Tabata lança pré-campanha e diz que, se eleita, contará com apoio de Lula e Tarcísio

A deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP) afirmou que é a única na disputa pela Prefeitura de São Paulo que terá apoio tanto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quanto do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), caso seja eleita. A parlamentar lançou a pré-campanha nesta quinta-feira, 25, em um evento realizado na laje da casa onde morou até os 16 anos no bairro Vila Missionária, zona sul de São Paulo.

Os últimos movimentos na corrida pelo comando da capital paulista mostram que a campanha caminha para a polarização entre Lula, que apoia o também deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP), e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que deve estar no palanque do atual prefeito Ricardo Nunes (MDB).

A pessebista, que tem como aliado o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), reconhece a importância das alianças com grandes líderes políticos no período eleitoral, mas vê como mais significativa a articulação com outras esferas de governo durante a administração.

“É o único projeto que terá o apoio do Lula e do Tarcísio na gestão. Pode perguntar para eles se não fariam tudo que pudessem para resolver os problemas da cidade”, disse. “Eu vou governar com o apoio deles. Polarização não tapa buraco nem deixa o ônibus mais rápido.”

O local do lançamento foi escolhido por representar o início da trajetória de Tabata, filha de pais nordestinos que conseguiu bolsas estudantis para escolas particulares até chegar a Harvard e depois entrar na política. A casa foi reformada e ampliada em parte por meio do dinheiro que ela passou a ganhar por uma bolsa que obteve após seu desenho na Olimpíada Brasileira de Matemática. Atualmente, a deputada mora no bairro Itaim Bibi.

Tabata recebeu o ministro do Empreendedorismo, Márcio França (PSB), e a esposa, Lúcia França (PSB), além do apresentador José Luiz Datena (PSB), pré-candidatos a vereadores e integrantes de sua equipe de campanha. Durante o evento, ela reforçou o convite para que Datena seja vice em sua chapa. Na última semana, a deputada já havia dito, ao Estadão, que ele “agrega muito ao projeto” do partido pelo comando da Prefeitura. Datena, por sua vez, disse que ainda é cedo para tomar uma decisão e que é preciso, antes, haver um consenso no PSB para que não haja racha interno na sigla.

Datena afirmou ainda que já recebeu dois convites para ser vice de Boulos, inclusive na atual eleição. “Não teria problema em ser vice dele, mas, entre os dois, eu acho a Tabata mais preparada para dirigir São Paulo”, explicou. O apresentador acrescentou que tem como horizonte político ser candidato ao Senado em 2026.

Tabata fala em ‘duas cidades’ e acena à periferia de SP

A deputada federal escolheu o aniversário de São Paulo para lançar um vídeo no qual expõe desigualdades entre as áreas nobres e as periferias da capital paulista.

“Tem duas cidades fazendo aniversário hoje. São 470 anos de luta e suor, mas isso não está se traduzindo em oportunidades para todo mundo”, disse Tabata. A parlamentar citou como exemplo sair de uma reunião na Faria Lima e dormir com a mãe na casa da Vila Missionária, onde, segundo ela, costuma faltar água. “Se não está bom para todo mundo, não está bom para ninguém.”

Alckmin participou do evento ao lado da esposa, Lu Alckmin, por meio de videoconferência. Ele tem sido pressionado por Lula, que não quer ver a base de governo dividida na eleição em São Paulo. Oficialmente, a justificativa para a ausência presencial do vice-presidente é o fato de não ser feriado em Brasília, o que dificultaria a viagem para a capital paulista.

Integrantes do PSB apostam que Alckmin tem experiência política mais do que suficiente para equilibrar a pressão de Lula e do PT por Boulos enquanto apoia Tabata. “São Paulo precisa de você, Tabata, para construir uma cidade de união e não de desigualdades”, afirmou Alckmin.

Zona sul será foco da eleição, projeta ministro

Outro apoiador de Tabata, o ministro do Empreendedorismo, Márcio França (PSB), projetou que a zona sul será o foco da eleição. A região é o local de origem de Tabata e Nunes, é onde Boulos reside atualmente e é uma área na qual Marta Suplicy, vice na chapa do pré-candidato do PSOL, é forte eleitoralmente. “A gente quer saber quem realmente conhece a zona sul e vive aqui”, disse o ministro.

França ainda minimizou a fala de Lula, que pediu a Alckmin, no final de dezembro, para que não estejam em palanques distintos em São Paulo. Para o ministro, o presidente fez um alerta para que partidos da base não apoiem candidatos bolsonaristas. Lula também está em São Paulo nesta quinta-feira, onde participa do aniversário de 90 anos da USP.

“A minha sensação é que o risco principal é o atual prefeito ficar fora do segundo turno, o que seria muito bom, porque derrotaríamos a polarização e teríamos um segundo turno qualificado”, disse Márcio França. A projeção eleitoral do ministro é diferente da feita por Tabata e Alckmin, que acreditam que ela vai para o segundo turno com Nunes e não com o candidato do PSOL por causa da rejeição dele entre o eleitorado paulistano.

A estratégia inicial de Tabata será focar nos votos de centro que entende disputar com Nunes e que estão fora da polarização entre petistas e bolsonaristas. A avaliação é que o principal desafio dela será se tornar mais conhecida, pois sua rejeição é baixa se comparada a Boulos.

A candidatura de Tabata Amaral não é apoiada por nenhum partido neste momento. O PSDB, cujos vereadores querem apoiar Nunes, é visto no entorno da candidata como a legenda que teria mais afinidade com as ideias dela.

A articulação política de Tabata quer atrair quadros e especialistas isolados que participaram das gestões tucanas tanto na capital como no governo paulista. Parte deles já aparecem publicamente ao lado dela, como a ex-secretária de Planejamento de Bruno Covas, Vivian Satiro, e o economista Leandro Piquet, que foi coordenador do programa de segurança de Alckmin na campanha de 2018.

Nas próximas semanas, ela vai promover um evento para anunciar a equipe de especialistas que cuidarão de cada área e também os grupos de trabalho responsáveis por montar o programa de governo.

Educação, mobilidade e segurança são as prioridades

A candidata do PSB tem três prioridades em termos de políticas públicas: a educação, onde quer mais escolas integrais e que as crianças sejam alfabetizadas na idade correta; a mobilidade urbana, sobre a qual afirma ser necessário aumentar a velocidade que os ônibus fazem os percursos; e a segurança pública.

