbrio e realização.

14. 168 dias viajando pelo mundo

‘168 dias viajando pelo mundo’ convida o leitor a explorar paisagens, artes e experiências vividas por um casal ao redor do mundo (Imagem: Reprodução digital | Divulgação)

E se cada viagem fosse uma oportunidade de aprendizado? Em 168 dias viajando pelo mundo, Maria Leopoldina de Castro convida o leitor a explorar paisagens, artes e experiências vividas por ela e o marido em uma jornada por 11 países e 40 cidades. A obra vai além de um guia turístico, oferecendo um relato inspirador sobre as descobertas culturais, sociais e espirituais de um casal 60+. Um convite único para viajar sem sair do lugar.

15. Nos braços do meu protetor

Em ‘Nos braços do meu protetor’, Fabrizio e Mariana acabam se apaixonando sem saber a verdadeira identidade um do outro (Imagem: Reprodução digital | Grupo Editorial Portal)

No livro de Cláudia Castro, o delegado de narcóticos, Fabrizio Flauzi, acredita ter prendido o responsável por uma facção de drogas. Determinada a provar a inocência do pai, Mariana Vaz inicia a própria investigação para se vingar do policial que destruiu sua família, mas se torna alvo de uma perigosa rede de tráfico de mulheres.

Os dois se aproximam sem conhecer a verdadeira identidade um do outro e são unidos por uma noite inesperada de paixão. Quando ela descobre quem ele realmente é, seu amor enfrenta grandes desafios em meio a mentiras, crimes e cenas picantes.

Por Dielin da Silva

Programa da Petrobras vai oferecer 12.750 vagas de qualificação profissional

O programa Autonomia e Renda Petrobras lançou nessa terça-feira (dia 10), no Rio de Janeiro, um edital com vagas gratuitas com objetivo de qualificar profissionalmente e ampliar oportunidades para pessoas em situação de vulnerabilidade socioeconômica. Serão oferecidas 12.750 em quatro anos, com pagamento de bolsa.

Os participantes do projeto — realizado em parceria com a Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e o Serviço Social da Indústria (Sesi) — devem ser moradores de áreas de abrangência das operações da Petrobras das regiões Sul, Sudeste e Nordeste do Brasil.

Requisitos

Os requisitos para o ingresso no programa são ter mais de 18 anos, escolaridade mínima exigida por cada curso, ser morador das áreas de abrangência da Petrobras e estar em situação de vulnerabilidade social. A seleção dos candidatos e candidatas será realizada por meio de sorteio eletrônico.

Mulheres, pessoas transgêneros, transexuais e travestis, indígenas, quilombolas, pretos e pardos, refugiados e pessoas com deficiência terão preferência.

“Junto à Petrobras, queremos proporcionar melhores condições de empregabilidade, de qualidade de vida e, consequentemente, autonomia financeira. O nosso objetivo é contribuir com as necessidades do setor de energia e possibilitar que os participantes do programa enxerguem oportunidades de trabalho em seus próprios territórios”, avalia Eliane Damasceno, gerente de Responsabilidade Social da Firjan/Sesi.

Como se inscrever

Com investimento de R$ 205 milhões, o programa vai oferecer as 12.750 vagas nos próximos quatro anos. As inscrições podem ser realizadas até o dia 23 de dezembro, por meio do site ou nas unidades do Senai.

Em 2025, unidades Senai Sesi de sete estados (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Pernambuco) vão ofertar 285 cursos técnicos e de qualificação profissional nas seguintes áreas: Elétrica, Edificações, Mecânica, Metalurgia, Soldagem, Automação Industrial, Planejamento e Controle de Produção e Segurança do Trabalho, entre outras.

Além da formação profissional, o programa Autonomia e Renda conta com uma carga horária voltada para oficinas de Desenvolvimento Humano, uma metodologia da Firjan/Sesi que tem como finalidade fortalecer as competências sociais dos participantes, elevando o potencial de empregabilidade.

Bolsas de estudo

Além da gratuidade nos cursos de formação profissional e das oficinas de Desenvolvimento Humano, o programa prevê a concessão de bolsas-auxílio de R$ 660 mensais aos participantes.

Mulheres com filhos de até 11 anos de idade completos receberão uma bolsa com valor diferenciado de R$ 858 mensais.

