Líderes das melhores empresas de capital aberto revelam caminhos para evolução

Best Firm Index (BFI-100) elaborado pela Delta Economics & Finance em parceria com a AméricaEconomia é uma avaliação sobre as práticas das melhores empresas brasileiras e a maneira como se relacionam com investidores, acionistas, parceiros e como se inserem na sociedade.. A BRF, primeira colocada, relaciona o resultado à estratégia acertada da empresa nos últimos anos e a um conjunto de iniciativas, muitas passando pelos critérios analisados no levantamento. Um deles é o da inovação e qualidade.Segunda colocada
A Embraer, segunda colocada no ranking e destaque no quesito inovação e qualidade, informa que o tema está na essência e nos valores básicos da empresa desde sua criação. Essa importância é comprovada pelo fato de 46% da receita da companhia vir de novos produtos, ou seja, aqueles desenvolvidos ou significativamente melhorados nos últimos cinco anos. “Por competirmos com grandes empresas globais, somos demandados por uma exigência contínua de diferenciação e inovação em produtos, processos, modelos de negócio e mecanismos de relacionamento com os clientes”, informa a assessoria de imprensa da empresa.

Braskem
Na quinta colocação geral, a Braskem obteve uma das notas mais altas no quesito e diz que a inovação é um dos principais pilares do crescimento, e sempre contará com investimentos focados e iniciativas consistentes. O recurso anual em pesquisa e desenvolvimento chega a R$ 230 milhões, feitos tanto em profissionais especializados, capazes de lidar com processos de alta complexidade de gestão e tecnicidade, quanto em novos equipamentos e instalações. A empresa conta com uma equipe de 300 profissionais dedicada à pesquisa e ao desenvolvimento de produtos, além de dois Centros de Inovação e Tecnologia, localizados em Triunfo (RS) e em Pittsburgh (Pennsylvania), e 23 laboratórios.

Patentes
Tem ainda 850 documentos de patentes depositados no Brasil e no exterior e 260 projetos no pipeline de inovação e tecnologia para atender às diferentes áreas de negócios. Sexta colocada, a Duratex investiu R$ 41,6 milhões em inovação em 2014. Como forma de desenvolvê-la, criou em 2012 o Programa Imagine, com workshops para os colaboradores, como forma de disseminar a cultura inovadora e em contrapartida receber ideias e sugestões seguindo cinco dimensões: produtos, processos, novos negócios, organizacional e marketing. Até dezembro de 2014, foram 2.070 sugestões.

Para fora
Um dos pontos centrais colocados pelas companhias é o direcionamento para o mercado estrangeiro diante da retração da economia brasileira. A primeira colocada no ranking passou por um processo de reestruturação e está focada em se tornar uma empresa global.

Detentora das marcas Sadia, Perdigão e Qualy, é uma das maiores empresas de alimentos do mundo, com cerca de 100 mil funcionários, 34 unidades industriais no Brasil, nove fábricas no exterior (seis na Argentina, uma no Reino Unido, uma na Holanda e uma nos Emirados Árabes) e mais de 20 centros de distribuição. Atualmente, exporta para mais de 120 países. “Tomamos um série de medidas tanto no mercado brasileiro quanto nos internacionais. Por um lado, temos a visão de internacionalizar, de olho nos emergentes, mas ao mesmo tempo continuamos investindo muito no mercado doméstico.

Na mesma corrente, em 2015, a Braskem tem aumentado sua atuação nos mercados das Américas e da Europa com produção no Brasil, nos Estados Unidos e na Alemanha. Para 2016, entra em operação o complexo industrial no México da Braskem Idesa, principal investimento na indústria petroquímica mexicana em mais de uma década. “Além de grande mercado interno consumidor, o México mantém acordos de livre comércio com mais de 40 países, o que facilitará o acesso da empresa a esses mercados.

Braskem no México
Trata-se de um investimento superior a US$ 5 bilhões, iniciado em 2011”, diz Luciano Guidolin, vice-presidente de Poliolefinas, Vinílicos e Renováveis da Braskem. É claro que o olhar para fora tem a ver com os efeitos sentidos pela desaleração do Brasil, contra a qual as companhias têm tomado medidas. A Duratex iniciou, com a contratação da consultoria Falconi, o Sistema de Gestão, que inclui mais de 300 macroações em diversas áreas visando à diminuição de custos e aumento da eficiência. A Embraer revisou algumas de suas projeções.

A fim de refletir os efeitos da recente desvalorização do real frente ao dólar, a companhia mudou sua estimativa de receita líquida consolidada para 2015, que deverá ficar entre US$ 5,8 e US$ 6,3 bilhões (anteriormente estava entre US$ 6,1 e US$ 6,6 bilhões). A margem operacional (EBIT) do ano deverá atingir 8,5% a 9,0% (antes era de 8,0% e 8,5%) e a margem EBITDA deve variar de 12,6% a 13,6% (antes estava entre 12,0% a 13,0%). A empresa, porém, reitera suas estimativas anuais de lucro operacional (EBIT) e EBITDA de US$ 490 milhões a US$ 560 milhões e US$ 730 milhões a US$ 850 milhões, respectivamente.

Cenário nacional
No Brasil, apesar dos impactos negativos do cenário econômico, a Braskem inaugurou um investimento de R$ 50 milhões em expansão de capacidade de produção de resinas especiais de polietileno na unidade da Bahia. “Conseguimos avançar na prioridade de assegurar a competitividade de custos ao fechar a negociação para a renovação do contrato de energia com a Chesf, viabilizando as operações eletrointensivas na região Nordeste.

Continuamos também com prioridade na renovação do contrato de fornecimento da matéria-prima nafta pela Petrobras, em bases competitivas e permanentes. Disso depende toda a continuidade das operações da indústria petroquímica e seu desenvolvimento em bases sólidas, garantindo a possibilidade de ampliar os investimentos de longo prazo”, explica Guidolin.

Meio ambiente
“Desde sua criação, a sustentabilidade é transversal à Braskem. faz parte, portanto, de nossa estratégia de negócios”, explica Guidolin. Na prática, isso quer dizer que a empresa investe em Pesquisa e Desenvolvimento para reduzir os impactos ambientais tanto de suas operações quanto de seus produtos, usando recursos de forma eficiente.

A petroquímica diz estar avançada na adoção de uma gestão de negócios que promova a sustentabilidade de forma abrangente e concreta ao definir dez macro-objetivos a serem cumpridos até 2020 nos pontos de maior atenção, como recursos renováveis e eficiência hídrica. Com o Plástico Verde, produzido a partir de cana-de-açúcar, a empresa caminha para ser uma importante sequestradora de carbono devido ao uso de matérias-primas renováveis.

Pessoas
Uma série de programas de formação é realizada com regularidade pela Braskem, que investiu R$ 25 mi-lhões em educação de pessoas ao longo de 2014. Já a Duratex possui políticas de capacitação para estimular o desenvolvimento profissional. Outro ponto muito valorizado pela empresa, o recrutamento interno foi fortalecido para oferecer mais oportunidades de desenvolvimento aos colaboradores.

Fonte: EFE


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