Questionada sobre a Cracolândia, Tabata disse que é preciso envolver o governo federal e o governo estadual para solucionar o problema, que está relacionado a duas questões: segurança e saúde públicas. “Você não dialoga com bandido. Para o doente, vamos buscar um tratamento”, explicou, ao falar sobre sua visão para a área.

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Tabata lança pré-campanha e diz que, se eleita, contará com apoio de Lula e Tarcísio

A deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP) afirmou que é a única na disputa pela Prefeitura de São Paulo que terá apoio tanto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quanto do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), caso seja eleita. A parlamentar lançou a pré-campanha nesta quinta-feira, 25, em um evento realizado na laje da casa onde morou até os 16 anos no bairro Vila Missionária, zona sul de São Paulo.

Os últimos movimentos na corrida pelo comando da capital paulista mostram que a campanha caminha para a polarização entre Lula, que apoia o também deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP), e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que deve estar no palanque do atual prefeito Ricardo Nunes (MDB).

A pessebista, que tem como aliado o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), reconhece a importância das alianças com grandes líderes políticos no período eleitoral, mas vê como mais significativa a articulação com outras esferas de governo durante a administração.

“É o único projeto que terá o apoio do Lula e do Tarcísio na gestão. Pode perguntar para eles se não fariam tudo que pudessem para resolver os problemas da cidade”, disse. “Eu vou governar com o apoio deles. Polarização não tapa buraco nem deixa o ônibus mais rápido.”

O local do lançamento foi escolhido por representar o início da trajetória de Tabata, filha de pais nordestinos que conseguiu bolsas estudantis para escolas particulares até chegar a Harvard e depois entrar na política. A casa foi reformada e ampliada em parte por meio do dinheiro que ela passou a ganhar por uma bolsa que obteve após seu desenho na Olimpíada Brasileira de Matemática. Atualmente, a deputada mora no bairro Itaim Bibi.

Tabata recebeu o ministro do Empreendedorismo, Márcio França (PSB), e a esposa, Lúcia França (PSB), além do apresentador José Luiz Datena (PSB), pré-candidatos a vereadores e integrantes de sua equipe de campanha. Durante o evento, ela reforçou o convite para que Datena seja vice em sua chapa. Na última semana, a deputada já havia dito, ao Estadão, que ele “agrega muito ao projeto” do partido pelo comando da Prefeitura. Datena, por sua vez, disse que ainda é cedo para tomar uma decisão e que é preciso, antes, haver um consenso no PSB para que não haja racha interno na sigla.

Datena afirmou ainda que já recebeu dois convites para ser vice de Boulos, inclusive na atual eleição. “Não teria problema em ser vice dele, mas, entre os dois, eu acho a Tabata mais preparada para dirigir São Paulo”, explicou. O apresentador acrescentou que tem como horizonte político ser candidato ao Senado em 2026.

Tabata fala em ‘duas cidades’ e acena à periferia de SP

A deputada federal escolheu o aniversário de São Paulo para lançar um vídeo no qual expõe desigualdades entre as áreas nobres e as periferias da capital paulista.

“Tem duas cidades fazendo aniversário hoje. São 470 anos de luta e suor, mas isso não está se traduzindo em oportunidades para todo mundo”, disse Tabata. A parlamentar citou como exemplo sair de uma reunião na Faria Lima e dormir com a mãe na casa da Vila Missionária, onde, segundo ela, costuma faltar água. “Se não está bom para todo mundo, não está bom para ninguém.”

Alckmin participou do evento ao lado da esposa, Lu Alckmin, por meio de videoconferência. Ele tem sido pressionado por Lula, que não quer ver a base de governo dividida na eleição em São Paulo. Oficialmente, a justificativa para a ausência presencial do vice-presidente é o fato de não ser feriado em Brasília, o que dificultaria a viagem para a capital paulista.

Integrantes do PSB apostam que Alckmin tem experiência política mais do que suficiente para equilibrar a pressão de Lula e do PT por Boulos enquanto apoia Tabata. “São Paulo precisa de você, Tabata, para construir uma cidade de união e não de desigualdades”, afirmou Alckmin.

Zona sul será foco da eleição, projeta ministro

Outro apoiador de Tabata, o ministro do Empreendedorismo, Márcio França (PSB), projetou que a zona sul será o foco da eleição. A região é o local de origem de Tabata e Nunes, é onde Boulos reside atualmente e é uma área na qual Marta Suplicy, vice na chapa do pré-candidato do PSOL, é forte eleitoralmente. “A gente quer saber quem realmente conhece a zona sul e vive aqui”, disse o ministro.

França ainda minimizou a fala de Lula, que pediu a Alckmin, no final de dezembro, para que não estejam em palanques distintos em São Paulo. Para o ministro, o presidente fez um alerta para que partidos da base não apoiem candidatos bolsonaristas. Lula também está em São Paulo nesta quinta-feira, onde participa do aniversário de 90 anos da USP.

“A minha sensação é que o risco principal é o atual prefeito ficar fora do segundo turno, o que seria muito bom, porque derrotaríamos a polarização e teríamos um segundo turno qualificado”, disse Márcio França. A projeção eleitoral do ministro é diferente da feita por Tabata e Alckmin, que acreditam que ela vai para o segundo turno com Nunes e não com o candidato do PSOL por causa da rejeição dele entre o eleitorado paulistano.

A estratégia inicial de Tabata será focar nos votos de centro que entende disputar com Nunes e que estão fora da polarização entre petistas e bolsonaristas. A avaliação é que o principal desafio dela será se tornar mais conhecida, pois sua rejeição é baixa se comparada a Boulos.

A candidatura de Tabata Amaral não é apoiada por nenhum partido neste momento. O PSDB, cujos vereadores querem apoiar Nunes, é visto no entorno da candidata como a legenda que teria mais afinidade com as ideias dela.

A articulação política de Tabata quer atrair quadros e especialistas isolados que participaram das gestões tucanas tanto na capital como no governo paulista. Parte deles já aparecem publicamente ao lado dela, como a ex-secretária de Planejamento de Bruno Covas, Vivian Satiro, e o economista Leandro Piquet, que foi coordenador do programa de segurança de Alckmin na campanha de 2018.

Nas próximas semanas, ela vai promover um evento para anunciar a equipe de especialistas que cuidarão de cada área e também os grupos de trabalho responsáveis por montar o programa de governo.

Educação, mobilidade e segurança são as prioridades

A candidata do PSB tem três prioridades em termos de políticas públicas: a educação, onde quer mais escolas integrais e que as crianças sejam alfabetizadas na idade correta; a mobilidade urbana, sobre a qual afirma ser necessário aumentar a velocidade que os ônibus fazem os percursos; e a segurança pública.