“Essas bolsas de estudo são parte importante do programa para que a pessoa não desista do curso no meio do caminho. Outro destaque é o fornecimento diferenciado de bolsa-auxílio para mulheres com filhos pequenos. [A meta] é contribuir para que elas possam contar com um apoio para as crianças enquanto estão estudando, já que em nossa sociedade ainda é comum a mulher ter essa dupla jornada. Para garantir a bolsa durante todo o período do curso é necessário cumprir o mínimo de 75% de frequência mensal”, afirma Marcela Souza Levigard, gerente de Projetos Sociais da Petrobras.

Demanda crescente

O Autonomia e Rende surge pela demanda crescente de mão de obra qualificada na indústria de energia e nas regiões atendidas pela Petrobras.

“Trata-se de um investimento social privado e voluntário da maior empresa brasileira e uma das maiores petroleiras do mundo. A Firjan, Senai e Sesi se unem à Petrobras, utilizando toda a sua expertise para a formação profissional e o desenvolvimento humano de jovens e adultos que podem se tornar futuros trabalhadores da indústria”, disse Alexandre dos Reis, diretor executivo da Firjan/Senai/Sesi.

As vagas abertas têm conexão com o déficit de mão de obra qualificada nas empresas fornecedoras do setor de óleo e gás.

“Faltam profissionais capacitados para atuar em paradas de manutenção e projetos de investimento previstos no Plano Estratégico da Petrobras e acreditamos que a oferta desses cursos pode impulsionar as oportunidades para as comunidades próximas das nossas instalações. Com o curso concluído, os egressos serão orientados a buscar vagas no Sistema Nacional de Emprego (Sine). Da mesma forma, vamos estimular nossos fornecedores a oferecerem oportunidades de trabalho no Sine”, explica José Maria Rangel, gerente executivo de Responsabilidade Social da Petrobras.

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A mágoa de Lewandowski com o governo Lula

O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, não esconde dos interlocutores mais próximos a mágoa com que ele termina este primeiro ano à frente da pasta, por duas razões principais.

A primeira tem a ver com as especulações no Congresso e no próprio governo a respeito de sua saída do cargo para dar lugar a Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que termina em fevereiro seu mandato na presidência do Senado Federal e está cotado para ir para o primeiro escalão de Lula na reforma ministerial.

Aos amigos, Lewandowski tem dito que nunca teve planos de ser ministro da Justiça, que estava tranquilo em sua aposentadoria e só aceitou o cargo porque foi chamado para uma missão pelo presidente Lula. Agora, se vê sendo submetido a um processo de fritura por conta dessa disputa pelo seu ministério, já que uma das razões que se alega entre os aliados de Pacheco para a troca na pasta é a falta de resultados da gestão de Lewandowski.

Segundo esses aliados, tanto no Senado como no próprio governo Lula, o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) não teria traquejo de negociação política e por isso não teria conseguido até agora fazer avançar no Congresso a PEC da Segurança Pública.

Esse argumento irrita e chateia Lewandowski, que o considera injusto. Na visão dele e de sua equipe, a PEC só não andou porque teria sido boicotada dentro do próprio governo, mais especificamente pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa.

Nessas conversas reservadas, ele reclama que a PEC teria ficado parada na pasta de Costa à espera de aval para ser discutida no Congresso desde o início de seu mandato. E só mais recentemente, no final de outubro, ela começou a ser debatida publicamente, em uma reunião com governadores.

A PEC estabelece mudanças na Constituição para dar mais poder à União de coordenar as iniciativas de segurança pública, como a integração das polícias e o reforço ao Sistema Único de Segurança Pública (SUSP), com a padronização de protocolos, informações e dados estatísticos.

Governadores da oposição

Ela enfrenta a resistência de vários governadores, que também não querem abrir mão de seu poder sobre a polícia. Depois das críticas públicas de figuras da oposição como Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo, Cláudio Castro (PL), do Rio de Janeiro, e Ronaldo Caiado (União Brasil), de Goiás, o ministro da Casa Civil marcou uma segunda reunião com os chefes de executivos estaduais antes de enviar a PEC ao Congresso, o que chateou o ministro da Justiça.

Tanto que, depois desta última reunião, na terça-feira (10), Lewandowski afirmou que considerava “encerradas” as negociações com os governadores sobre sugestões para a PEC.

