Para sair da crise, Ometto defende CPMF, desde que Estado limite gasto

Rubens Ometto, presidente do conselho de administração da Cosan, afirma que é preciso agir para resolver o problema fiscal do Brasil.

Dada a gravidade do déficit, o controlador de um dos maiores grupos brasileiros chega a admitir a volta da CPMF, apesar da alta carga tributária já existente no país.

“A festa já foi dada e a conta terá de ser paga. Precisa ver como fica depois. Se fosse só para resolver o problema [temporário], mas ter a garantia de que o governo não voltaria a gastar mais do que arrecada, poderia ser”, diz.

“Quem não vive com R$ 1 mil, não vive com R$ 10 mil. Então, precisa transformar as regras porque se não amanhã vai ter de dobrar, para pagar outra conta”, afirma.

Outra alternativa tributária seria aumentar a Cide sobre os derivados de petróleo, diz o controlador da Cosan.

“Mas ela aumenta o preço do diesel e da gasolina, é inflacionária -o que a CPMF também é, mas de maneira mais disfarçada, as pessoas sentem menos [o imposto]. E a CPMF tem a vantagem, para o governo, pela forma que é cobrada. Entra direto na veia e não tem sonegação. Mas não sei o que eles estão pensando”, acrescenta.

Sobre a crise política, prefere não fazer comentários, por ora. “Há muita turbulência. É hora dos políticos se manifestarem.”

R$ 6,5 BILHÕES
foi o lucro bruto em 2015

19,3%
foi o aumento da receita líquida da Cosan Limited de 2014 a 2015

R$ 395 MILHÕES
foi o lucro líquido no quarto trimestre do ano passado

53,6%
foi a variação de Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) no período

A Flex, empresa de contact center, planeja investir R$ 35 milhões em novos centros de atendimento e inovações de tecnologia.Cobrança na linha

No segundo semestre, a companhia começará a construção de uma nova unidade em São Paulo, com capacidade para até 2.500 postos de trabalho.

Além disso, o centro de atendimento na zona leste da capital paulista será ampliado -a expansão deverá gerar mil novos empregos.

A empresa também vai direcionar seus investimentos em tecnologia para aprimorar o sistema de cobrança, área que deve ser o foco da Flex neste ano.

“É um segmento que cresceu com o aumento da inadimplência”, diz o presidente, Topázio Silveira Neto.

Cerca de R$ 15 milhões do aporte previsto para este ano deverão ser alocados em novos centros que serão destinados a projetos “em reta final de negociação” -os detalhes não foram revelados.

Em 2015, a área de cobrança da empresa teve crescimento de 40%, e a de contact center, de 30%.

R$ 448 milhões
foi a receita da Flex em 2015

11 mil
é o número de funcionários, distribuídos entre 12 unidades

As entidades financeiras não bancárias que concedem empréstimos a microempreendedores ganharam participação nas operações.

Os bancos têm a maior parte das concessões, mas as sociedades de crédito ao empreendedor avançaram de 7,7% das transações, em 2014, para 8,23%, no ano passado -atenderam 45 mil clientes.

A tendência é de alta segue, diz Haroldo Silveira, da associação de entidades. “Com o desemprego, há mais empreendedorismo, mas esses clientes têm dificuldades para acessar os bancos.”

Cada entidade financeira é especializada em um setor específico. A Empresta Capital tem como foco prestadores de serviços para condomínios.

A empresa quer terminar o ano com R$ 50 milhões em carteira, aumento de 66% em relação a 2015.

“Captamos financiamento de um fundo holandês”, afirma o presidente da sociedade, Ricardo Assaf.

O empresariado brasileiro tenta derrubar um acordo entre Brasil e Chile que limita o transporte de mercadorias entre os países a navios com as duas bandeiras.

A regra, vigente desde a década de 1970, apenas não vale para derivados de petróleo.

“Na época, o Brasil negociou uma série de acordos assim, para criar uma reserva de mercado e tentar desenvolver a marinha mercante. Esse não foi suspenso”, diz Diego Bonomo, da CNI (Confederação Nacional da Indústria).

A entidade encaminhou na quinta-feira (14) um pedido de suspensão do acordo a órgãos federais, como os Ministérios da Agricultura, da Fazenda e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

“Existem cerca de oito navios aptos nessa rota e apenas duas empresas operando, o que encarece o custo do frete.”

Após o pedido ser aceito, o acordo poderá ser suspenso por decisão unilateral, após um prazo de seis meses.

Fonte: Uol


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