Questionada sobre a Cracolândia, Tabata disse que é preciso envolver o governo federal e o governo estadual para solucionar o problema, que está relacionado a duas questões: segurança e saúde públicas. “Você não dialoga com bandido. Para o doente, vamos buscar um tratamento”, explicou, ao falar sobre sua visão para a área.

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Tabata lança pré-campanha e diz que, se eleita, contará com apoio de Lula e Tarcísio

A deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP) afirmou que é a única na disputa pela Prefeitura de São Paulo que terá apoio tanto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quanto do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), caso seja eleita. A parlamentar lançou a pré-campanha nesta quinta-feira, 25, em um evento realizado na laje da casa onde morou até os 16 anos no bairro Vila Missionária, zona sul de São Paulo.

Os últimos movimentos na corrida pelo comando da capital paulista mostram que a campanha caminha para a polarização entre Lula, que apoia o também deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP), e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que deve estar no palanque do atual prefeito Ricardo Nunes (MDB).

A pessebista, que tem como aliado o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), reconhece a importância das alianças com grandes líderes políticos no período eleitoral, mas vê como mais significativa a articulação com outras esferas de governo durante a administração.

“É o único projeto que terá o apoio do Lula e do Tarcísio na gestão. Pode perguntar para eles se não fariam tudo que pudessem para resolver os problemas da cidade”, disse. “Eu vou governar com o apoio deles. Polarização não tapa buraco nem deixa o ônibus mais rápido.”

O local do lançamento foi escolhido por representar o início da trajetória de Tabata, filha de pais nordestinos que conseguiu bolsas estudantis para escolas particulares até chegar a Harvard e depois entrar na política. A casa foi reformada e ampliada em parte por meio do dinheiro que ela passou a ganhar por uma bolsa que obteve após seu desenho na Olimpíada Brasileira de Matemática. Atualmente, a deputada mora no bairro Itaim Bibi.

Tabata recebeu o ministro do Empreendedorismo, Márcio França (PSB), e a esposa, Lúcia França (PSB), além do apresentador José Luiz Datena (PSB), pré-candidatos a vereadores e integrantes de sua equipe de campanha. Durante o evento, ela reforçou o convite para que Datena seja vice em sua chapa. Na última semana, a deputada já havia dito, ao Estadão, que ele “agrega muito ao projeto” do partido pelo comando da Prefeitura. Datena, por sua vez, disse que ainda é cedo para tomar uma decisão e que é preciso, antes, haver um consenso no PSB para que não haja racha interno na sigla.

Datena afirmou ainda que já recebeu dois convites para ser vice de Boulos, inclusive na atual eleição. “Não teria problema em ser vice dele, mas, entre os dois, eu acho a Tabata mais preparada para dirigir São Paulo”, explicou. O apresentador acrescentou que tem como horizonte político ser candidato ao Senado em 2026.

Tabata fala em ‘duas cidades’ e acena à periferia de SP

A deputada federal escolheu o aniversário de São Paulo para lançar um vídeo no qual expõe desigualdades entre as áreas nobres e as periferias da capital paulista.

“Tem duas cidades fazendo aniversário hoje. São 470 anos de luta e suor, mas isso não está se traduzindo em oportunidades para todo mundo”, disse Tabata. A parlamentar citou como exemplo sair de uma reunião na Faria Lima e dormir com a mãe na casa da Vila Missionária, onde, segundo ela, costuma faltar água. “Se não está bom para todo mundo, não está bom para ninguém.”

Alckmin participou do evento ao lado da esposa, Lu Alckmin, por meio de videoconferência. Ele tem sido pressionado por Lula, que não quer ver a base de governo dividida na eleição em São Paulo. Oficialmente, a justificativa para a ausência presencial do vice-presidente é o fato de não ser feriado em Brasília, o que dificultaria a viagem para a capital paulista.

Integrantes do PSB apostam que Alckmin tem experiência política mais do que suficiente para equilibrar a pressão de Lula e do PT por Boulos enquanto apoia Tabata. “São Paulo precisa de você, Tabata, para construir uma cidade de união e não de desigualdades”, afirmou Alckmin.

Zona sul será foco da eleição, projeta ministro

Outro apoiador de Tabata, o ministro do Empreendedorismo, Márcio França (PSB), projetou que a zona sul será o foco da eleição. A região é o local de origem de Tabata e Nunes, é onde Boulos reside atualmente e é uma área na qual Marta Suplicy, vice na chapa do pré-candidato do PSOL, é forte eleitoralmente. “A gente quer saber quem realmente conhece a zona sul e vive aqui”, disse o ministro.

França ainda minimizou a fala de Lula, que pediu a Alckmin, no final de dezembro, para que não estejam em palanques distintos em São Paulo. Para o ministro, o presidente fez um alerta para que partidos da base não apoiem candidatos bolsonaristas. Lula também está em São Paulo nesta quinta-feira, onde participa do aniversário de 90 anos da USP.

“A minha sensação é que o risco principal é o atual prefeito ficar fora do segundo turno, o que seria muito bom, porque derrotaríamos a polarização e teríamos um segundo turno qualificado”, disse Márcio França. A projeção eleitoral do ministro é diferente da feita por Tabata e Alckmin, que acreditam que ela vai para o segundo turno com Nunes e não com o candidato do PSOL por causa da rejeição dele entre o eleitorado paulistano.

A estratégia inicial de Tabata será focar nos votos de centro que entende disputar com Nunes e que estão fora da polarização entre petistas e bolsonaristas. A avaliação é que o principal desafio dela será se tornar mais conhecida, pois sua rejeição é baixa se comparada a Boulos.

A candidatura de Tabata Amaral não é apoiada por nenhum partido neste momento. O PSDB, cujos vereadores querem apoiar Nunes, é visto no entorno da candidata como a legenda que teria mais afinidade com as ideias dela.

A articulação política de Tabata quer atrair quadros e especialistas isolados que participaram das gestões tucanas tanto na capital como no governo paulista. Parte deles já aparecem publicamente ao lado dela, como a ex-secretária de Planejamento de Bruno Covas, Vivian Satiro, e o economista Leandro Piquet, que foi coordenador do programa de segurança de Alckmin na campanha de 2018.

Nas próximas semanas, ela vai promover um evento para anunciar a equipe de especialistas que cuidarão de cada área e também os grupos de trabalho responsáveis por montar o programa de governo.