“Eu tenho impressão que está encerrada [a negociação com os governadores], a fase das propostas. É claro que, se houver outras propostas que venham a partir dessas reuniões, serão bem-vindas e serão examinadas com relação ao seu mérito”, declarou.

O plano do ministro da Justiça é encaminhar a PEC para o Congresso no ano que vem. Mas isso agora depende de ele continuar no cargo.

Pacote fiscal: Crise nas emendas paralisa negociações no Congresso

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Processos judiciais do DF serão auxiliados por inteligência artificial

A Justiça Federal do Distrito Federal contará com uma nova aliada para agilizar processos: a Plataforma de Inteligência Artificial para o Judiciário. Lançada nesta quarta-feira (11/12), a tecnologia foi desenvolvida, em parceria entre o Governo do Distrito Federal (GDF) e o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), para otimizar a triagem, classificação e elaboração de processos judiciais, prometendo mais eficiência e celeridade.

A nova tecnologia, que será implementada inicialmente na Justiça Federal do Distrito Federal, permitirá ao TRF1 automatizar tarefas judiciais, reduzir o acúmulo de processos e capacitar profissionais. Segundo o juiz federal Itagiba Catta Preta, a plataforma terá duas funções principais: triagem de processos, para a seleção mais precisa dos casos a serem analisados, e elaboração de minutas, a fim de dar apoio na criação de relatórios e bases para decisões judiciais.

“Essa plataforma representa celeridade e eficiência na prestação jurisdicional, além de melhorar a qualidade de vida dos operadores do direito”, ressaltou Catta Preta.

Durante a cerimônia de lançamento, o governador Ibaneis Rocha destacou o caráter inovador do projeto. “Ficamos muito felizes em colaborar com a Justiça Federal em um dos projetos mais inovadores no campo da prestação jurisdicional. A inteligência artificial trará maior agilidade e eficiência para a tramitação dos processos”, afirmou.

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Com um investimento de quase R$3 milhões, a iniciativa foi financiada por meio do programa Desafio DF, ligado ao FAPDF. A plataforma integra esforços para fomentar pesquisa, inovação e desenvolvimento tecnológico voltados às demandas da administração pública.

O projeto promete também beneficiar o ecossistema de inovação do Distrito Federal, envolvendo startups, instituições de pesquisa e outros parceiros estratégicos. Além de apoiar ações empreendedoras, a plataforma incentiva a realização de estudos e a divulgação de dados relacionados à inteligência artificial aplicada à Justiça.

Durigan: governo envia ainda nesta terça portaria que viabiliza emendas

O secretário-executivo da Fazenda, Dario Durigan, disse nesta terça-feira (10/12) que o governo deve enviar ainda hoje uma portaria para viabilizar o pagamento de emendas parlamentares.

“Eu espero que sim. A forma como a gente tem tratado é sempre com muita transparência. Vamos fazer um acordo, tem um acordo com o Congresso para tratar as emendas”, destacou.

A declaração foi dada durante um almoço da Frente Parlamentar do Empreendedorismo.

A expectativa é de que o governo libere R$ 4,1 bilhões em emendas de comissão e R$ 2,3 bilhões em emendas de bancada.

O imbróglio das emendas se complicou ainda mais nesta semana quando o ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou integralmente um pedido da Advocacia-Geral da União (AGU) para reconsiderar as ressalvas que havia feito ao liberar as emendas.

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Projeto oferece atendimentos gratuitos a cuidadoras de pessoas com deficiência

A partir desta segunda-feira (9/12), a Secretaria da Mulher do Distrito Federal (SMDF), em parceria com o Instituto Cultural Social do Distrito Federal (INCS), lança o projeto Mães Mais que Especiais, destinado a atender gratuitamente mães e cuidadoras de pessoas com deficiência em várias regiões administrativas.

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A iniciativa pioneira e aberta ao público oferece serviços de saúde, capacitação, orientação jurídica e conscientização sobre a importância de políticas públicas inclusivas. O objetivo é beneficiar mais de 6 mil pessoas nas regiões de Ceilândia, Santa Maria, Planaltina, Samambaia, São Sebastião e Sol Nascente/Pôr do Sol.

