A presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, afirmou nesta segunda-feira (17) que a volta do presidente licenciado da Transpetro, Sérgio Machado, à empresa será uma decisão a ser tomada pelo próprio executivo. Machado, que presidiu subsidiária desde 2003, pediu no último dia 3 uma licença não remunerada de 31 dias do cargo.
Ele teve seu nome citado em depoimento em regime de delação premiada do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa. Costa disse ter recebido R$ 500 mil de Machado relativos a sua suposta participação em esquema de desvio de recursos em contratos de aluguel de embarcações.
Graça afirmou que, se não houver desdobramentos do caso, a volta ou não de Machado ao final do período de 31 dias, que vence no dia 4 de dezembro, será decidida por ele mesmo. “A decisão do Sérgio Machado [de pedir licença] foi dele. Entendo que ele deverá retornar à Transpetro [ao final do período]. Se esse processo não estiverem concluídos, o Sérgio Machado tomará as decisões que ele achará corretas para a Petrobras”, disse.
Nascido no Ceará, Machado, que ingressou na política em 1982, chegou à Transpetro em 2003, por indicação do senador Renan Calheiros (PMDB). Em nota na época em que pediu seu afastamento, Machado disse que tomou a decisão “de forma espontânea”, que não responde a processos no TCU (Tribunal de Contas da União) e que não tem contra si qualquer ação de improbidade “admitida na Justiça”. “Apesar de toda uma vida honrada, tenho sido vítima de imputações caluniosas feitas pelo ex-diretor Paulo Roberto Costa, cujo teor ainda não foi objeto sequer de apuração pelos órgãos públicos”, afirma.
Fonte: Bem Paraná