Educação, mobilidade e segurança são as prioridades

A candidata do PSB tem três prioridades em termos de políticas públicas: a educação, onde quer mais escolas integrais e que as crianças sejam alfabetizadas na idade correta; a mobilidade urbana, sobre a qual afirma ser necessário aumentar a velocidade que os ônibus fazem os percursos; e a segurança pública.

Questionada sobre a Cracolândia, Tabata disse que é preciso envolver o governo federal e o governo estadual para solucionar o problema, que está relacionado a duas questões: segurança e saúde públicas. “Você não dialoga com bandido. Para o doente, vamos buscar um tratamento”, explicou, ao falar sobre sua visão para a área.

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Tabata lança pré-campanha e diz que, se eleita, contará com apoio de Lula e Tarcísio

A deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP) afirmou que é a única na disputa pela Prefeitura de São Paulo que terá apoio tanto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quanto do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), caso seja eleita. A parlamentar lançou a pré-campanha nesta quinta-feira, 25, em um evento realizado na laje da casa onde morou até os 16 anos no bairro Vila Missionária, zona sul de São Paulo.

Os últimos movimentos na corrida pelo comando da capital paulista mostram que a campanha caminha para a polarização entre Lula, que apoia o também deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP), e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que deve estar no palanque do atual prefeito Ricardo Nunes (MDB).

A pessebista, que tem como aliado o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), reconhece a importância das alianças com grandes líderes políticos no período eleitoral, mas vê como mais significativa a articulação com outras esferas de governo durante a administração.

“É o único projeto que terá o apoio do Lula e do Tarcísio na gestão. Pode perguntar para eles se não fariam tudo que pudessem para resolver os problemas da cidade”, disse. “Eu vou governar com o apoio deles. Polarização não tapa buraco nem deixa o ônibus mais rápido.”

O local do lançamento foi escolhido por representar o início da trajetória de Tabata, filha de pais nordestinos que conseguiu bolsas estudantis para escolas particulares até chegar a Harvard e depois entrar na política. A casa foi reformada e ampliada em parte por meio do dinheiro que ela passou a ganhar por uma bolsa que obteve após seu desenho na Olimpíada Brasileira de Matemática. Atualmente, a deputada mora no bairro Itaim Bibi.

Tabata recebeu o ministro do Empreendedorismo, Márcio França (PSB), e a esposa, Lúcia França (PSB), além do apresentador José Luiz Datena (PSB), pré-candidatos a vereadores e integrantes de sua equipe de campanha. Durante o evento, ela reforçou o convite para que Datena seja vice em sua chapa. Na última semana, a deputada já havia dito, ao Estadão, que ele “agrega muito ao projeto” do partido pelo comando da Prefeitura. Datena, por sua vez, disse que ainda é cedo para tomar uma decisão e que é preciso, antes, haver um consenso no PSB para que não haja racha interno na sigla.

Datena afirmou ainda que já recebeu dois convites para ser vice de Boulos, inclusive na atual eleição. “Não teria problema em ser vice dele, mas, entre os dois, eu acho a Tabata mais preparada para dirigir São Paulo”, explicou. O apresentador acrescentou que tem como horizonte político ser candidato ao Senado em 2026.

Tabata fala em ‘duas cidades’ e acena à periferia de SP

A deputada federal escolheu o aniversário de São Paulo para lançar um vídeo no qual expõe desigualdades entre as áreas nobres e as periferias da capital paulista.

“Tem duas cidades fazendo aniversário hoje. São 470 anos de luta e suor, mas isso não está se traduzindo em oportunidades para todo mundo”, disse Tabata. A parlamentar citou como exemplo sair de uma reunião na Faria Lima e dormir com a mãe na casa da Vila Missionária, onde, segundo ela, costuma faltar água. “Se não está bom para todo mundo, não está bom para ninguém.”

Alckmin participou do evento ao lado da esposa, Lu Alckmin, por meio de videoconferência. Ele tem sido pressionado por Lula, que não quer ver a base de governo dividida na eleição em São Paulo. Oficialmente, a justificativa para a ausência presencial do vice-presidente é o fato de não ser feriado em Brasília, o que dificultaria a viagem para a capital paulista.

Integrantes do PSB apostam que Alckmin tem experiência política mais do que suficiente para equilibrar a pressão de Lula e do PT por Boulos enquanto apoia Tabata. “São Paulo precisa de você, Tabata, para construir uma cidade de união e não de desigualdades”, afirmou Alckmin.

Zona sul será foco da eleição, projeta ministro

Outro apoiador de Tabata, o ministro do Empreendedorismo, Márcio França (PSB), projetou que a zona sul será o foco da eleição. A região é o local de origem de Tabata e Nunes, é onde Boulos reside atualmente e é uma área na qual Marta Suplicy, vice na chapa do pré-candidato do PSOL, é forte eleitoralmente. “A gente quer saber quem realmente conhece a zona sul e vive aqui”, disse o ministro.

França ainda minimizou a fala de Lula, que pediu a Alckmin, no final de dezembro, para que não estejam em palanques distintos em São Paulo. Para o ministro, o presidente fez um alerta para que partidos da base não apoiem candidatos bolsonaristas. Lula também está em São Paulo nesta quinta-feira, onde participa do aniversário de 90 anos da USP.

“A minha sensação é que o risco principal é o atual prefeito ficar fora do segundo turno, o que seria muito bom, porque derrotaríamos a polarização e teríamos um segundo turno qualificado”, disse Márcio França. A projeção eleitoral do ministro é diferente da feita por Tabata e Alckmin, que acreditam que ela vai para o segundo turno com Nunes e não com o candidato do PSOL por causa da rejeição dele entre o eleitorado paulistano.

A estratégia inicial de Tabata será focar nos votos de centro que entende disputar com Nunes e que estão fora da polarização entre petistas e bolsonaristas. A avaliação é que o principal desafio dela será se tornar mais conhecida, pois sua rejeição é baixa se comparada a Boulos.

A candidatura de Tabata Amaral não é apoiada por nenhum partido neste momento. O PSDB, cujos vereadores querem apoiar Nunes, é visto no entorno da candidata como a legenda que teria mais afinidade com as ideias dela.

A articulação política de Tabata quer atrair quadros e especialistas isolados que participaram das gestões tucanas tanto na capital como no governo paulista. Parte deles já aparecem publicamente ao lado dela, como a ex-secretária de Planejamento de Bruno Covas, Vivian Satiro, e o economista Leandro Piquet, que foi coordenador do programa de segurança de Alckmin na campanha de 2018.