Os atendimentos estão estruturados em cinco eixos principais:

Saúde integral: serviços de saúde, terapias e palestras sobre prevenção de doenças e enfrentamento à violência de gênero;

Autonomia econômica: foco em capacitação, com oficinas, treinamentos e mentorias em empreendedorismo e educação financeira;

Educação, cultura e lazer: atividades artísticas, lúdicas e oficinas;

Desenvolvimento social: orientação jurídica e acesso a políticas sociais;

Informação e divulgação: distribuição de materiais informativos e exibição de vídeos sobre os programas da Secretaria da Mulher.

– Ceilândia: 9 a 14 de dezembro de 2024 – Praça da Bíblia, Ceilândia Centro

– Santa Maria: 20 a 25 de janeiro de 2025 – Ao lado da Administração Regional

– Planaltina: 17 a 22 de fevereiro de 2025 – Praça da Administração Regional

– Samambaia: 17 a 22 de março de 2025 – Centro Urbano Samambaia Sul

– São Sebastião: 28 de abril a 3 de maio de 2025 – Q. 101 Conjunto 08

– Sol Nascente/Pôr do Sol: 9 a 14 de junho de 2025 – SHSN VC 311, Trecho II

Serviço

Lançamento do projeto Mães Mais que Especiais

Data: Segunda-feira, 9 de dezembro

Horário: 9h

Local: Praça da Bíblia, Ceilândia Centro

Com informações da Secretaria da Mulher do Distrito Federal (SMDF).

A favor do Brasil e dos brasileiros

» JUSCELINO FILHO, Ministro das Comunicações

Desde 2009, a China se firmou como o maior parceiro comercial do Brasil, uma relação que se fortalece a cada ano. A recente visita do presidente chinês, Xi Jinping, à capital brasileira não só reforça o prestígio do Brasil no cenário internacional, mas também sublinha a importância estratégica dessa parceria para ambos os países. Celebramos, neste ano, meio século de relações diplomáticas, um marco que atesta a solidez e a longevidade dessa cooperação.

No âmbito das telecomunicações, o Ministério das Comunicações deu um importante passo ao assinar acordos com a empresa chinesa SpaceSail e com a Administração Nacional de Dados do país asiático. Esses acordos visam impulsionar a conectividade e a economia digital no Brasil, áreas cruciais para o desenvolvimento socioeconômico do país. No entanto, é importante esclarecer que essa parceria não deve ser vista como uma escolha entre tecnologias chinesa ou americana, como a da Starlink, mas, sim, como uma estratégia para ampliar a concorrência com mais opções disponíveis aos brasileiros.

A tecnologia de internet via satélites de baixa órbita apresenta uma solução inovadora para levar internet de alta velocidade a regiões remotas do Brasil, onde as infraestruturas tradicionais de conexão são limitadas ou inexistentes. Estamos falando de moradores de regiões rurais, territórios indígenas, comunidades ribeirinhas e quilombolas, onde, muitas vezes, é muito difícil a chegada de cabos de fibra óptica por causa de uma série de dificuldades. Se não é possível levar a infraestrutura de internet por terra, então é necessária a alternativa satelital. O Brasil, com sua vasta extensão territorial e diversidade geográfica, enfrenta desafios únicos em termos de conectividade. Portanto, é essencial que busquemos todas as opções disponíveis para superar essas barreiras e promover a inclusão digital.

A Starlink já oferece seus serviços no Brasil e continuará a expandir sua presença, com 224,5 mil conexões registradas, das quais um terço está na Região Norte. O Brasil é um grande mercado consumidor, com um potencial significativo de crescimento. Portanto, a introdução da SpaceSail no cenário brasileiro nos próximos anos não deve ser vista como uma competição, mas como uma oportunidade de diversificação e fortalecimento da infraestrutura digital do país. Afinal, nenhum mercado é sadio quando apenas uma empresa domina.

Além da empresa chinesa, outra companhia americana, a Amazon, com seu projeto Kuiper, pretende lançar a sua constelação de satélites de baixa órbita e oferecer seus serviços de conectividade no Brasil. A direção nacional da empresa nos procurou neste segundo semestre para apresentar seu projeto e a intenção de operar no país.

Uma maior concorrência pode impulsionar melhorias nos serviços oferecidos e fomentar a inovação tecnológica e a redução de custos, tornando a internet de alta velocidade mais acessível para todos. Queremos garantir que todos os cidadãos, independentemente de sua localização, tenham acesso a serviços de internet de alta qualidade e a preços justos.

