Crédito para empresários deve ser ampliado, diz governo

O governo federal avalia aumentar o microcrédito bancário para pequenos negócios, disse o secretário de Inclusão Socioeconômica do Ministério de Desenvolvimento Social, Luiz Carlos Everton. Ele participou do Fórum Brasileiro de Microempreendedorismo, realizado nesta 4ª feira (17.mai.2023), em Brasília, pela Aliança Empreendedora.

Em geral, os bancos estatais oferecem crédito de até R$ 21.000 para empreendedores de pequeno porte. Os valores disponíveis variam de acordo com o perfil e experiência de crédito do cliente.

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Quem pode contratar microcrédito, em geral:

  • empreendedores informais – renda mensal de até R$ 30.000;
  • MEIs (Microempreendedores Individuais) – faturamento de até R$ 81.000 por ano; ou,
  • microempresas – faturamento bruto anual de até R$ 360.000.

“Os valores praticados hoje no microcrédito pararam no tempo. A maior parte das pessoas que recebem microcrédito, são beneficiários do Bolsa Família. Os valores precisam ser discutidos na rede bancária para amparar esses negócios e para que esses valores sejam mais elevados”, disse o executivo.

Além dos baixos valores, Everton também citou a dificuldade cadastral enfrentada por esses indivíduos para ter acesso aos financiamentos. O secretário defendeu, por outro lado, medidas para reduzir o percentual de microempresários consolidados dependentes do crédito.

“A gente sabe que muitos desses empreendedores ficam presos na concessão de crédito. Se parar, ele quebra”, afirmou sem citar números.

Luiz atribuiu a inadimplência dos pequenos negócios à alta dos juros. A taxa básica de juros, a Selic, está em 13,75%. O indicador tem sido alvo de constantes críticas do governo Lula, que pressiona o Banco Central para reduzi-la.

“A falta de educação financeira também é outro tema. As pessoas não são capacitadas para gerir seus negócios”, afirmou.

Desafios

O MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços) também considera necessário ampliar o acesso financeiro dos microempreendedores. O ponto foi indicado como um dos maiores desafios enfrentados pela pasta, segundo Raissa Rossiter, diretora do Departamento de Artesanato e Microempreendedor Individual da Sempe (Secretaria de Micro e Pequena Empresa e Empreendedorismo), que também participou do evento.

De acordo com Raissa, também é necessário fazer com que as políticas públicas implementadas façam diferenças reais na vida dos empreendedores. Outro desafio, afirma, é compreender as realidades distintas dos perfis desse segmento.

“Precisamos ser criativos nas políticas públicas para gerar soluções que sejam efetivas para a vida dos empreendedores. Estamos trabalhando fortemente na simplificação de informações. Como a informação chega, é interpretada e entendida por quem precisa dela”, disse.

Fonte: Poder 360


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