Nas próximas semanas, ela vai promover um evento para anunciar a equipe de especialistas que cuidarão de cada área e também os grupos de trabalho responsáveis por montar o programa de governo.

Educação, mobilidade e segurança são as prioridades

A candidata do PSB tem três prioridades em termos de políticas públicas: a educação, onde quer mais escolas integrais e que as crianças sejam alfabetizadas na idade correta; a mobilidade urbana, sobre a qual afirma ser necessário aumentar a velocidade que os ônibus fazem os percursos; e a segurança pública.

Questionada sobre a Cracolândia, Tabata disse que é preciso envolver o governo federal e o governo estadual para solucionar o problema, que está relacionado a duas questões: segurança e saúde públicas. “Você não dialoga com bandido. Para o doente, vamos buscar um tratamento”, explicou, ao falar sobre sua visão para a área.

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Tabata lança pré-campanha e diz que, se eleita, contará com apoio de Lula e Tarcísio

A deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP) afirmou que é a única na disputa pela Prefeitura de São Paulo que terá apoio tanto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quanto do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), caso seja eleita. A parlamentar lançou a pré-campanha nesta quinta-feira, 25, em um evento realizado na laje da casa onde morou até os 16 anos no bairro Vila Missionária, zona sul de São Paulo.

Os últimos movimentos na corrida pelo comando da capital paulista mostram que a campanha caminha para a polarização entre Lula, que apoia o também deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP), e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que deve estar no palanque do atual prefeito Ricardo Nunes (MDB).

A pessebista, que tem como aliado o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), reconhece a importância das alianças com grandes líderes políticos no período eleitoral, mas vê como mais significativa a articulação com outras esferas de governo durante a administração.

“É o único projeto que terá o apoio do Lula e do Tarcísio na gestão. Pode perguntar para eles se não fariam tudo que pudessem para resolver os problemas da cidade”, disse. “Eu vou governar com o apoio deles. Polarização não tapa buraco nem deixa o ônibus mais rápido.”

O local do lançamento foi escolhido por representar o início da trajetória de Tabata, filha de pais nordestinos que conseguiu bolsas estudantis para escolas particulares até chegar a Harvard e depois entrar na política. A casa foi reformada e ampliada em parte por meio do dinheiro que ela passou a ganhar por uma bolsa que obteve após seu desenho na Olimpíada Brasileira de Matemática. Atualmente, a deputada mora no bairro Itaim Bibi.

Tabata recebeu o ministro do Empreendedorismo, Márcio França (PSB), e a esposa, Lúcia França (PSB), além do apresentador José Luiz Datena (PSB), pré-candidatos a vereadores e integrantes de sua equipe de campanha. Durante o evento, ela reforçou o convite para que Datena seja vice em sua chapa. Na última semana, a deputada já havia dito, ao Estadão, que ele “agrega muito ao projeto” do partido pelo comando da Prefeitura. Datena, por sua vez, disse que ainda é cedo para tomar uma decisão e que é preciso, antes, haver um consenso no PSB para que não haja racha interno na sigla.

Datena afirmou ainda que já recebeu dois convites para ser vice de Boulos, inclusive na atual eleição. “Não teria problema em ser vice dele, mas, entre os dois, eu acho a Tabata mais preparada para dirigir São Paulo”, explicou. O apresentador acrescentou que tem como horizonte político ser candidato ao Senado em 2026.

Tabata fala em ‘duas cidades’ e acena à periferia de SP

A deputada federal escolheu o aniversário de São Paulo para lançar um vídeo no qual expõe desigualdades entre as áreas nobres e as periferias da capital paulista.

“Tem duas cidades fazendo aniversário hoje. São 470 anos de luta e suor, mas isso não está se traduzindo em oportunidades para todo mundo”, disse Tabata. A parlamentar citou como exemplo sair de uma reunião na Faria Lima e dormir com a mãe na casa da Vila Missionária, onde, segundo ela, costuma faltar água. “Se não está bom para todo mundo, não está bom para ninguém.”

Alckmin participou do evento ao lado da esposa, Lu Alckmin, por meio de videoconferência. Ele tem sido pressionado por Lula, que não quer ver a base de governo dividida na eleição em São Paulo. Oficialmente, a justificativa para a ausência presencial do vice-presidente é o fato de não ser feriado em Brasília, o que dificultaria a viagem para a capital paulista.

Integrantes do PSB apostam que Alckmin tem experiência política mais do que suficiente para equilibrar a pressão de Lula e do PT por Boulos enquanto apoia Tabata. “São Paulo precisa de você, Tabata, para construir uma cidade de união e não de desigualdades”, afirmou Alckmin.

Zona sul será foco da eleição, projeta ministro

Outro apoiador de Tabata, o ministro do Empreendedorismo, Márcio França (PSB), projetou que a zona sul será o foco da eleição. A região é o local de origem de Tabata e Nunes, é onde Boulos reside atualmente e é uma área na qual Marta Suplicy, vice na chapa do pré-candidato do PSOL, é forte eleitoralmente. “A gente quer saber quem realmente conhece a zona sul e vive aqui”, disse o ministro.

França ainda minimizou a fala de Lula, que pediu a Alckmin, no final de dezembro, para que não estejam em palanques distintos em São Paulo. Para o ministro, o presidente fez um alerta para que partidos da base não apoiem candidatos bolsonaristas. Lula também está em São Paulo nesta quinta-feira, onde participa do aniversário de 90 anos da USP.

“A minha sensação é que o risco principal é o atual prefeito ficar fora do segundo turno, o que seria muito bom, porque derrotaríamos a polarização e teríamos um segundo turno qualificado”, disse Márcio França. A projeção eleitoral do ministro é diferente da feita por Tabata e Alckmin, que acreditam que ela vai para o segundo turno com Nunes e não com o candidato do PSOL por causa da rejeição dele entre o eleitorado paulistano.

A estratégia inicial de Tabata será focar nos votos de centro que entende disputar com Nunes e que estão fora da polarização entre petistas e bolsonaristas. A avaliação é que o principal desafio dela será se tornar mais conhecida, pois sua rejeição é baixa se comparada a Boulos.

A candidatura de Tabata Amaral não é apoiada por nenhum partido neste momento. O PSDB, cujos vereadores querem apoiar Nunes, é visto no entorno da candidata como a legenda que teria mais afinidade com as ideias dela.

A articulação política de Tabata quer atrair quadros e especialistas isolados que participaram das gestões tucanas tanto na capital como no governo paulista. Parte deles já aparecem publicamente ao lado dela, como a ex-secretária de Planejamento de Bruno Covas, Vivian Satiro, e o economista Leandro Piquet, que foi coordenador do programa de segurança de Alckmin na campanha de 2018.