Isso é fundamental para dar acesso a uma série de serviços públicos e privados, além de inserir essa população na economia digital, que é a economia do futuro. Não apenas para poderem realizar compras em lojas on-line e receberem em suas casas, como também para abrir a possibilidade de novas oportunidades de geração de emprego e renda, seja por meio de um trabalho remoto seja pelo empreendedorismo, com a venda de seus produtos para clientes de todo o Brasil.

O Ministério das Comunicações não trabalha em defesa de outras nações nem a favor de empresas ou tecnologias específicas. Nosso compromisso é — e sempre será — com o povo brasileiro. Acreditamos que, ao promover a diversidade de opções e incentivar a presença de mais empresas operando no país, quem realmente ganha é a população. E é isso que continuaremos a fazer: buscar incessantemente soluções que beneficiem o povo brasileiro.

Empresas que nasceram virtuais na pandemia estão migrando para o espaço físico

O e-commerce tem registrado um crescimento acelerado nos últimos anos, impulsionado pela praticidade de acesso e pela conveniência de realizar compras a qualquer hora e lugar. No entanto, um movimento tem ganhado força: marcas originalmente digitais estão se expandindo para o mundo físico.

Essa tendência é global. Segundo uma pesquisa do Shopify, baseada em dados da National Retail Federation (a associação de varejo dos Estados Unidos), os shoppings estão recuperando espaço no pós-pandemia, atraindo consumidores da Geração Z, que buscam conectar as experiências on-line às do mundo real. O estudo revela que 80% do volume de vendas no varejo global ocorre no ambiente físico.

As lojas físicas proporcionam uma experiência de compra mais completa, permitindo que os consumidores interajam diretamente com os produtos e recebam um atendimento mais personalizado. Além disso, esses espaços funcionam como uma ferramenta de fortalecimento da marca, criando ambientes imersivos que refletem a essência do negócio e estabelecem conexões mais profundas com o público.

Dados da empresa de pesquisa de mercado CX Trends apontam que cerca de 62% dos consumidores acham que as empresas poderiam fazer um trabalho melhor adaptando suas experiências. Eles querem que as empresas entendam suas necessidades e preferências e adaptem a experiência de compra a essas necessidades.

Para o fundador e presidente da Cherto Consultoria e um dos pioneiros do franchising no Brasil, Marcelo Cherto, muitos consumidores ainda preferem ver, tocar e experimentar os produtos antes de comprar. “Isso faz com que a loja física tenha uma preferência, pois ela permite essa interação, o que tende a aumentar a confiança do consumidor ao fazer uma compra”, disse. “Dependendo da sua experiência, essa compra pode até ser repetida pelo canal digital, quando se tratar do mesmo produto, ou de um produto basicamente igual”, ressaltou.

Uma segunda vantagem, de acordo com Cherto, é o fortalecimento da marca. “A presença física num shopping ou numa rua de comércio tende a reforçar a visibilidade e a credibilidade da marca, criando maior consciência e, portanto, maior confiança entre os consumidores. Cada loja funciona como uma espécie de outdoor vivo, além de funcionar como um espaço de experiência”, explicou.

Pesquisa feita pelo Conselho Internacional de Shopping Centers (ISC, na sigla em inglês), do Canadá, aponta que a abertura de uma nova loja física leva a um aumento médio de 37% no tráfego geral no website da marca. Segundo o administrador e consultor financeiro Jamberly Mattos, o varejo precisa aderir ao chamado OmniChanel, que significa chegar ao consumidor por todos os canais possíveis. “A empresa tem que ter a loja físicas, o e-commerce, o delivery, o take-out (Pague e Retire). Alguns supermercados aqui no Brasil já têm as chamadas DarkStores, ou seja, lojas para atender delivery e retiradas”, explicou.

“Por outro lado, o que foi percebido no pós-pandemia e com a Geração Z, é que as pessoas gostam da experiência, ou seja, muitas vezes elas vão nas lojas físicas para experimentar, conhecer o produto e, depois, até mesmo compram pelo canal on-line. Muitos lojistas relataram que o consumidor vai à loja e compra um produto que será entregue em casa. Ele foi atendido pela loja até o momento de finalizar a compra. Depois, ele já está sendo atendido pelo canal e-commerce”, comentou Mattos.

