Conhecida como a Black Friday do primeiro semestre, a Semana do Consumidor começa nesta segunda-feira (11/3), com ofertas em varejistas de todo o país. Com promoções de até 80%, os descontos abrangem diversas categorias, como eletrônicos, itens para casa, decoração, eletrodomésticos, produtos de beleza, entre outras.
Segundo o coordenador do curso de MBA em Gestão de Negócios da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (Fecap), Roberto Falcão, o consumidor pode e deve aproveitar a ocasião para comprar mais barato, mas deve seguir alguns dicas para não cair em “fraudes”. Ele alerta que os clientes devem ter uma referência de quanto as empresas cobravam pelo produto antes da promoção, fazendo buscas em concorrentes confiáveis ou o histórico de preços do item.
Além disso, é preciso ficar de olho na data de validade, se for um produto perecível. “Não adianta comprar, por exemplo, várias caixas de leite com bom preço, mas perto da validade, pois é possível que você perca o produto e o valor investido, por não conseguir consumir tudo a tempo. Além disso, tente descobrir se a empresa não aumentou os preços dias ou semanas antes da Semana do Consumidor, para dar um falso desconto durante a liquidação”, reforça.
Segundo o professor, toda promoção justa e que ajude o consumidor a adquirir um produto ou serviço com bom valor, vale a pena. Mas, se você for consumista, é preciso ficar atento aos gatilhos usados pelo mercado, como as palavras “promoção” e “oferta”, para assim evitar comprar por impulso produtos que você não precisa, nem vai usar.
Outra dica é comprar com desconto coisas que têm valores mais elevados. Por exemplo: um produto de R$ 10, com desconto de 20%, não faz tanta diferença no bolso; mas um produto de R$ 2 mil, com 20% de desconto, tem um impacto muito maior em termos de economia. “Tenha atenção a brindes e promoções exclusivas e colecionáveis, pois se você for muito fã da marca, ou se aquela compra tiver um valor emocional, vale a pena aproveitar, pois a oportunidade pode ser única”, recomenda Penteado.
O especialista aconselha que o consumidor se organize da melhor forma, seja em uma planilha eletrônica, aplicativo ou papel, o seu fluxo de caixa. Segundo ele, é preciso colocar na ponta do lápis quanto você ganha, quais as suas receitas, quais os seus gastos, quais variantes de gastos você pode ter, em um caso de doença, por exemplo. “Esse controle ajuda o consumidor a não se endividar e definir prioridades de compras, evitando os gastos por impulso que prejudicarão o orçamento”, afirma.
Também é preciso ficar atento para não se endividar, pensando que compras parcelas podem, no futuro, competir com despesas e contas fixas, como aluguel, matrícula escolar, água, luz e telefone, para não comprometer o seu orçamento.
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