Nas próximas semanas, ela vai promover um evento para anunciar a equipe de especialistas que cuidarão de cada área e também os grupos de trabalho responsáveis por montar o programa de governo.

Educação, mobilidade e segurança são as prioridades

A candidata do PSB tem três prioridades em termos de políticas públicas: a educação, onde quer mais escolas integrais e que as crianças sejam alfabetizadas na idade correta; a mobilidade urbana, sobre a qual afirma ser necessário aumentar a velocidade que os ônibus fazem os percursos; e a segurança pública.

Questionada sobre a Cracolândia, Tabata disse que é preciso envolver o governo federal e o governo estadual para solucionar o problema, que está relacionado a duas questões: segurança e saúde públicas. “Você não dialoga com bandido. Para o doente, vamos buscar um tratamento”, explicou, ao falar sobre sua visão para a área.

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Tabata lança pré-campanha e diz que, se eleita, contará com apoio de Lula e Tarcísio

A deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP) afirmou que é a única na disputa pela Prefeitura de São Paulo que terá apoio tanto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quanto do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), caso seja eleita. A parlamentar lançou a pré-campanha nesta quinta-feira, 25, em um evento realizado na laje da casa onde morou até os 16 anos no bairro Vila Missionária, zona sul de São Paulo.

Os últimos movimentos na corrida pelo comando da capital paulista mostram que a campanha caminha para a polarização entre Lula, que apoia o também deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP), e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que deve estar no palanque do atual prefeito Ricardo Nunes (MDB).

A pessebista, que tem como aliado o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), reconhece a importância das alianças com grandes líderes políticos no período eleitoral, mas vê como mais significativa a articulação com outras esferas de governo durante a administração.

“É o único projeto que terá o apoio do Lula e do Tarcísio na gestão. Pode perguntar para eles se não fariam tudo que pudessem para resolver os problemas da cidade”, disse. “Eu vou governar com o apoio deles. Polarização não tapa buraco nem deixa o ônibus mais rápido.”

O local do lançamento foi escolhido por representar o início da trajetória de Tabata, filha de pais nordestinos que conseguiu bolsas estudantis para escolas particulares até chegar a Harvard e depois entrar na política. A casa foi reformada e ampliada em parte por meio do dinheiro que ela passou a ganhar por uma bolsa que obteve após seu desenho na Olimpíada Brasileira de Matemática. Atualmente, a deputada mora no bairro Itaim Bibi.

Tabata recebeu o ministro do Empreendedorismo, Márcio França (PSB), e a esposa, Lúcia França (PSB), além do apresentador José Luiz Datena (PSB), pré-candidatos a vereadores e integrantes de sua equipe de campanha. Durante o evento, ela reforçou o convite para que Datena seja vice em sua chapa. Na última semana, a deputada já havia dito, ao Estadão, que ele “agrega muito ao projeto” do partido pelo comando da Prefeitura. Datena, por sua vez, disse que ainda é cedo para tomar uma decisão e que é preciso, antes, haver um consenso no PSB para que não haja racha interno na sigla.

Datena afirmou ainda que já recebeu dois convites para ser vice de Boulos, inclusive na atual eleição. “Não teria problema em ser vice dele, mas, entre os dois, eu acho a Tabata mais preparada para dirigir São Paulo”, explicou. O apresentador acrescentou que tem como horizonte político ser candidato ao Senado em 2026.

Tabata fala em ‘duas cidades’ e acena à periferia de SP

A deputada federal escolheu o aniversário de São Paulo para lançar um vídeo no qual expõe desigualdades entre as áreas nobres e as periferias da capital paulista.

“Tem duas cidades fazendo aniversário hoje. São 470 anos de luta e suor, mas isso não está se traduzindo em oportunidades para todo mundo”, disse Tabata. A parlamentar citou como exemplo sair de uma reunião na Faria Lima e dormir com a mãe na casa da Vila Missionária, onde, segundo ela, costuma faltar água. “Se não está bom para todo mundo, não está bom para ninguém.”

Alckmin participou do evento ao lado da esposa, Lu Alckmin, por meio de videoconferência. Ele tem sido pressionado por Lula, que não quer ver a base de governo dividida na eleição em São Paulo. Oficialmente, a justificativa para a ausência presencial do vice-presidente é o fato de não ser feriado em Brasília, o que dificultaria a viagem para a capital paulista.

Integrantes do PSB apostam que Alckmin tem experiência política mais do que suficiente para equilibrar a pressão de Lula e do PT por Boulos enquanto apoia Tabata. “São Paulo precisa de você, Tabata, para construir uma cidade de união e não de desigualdades”, afirmou Alckmin.

Zona sul será foco da eleição, projeta ministro

Outro apoiador de Tabata, o ministro do Empreendedorismo, Márcio França (PSB), projetou que a zona sul será o foco da eleição. A região é o local de origem de Tabata e Nunes, é onde Boulos reside atualmente e é uma área na qual Marta Suplicy, vice na chapa do pré-candidato do PSOL, é forte eleitoralmente. “A gente quer saber quem realmente conhece a zona sul e vive aqui”, disse o ministro.

França ainda minimizou a fala de Lula, que pediu a Alckmin, no final de dezembro, para que não estejam em palanques distintos em São Paulo. Para o ministro, o presidente fez um alerta para que partidos da base não apoiem candidatos bolsonaristas. Lula também está em São Paulo nesta quinta-feira, onde participa do aniversário de 90 anos da USP.

“A minha sensação é que o risco principal é o atual prefeito ficar fora do segundo turno, o que seria muito bom, porque derrotaríamos a polarização e teríamos um segundo turno qualificado”, disse Márcio França. A projeção eleitoral do ministro é diferente da feita por Tabata e Alckmin, que acreditam que ela vai para o segundo turno com Nunes e não com o candidato do PSOL por causa da rejeição dele entre o eleitorado paulistano.

A estratégia inicial de Tabata será focar nos votos de centro que entende disputar com Nunes e que estão fora da polarização entre petistas e bolsonaristas. A avaliação é que o principal desafio dela será se tornar mais conhecida, pois sua rejeição é baixa se comparada a Boulos.

A candidatura de Tabata Amaral não é apoiada por nenhum partido neste momento. O PSDB, cujos vereadores querem apoiar Nunes, é visto no entorno da candidata como a legenda que teria mais afinidade com as ideias dela.