Já para o economista, especialista em reestruturação financeira de empresas, Luís Alberto de Paiva, o mercado não encontra limites para testar novos e velhos modelos de negócio.”Outra vertente das relações de consumo parece tentar se posicionar de maneira contrária, levando a experiência e o contato direto entre fabricante e consumidor de maneira mais calorosa e direta na comunicação, (Experience Store), trazendo a geração Z para lojas físicas”, pontuou.

“Nessa relação, o consumidor deixa o consumo através de mídias sociais e passa a consumir neste espaço de experiência. As operações on-line funcionam sempre como fidelização de produtos expostos fisicamente. O grande problema é que as lojas físicas demonstram e as lojas on-line vendem”, completou Paiva.

Exemplos recentes dessa migração incluem o Magazine Luiza, conhecido pelo seu e-commerce robusto, que recentemente anunciou a abertura de uma megaloja na Avenida Paulista, e o Enjoei, plataforma nativa digital que inaugurou três lojas físicas em 2024 com planos de expansão. Outro exemplo é o Grupo Petlove, que também investiu em lojas físicas para complementar sua operação digital.

Outra empresária que fez essa migração foi a Marianna Bezerra, fundadora da L’Avière Joias. Segundo ela, o digital foi a solução inicial para empreender durante a pandemia, enquanto trabalhava como enfermeira em UTIs. Começou vendendo joias para colegas e logo expandiu para as redes sociais. “O ambiente on-line oferecia segurança e alcance. Mas, com o crescimento das vendas, percebi que a loja física seria um diferencial para proporcionar uma experiência sensorial aos clientes”, contou.

A transição para o físico não foi fácil. Mariana enfrentou desafios como reformas e a escolha do ponto ideal. Ainda assim, a loja física se tornou um espaço para fortalecer a relação com os clientes e reforçar a essência da marca. “Hoje, tanto o on-line quanto o físico se complementam. Enquanto o digital amplia nosso alcance, o físico cria conexões mais próximas e fortalece nossa credibilidade”, afirmou.

“A principal diferença foi entender que no ambiente físico a experiência do cliente é muito mais sensorial e imediata. No on-line, precisamos usar imagens e palavras para transmitir confiança e desejo. No físico, é a atmosfera da loja, o atendimento pessoal e o contato direto com as joias que encantam. A transição foi mais fácil porque mantive meu foco na essência da marca e na relação com os clientes, seja no digital ou no presencial”, ressaltou.

A Uso Assim, uma marca pernambucana criada em 2016 por Álvaro Roberto e Laís, começou sua jornada exclusivamente on-line. “Não tínhamos recursos para abrir uma loja física na época. O digital era mais acessível e nos permitia vender sem os altos custos de um ponto comercial”, relembrou Álvaro. O Instagram e o site foram as plataformas escolhidas para dar os primeiros passos. No entanto, à medida que a marca crescia, surgiu a demanda pelo físico. O casal começou participando de feiras e eventos e logo percebeu a necessidade de expandir.

“Ao abrir nosso primeiro espaço colaborativo, foi um processo difícil. No primeiro dia, quase ninguém apareceu, mas aos poucos construímos uma base de clientes”, contou Álvaro. Em 2019, a marca inaugurou sua loja exclusiva em Recife, que permanece até hoje como um importante complemento ao negócio on-line. “A loja física permite que os clientes provem as roupas, tenham uma experiência sensorial e fortaleçam a conexão com a marca. Apesar de o site ainda ser nosso principal canal de vendas, a presença física agrega valor ao posicionamento da marca e diversifica nossas fontes de receita.”

Outra história marcante é a da ABÊ Sunglasses, marca de óculos fundada por Augusto Braz. A empresa nasceu durante a pandemia, quando Braz vendia os óculos diretamente de sua casa. “O digital democratizou o empreendedorismo. Comecei com um investimento baixo e consegui divulgar a marca pelas redes sociais. Mas percebi que meu produto exigia experimentação, algo que o on-line não oferecia”, conta.

A transição para o físico ocorreu de forma gradual, com participações em feiras e eventos. Quando decidiu abrir um espaço físico, Augusto viu sua marca ganhar ainda mais credibilidade. “Foi um divisor de águas. A loja agregou valor ao produto, proporcionou uma experiência mais completa e nos permitiu expandir para armações de grau, algo que seria difícil no ambiente digital.” Segundo ele, o espaço físico também oferece uma vantagem competitiva. “No on-line, concorro com grandes players que praticam preços baixos. No físico, consigo justificar preços mais altos ao agregar experiência e atendimento personalizado.”

