O ex-magnata russo do petróleo Mikhail Khodorkovski apresentou um pedido
para residir permanentemente na Suíça, segundo confirmou nesta
segunda-feira à Agência Efe seu porta-voz, Werner Schieppi.
“O senhor Khodorkovski quer ficar na Suíça. Sabemos que seu pedido está
sendo estudado neste momento”, disse Schieppi, acrescentando que a solicitação vale também para sua família.
O porta-voz, de
nacionalidade suíça, não informou quando e onde o pedido foi
apresentando, pois segundo ele “qualquer comentário pode perturbar o
processo”.
Khodorkovski, que foi há uma década o homem mais rico
da Rússia, deixou no final de dezembro a prisão russa onde permaneceu
detido por mais de uma década após ser anistiado pelo presidente russo,
Vladimir Putin, graças à mediação da diplomacia alemã.
O
ex-magnata abandonou imediatamente Rússia em um avião rumo à Alemanha,
onde se reuniu com sua família antes de viajar duas semanas mais tarde
para a Suíça.
No final do ano passado, a Confederação Helvética
concedeu um visto de três meses a Khodorkovski, e no início de janeiro
ele saiu de trem de Berlim para a cidade suíça de Basileia.
Schieppi
afirmou que as autoridades suíças não deram uma estimativa de quando
responderam o pedido e disse que trata-se de um “caso muito especial”,
que pode levar mais tempo do que o habitual.
O porta-voz
esclareceu que, ao contrário do que se publicou, a esposa de
Khodorkovski não vive na Suíça, por isso que a solicitação de residência
se estende para toda sua família.
Schieppi explicou que tanto
Khodorkovski como sua esposa visitam com frequência o país pois “há
muitos anos” dois de seus filhos estudam em um internado local.
Atualmente,
o ex-empresário se encontra na Ucrânia, onde ontem discursou para
milhares de manifestantes no Maidan (Praça da Independência) de Kiev, e
hoje participou de um ato em uma universidade.
Khodorkovski foi
preso em 2003 acusado de fraude e evasão fiscal, embora muitos o vissem
como uma vítima política do presidente russo, Vladimir Putin, após ter
denunciado que seu governo era corrupto e ter financiado partidos da
oposição.
Fonte: UOL