A articulação política de Tabata quer atrair quadros e especialistas isolados que participaram das gestões tucanas tanto na capital como no governo paulista. Parte deles já aparecem publicamente ao lado dela, como a ex-secretária de Planejamento de Bruno Covas, Vivian Satiro, e o economista Leandro Piquet, que foi coordenador do programa de segurança de Alckmin na campanha de 2018.

Nas próximas semanas, ela vai promover um evento para anunciar a equipe de especialistas que cuidarão de cada área e também os grupos de trabalho responsáveis por montar o programa de governo.

Educação, mobilidade e segurança são as prioridades

A candidata do PSB tem três prioridades em termos de políticas públicas: a educação, onde quer mais escolas integrais e que as crianças sejam alfabetizadas na idade correta; a mobilidade urbana, sobre a qual afirma ser necessário aumentar a velocidade que os ônibus fazem os percursos; e a segurança pública.

Questionada sobre a Cracolândia, Tabata disse que é preciso envolver o governo federal e o governo estadual para solucionar o problema, que está relacionado a duas questões: segurança e saúde públicas. “Você não dialoga com bandido. Para o doente, vamos buscar um tratamento”, explicou, ao falar sobre sua visão para a área.

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Disputa em São Paulo reproduz briga federal

A eleição municipal deste ano será diferente para os paulistanos. Antes com a presença certa e histórica de um representante do PSDB, desta vez a disputa tem tudo para ser entre um prefeito pouco conhecido, Ricardo Nunes (MDB), e dois jovens deputados federais, Guilherme Boulos (PSol-SP) e Tabata Amaral (PSB-SP). As negociações entre as legendas apontam que os três nomes devem aglutinar os principais partidos na corrida pelo comando da maior cidade do país.

O PT do presidente Luiz Inácio Lula da Silva aposta, com a volta da ex-prefeita Marta Suplicy à legenda, em ter o nome dela como vice de Boulos. Ainda muito popular nas periferias paulistanas, a ex-senadora deve colaborar com a candidatura do PSol — que tem liderado as pesquisas de opinião.

Mesmo com o potencial da chapa PSol-PT, o “fogo amigo” tem pipocado nas duas legendas. Luiza Erundina, companheira de chapa de Boulos em 2020, criticou a aproximação de Marta, a quem já chamou de “traidora”. Entre os petistas, o deputado estadual Eduardo Suplicy — ex-marido de Marta — chegou a pedir a realização de prévias para a escolha do nome do vice, questão rapidamente contornada pela direção nacional da legenda e por Lula.

O presidente, aliás, vem dando demonstrações de que pode ter uma agenda mais frequente na capital paulista. Hoje, no aniversário da cidade, estará presente, mas não deve participar das comemorações da data, encabeçadas por Nunes e pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). Sem encontros políticos na agenda oficial, Lula e Fernando Haddad devem comparecer a uma cerimônia dos 90 anos da Universidade de São Paulo (USP) — da qual o ministro da Fazenda é professor licenciado.

A disputa em São Paulo terá forte nacionalização, pois se Boulos contará com o apoio de Lula, Nunes contará com o apoio de Tarcísio e, provavelmente, do ex-presidente Jair Bolsonaro. Com a caneta e a chave do cofre, tentará a reeleição para o cargo que herdou com a morte de Bruno Covas (PSDB). Ele vem costurando apoios no campo conservador e flertando com o bolsonarismo.

Apostando em Tarcísio como principal cabo eleitoral, Nunes tem participado de um roteiro de inaugurações, tanto de obras estaduais quanto municipais. Na segunda-feira, em um evento de entrega de moradias populares, o governador afirmou que o prefeito “é a melhor opção para a cidade”.

Os dois mimetizam o antipetismo na capital paulista, apesar de Bolsonaro ainda não ter declarado apoio a Nunes. O ex-presidente é considerado peça fundamental na costura do que Tarcísio de Freitas chama de “frente ampla” de apoio a Nunes.

O PSB desembarca, hoje, em peso, na capital paulista, que comemora 470 anos de fundação. A data foi a escolhida por Tabata para apresentar sua pré-candidatura. A parlamentar escolheu a própria casa em que cresceu — e onde mora a mãe dela até hoje —, na Vila Missionária (zona sul), para fazer a festa de lançamento, que contará com a presença do ministro do Empreendedorismo, Márcio França, e do apresentador José Luiz Datena, cotado para ser vice na chapa. O vice-presidente Geraldo Alckmin fará uma saudação à pré-candidata por vídeo.

A entrada de Tabata na disputa fará com que Alckmin e Lula subam em palanques distintos. Diferentes também serão as estratégias dos seus respectivos candidatos. Alckmin, em entrevista ao portal UOL, ontem, disse que apoios como o de Lula da Silva ou o de Bolsonaro, “ajudam, mas não são decisivos”, minimizando a possibilidade de a eleição paulistana reeditar a polarização entre os dois eleitorados em torno dos nomes de Guilherme Boulos e Ricardo Nunes. Ele aposta que Tabata tem potencial para quebrar essa polarização.

A divisão do eleitorado não interessa aos articuladores da campanha da deputada, que espera ser uma espécie de terceira via nas urnas. O temor é que, na reta final, ela acabe escanteada, tanto pelo eleitor antipetista quanto pelo antibolsonarista, que tenderiam a migrar para as candidaturas de Nunes ou de Boulos, respectivamente.

Outro problema para o PSB é a falta de um arco de alianças que amplie o potencial eleitoral de Tabata. Com pouco espaço de manobra para montar uma base mais robusta, o PSB tenta evitar, pelo menos, que os tucanos voem para o lado de Nunes. Apesar de Datena ser um dos mais cotados para vice na chapa, a própria pré-candidata vem conversando, desde o ano passado, com lideranças tucanas sobre a possibilidade de aliança com o PSDB. As conversas se dão, principalmente, com políticos ligados a Alckmin, que foi governador do estado pelo partido.

A proposta de coligação com os tucanos foi feita pela própria Tabata, em novembro de 2023, ao presidente do PSDB municipal, Orlando Faria. Na época, não se falou na candidatura de vice-prefeito, mas segue em aberto. Datena, que deixou o PDT para se filiar ao PSB, continua sendo o sonho de consumo dos socialistas, mas poucos acreditam que ele levará a ideia adiante. O apresentador se anunciou pré-candidato outras vezes a diversos cargos, mas nunca levou adiante.