No setor de moda, a NIINI, de Carol Celico, também seguiu esse caminho. A marca nasceu no digital. Carol aproveitou sua experiência com redes sociais para criar um e-commerce de sucesso. Após um ano operando exclusivamente on-line, decidiu abrir lojas físicas.

“O físico permite inserir o cliente no universo da marca. Nossa loja é projetada para estimular todos os sentidos, desde o toque dos tecidos até uma fragrância exclusiva”, explicou Carol. Hoje, a NIINI possui duas lojas em São Paulo, que ajudaram a fidelizar clientes e fortalecer o branding. “A experiência física impulsionou tanto as vendas quanto a comunicação da marca, apresentando a NIINI como um verdadeiro lifestyle.”

Janayna Rosa Gonçalves, fundadora da Jana Rosa Cosmetics, também encontrou no físico uma forma de melhorar o atendimento e oferecer um diferencial. “Minha empresa começou no digital por necessidade. Trabalhando fora, não tinha tempo para atendimento presencial. Mas percebi que queria criar um espaço onde as clientes se sentissem confortáveis e bem atendidas”, relembrou Janayna.

Abrir a loja física foi desafiador, especialmente para educar os clientes sobre a importância de agendamentos e atendimento personalizado. “No início, o faturamento caiu porque não estávamos alimentando o site como antes. Mas, com o tempo, as clientes se adaptaram, e hoje quase não temos horários disponíveis para o presencial”, comemorou.

Baixada em Pauta #211: Pelé escolheu onde seria sepultado, diz CEO de maior cemitério vertical do mundo

No episódio mais recente do podcast Baixada em Pauta, Evans Edelstein, CEO do Grupo Memorial, revelou detalhes emocionantes sobre o maior desafio da carreira: o sepultamento de Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, no Memorial Necrópole Ecumênica, em Santos. O maior nome do futebol mundial morreu em 29 de dezembro de 2022, em decorrência de um câncer.

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Em bate-papo com os jornalistas Matheus Müller e Luiz Linna, Evans destacou que o enterro de Pelé foi muito mais do que uma simples cerimônia; foi um momento de enorme responsabilidade. Ele contou que o Rei do Futebol participou das decisões sobre o sepultamento.

“[O Pelé foi] um dos melhores amigos do meu tio, dono do maior cemitério do mundo, e chegou a dizer: “Pepe, eu quero ser sepultado aqui”, lembrou Evans, ao citar o empresário argentino Pepe Altstut, que fundou o Grupo Memorial. Ele morreu em 25 de março de 2021 de Covid-19.

O CEO comentou que a princípio Pelé havia comentado que gostaria de ficar no 9ª andar do Memorial, onde estão o pai e demais familiares, em espaço voltado para a Vila Belmiro. No entanto, com o tempo e pela proximidade, o Rei do Futebol se convenceu a ter um local só para ele, mais reservado, e que facilita o acesso de visitantes.

Empreendedorismo

O CEO também comentou sobre a trajetória do tio, que decidiu morar no Brasil aos 25 anos. Aqui empreendeu na construção civil, principalmente, e, em 1983 começou a construção do Memorial Necrópole Ecumênica que tem 14 andares e é considerado o cemitério vertical mais alto do mundo pelo Guinness Book, o livro dos recordes.

“Meu tio era um homem fora da curva. Aprendi muito com ele. Sinto-me emocionado ao lembrá-lo, principalmente porque, infelizmente, ele faleceu devido à Covid-19, e sentimos muito a sua falta. Ele não tinha a mentalidade de que algo poderia dar errado”.

O sobrinho e CEO destacou a garra e o “sangue quente” do tio. “Ele era corajoso, acreditava que tudo daria certo e fazia acontecer. Acho que muitas pessoas teriam desistido no meio do caminho, mas ele seguiu firme, sem jamais pensar em um plano B”.

Ainda durante o bate-papo, Evans falou sobre as outras atividades do grupo e como faz para administrar e continuar a desenvolver as empresas.

Você confere essa história e muitas outras no bate-papo no podcast ou videocast do Baixada em Pauta. O acesso pode ser feito nesta matéria, na home do g1 Santos, nos aplicativos de áudios favoritos ou pelo Facebook. Basta curtir as páginas e nos seguir!

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