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Nova política industrial do governo não tem impacto fiscal, diz diretor do BNDES

O diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do BNDES, José Gordon, afirma que a reação negativa do mercado financeiro ao programa de incentivo à indústria aconteceu porque os investidores não analisaram com calma as medidas propostas. Ele diz que o programa não terá custos extras ao Tesouro Nacional.

O objetivo do banco é elevar os desembolsos, hoje em torno de 1% do PIB, para a média histórica, de 2% do PIB, apenas em 2026, o que ainda seria a metade do que ocorreu no governo Dilma Rousseff.

Na segunda-feira, enquanto o governo anunciava o programa em Brasília, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, o dólar teve uma forte valorização, de 1,18% e, quando o índice Ibovespa recuou 0,81%.

Ontem, porém, a moeda americana recuou 0,7% e a Bolsa voltou a se valorizar, fechando com alta de 1,27% e atingindo patamar maior do antes da queda.

— A reação do mercado (na segunda-feira) foi além do esperado. Acredito que eles viram o programa, mas não analisaram com calma. Não tem impacto fiscal, tudo já estava pactuado dentro do governo. A política do ministro Fernando Haddad não será afetada — disse o diretor.

Gordon afirma que umas das principais diferenças em relação à política petista anterior — criticada por especialistas — é que não haverá transferências de recursos do Tesouro para o BNDES com linhas subsidiadas.

Segundo ele, a principal fonte de financiamento é o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), e os juros dos empréstimos seguem a TLP, que seguem as oscilações de mercado.

— Fizemos um esforço para diminuir custos e reduzir o spread. Há uma linha com crédito subsidiado, de R$ 40 bilhões, mas com foco em ciência e inovação, mas que já havia sido aprovada pelo Congresso, não foi a novidade do anúncio — explicou.

Compra de empresas

Ele diz que os R$ 8 bilhões destinados a equity, ou seja, sociedade em empresas, serão divididos em dois grupos: R$ 4 bilhões para agenda verde, e R$ 4 bilhões para inovação.

O diretor do BNDES explica que não haverá compra de ações de grandes empresas com papéis em Bolsa, como aconteceu, por exemplo, com a compra de uma fatia do grupo JBS, nos governos Lula e Dilma, mas a criação de fundos de investimentos, com a participação de agentes privados, para compras participação em startups e pequenas empresas.

— O chamado equity são fundos que vamos investir com o mercado privado, para estimular pequenas empresas e startups, não vamos investir em ações da empresa. Minerais críticos será o primeiro, ligado à transição energética, com expectativa de a operação acontecer no primeiro semestre. Esse fundo vai investir em várias empresas, será pulverizado. É totalmente diferente do que foi feito no passado — explica.

Dos R$ 300 bilhões anunciados pelo programa, R$ 163 bilhões, ou 64% do total, terá como foco as exportações de produtos. A fonte de financiamento serão recursos do FAT e captações do próprio BNDES.

Outros R$ 54 bilhões, ou 19,4%, terão subsídios financeiros do BNDES, para inovação, digitalização e descarbonização, com uso de recursos de fundos como FAT, Fust, Funtetel e Fundo Clima. Mais R$ 20 bilhões terão recursos da Finep, também com foco em inovação, voltados a ciência e tecnologia.

Da Finep também sairão R$ 20 bilhões em recursos não reembolsáveis, com foco em inovação, e mais R$ 1 bilhão do BNDES com o mesmo fim. já os R$ 8 bilhões para empresas terá como fonte recursos do próprio banco além de dinheiro de investidores privados.

Torneio de jogos eletrônicos deve reunir oito mil participantes em Brasília

Entre os dias 24 e 28 de janeiro, Brasília será sede do 2º Aberto FBDEL (Cyber Open), torneio de jogos eletrônicos realizado pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) do Distrito Federal, em parceria com a Federação Brasiliense de Esportes Eletrônicos e Tecnologia (FBDEL) e o Instituto Evolução, organizadores do evento, que deve reunir oito mil gamers na Biblioteca Nacional.

Arthur Jerônimo, presidente da FBDEL, explica que o torneio terá 11 franquias, termo usado para modalidades de games. “É a forma que a federação encontrou de fomentar o esporte eletrônico no DF”, diz Jerônimo. Qualquer jogador pode participar do torneio, basta se inscrever nas modalidades disponíveis no site da FBDEL (fbdel.com.br/evento/2-aberto-fbdel/), até este domingo (21/1).

O evento ocupará o segundo andar da Biblioteca Nacional, com o espaço Geek e outros utilizados para as competições e transmissão do torneio. O público poderá acompanhar gratuitamente a competição.

O Espaço Geek receberá os atletas do futebol e dos fighters (Street Fight 6, Mortal Kombat One, Tekken 7 e FC 24 ou 23). O local terá TVs e consoles próprios para games e as partidas contemplarão atletas maiores de 12 anos. As premiações neste espaço serão de R$ 600 (1º lugar), R$ 400 (2º lugar) e R$ 250 (3º lugar).

A central de transmissão ficará em uma das salas de estudo, onde é feita a cobertura, com entrevistas com atletas e convidados aos apresentadores dos podcasts NoLoby e ProGames.

A área de descanso da Biblioteca Nacional será destinada a competições na modalidade mobile Free Fire, League of Legend, Wild Rift. Os vencedores receberão R$ 1.250 (1º lugar), R$ 750 (2º lugar) e R$ 500 (3º lugar). Já o auditório da biblioteca será palco da competição de Just Dance, com premiação igual à da modalidade mobile. “Ao todo, serão 130 medalhas entregues para os atletas vencedores de cada uma das franquias”, antecipa Arthur Jerônimo.

A programação também terá um momento para capacitação dos gamers com palestra do Sebrae-DF sobre Empreendedorismo e Formalização dos times de e-Sports, o Curso Treinamento Pro player FBDEL e o lançamento do Cyber Open — circuito com duração de seis meses que será promovido aos fins de semana na Biblioteca Nacional de Brasília para todas as 11 modalidades.

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Em 9 de janeiro, a governadora em exercício Celina Leão sancionou a lei que regulamenta a prática esportiva eletrônica, os chamados e-sports, no âmbito do DF. “Esse reconhecimento facilita intercâmbios internacionais, parcerias, patrocínios e a ação de empresas interessadas em atuar no área de esportes eletrônicos. E o cenário de Brasília é surpreendente. Só nas modalidades PC (jogos pelo computador), tivemos 32 times inscritos”, observa Arthur Jerônimo, presidente da FBDEL.

David Leonardo, diretor de Games e Esports da Secretaria de Esporte e Lazer do DF, enfatiza que a maior expectativa com a sanção da lei é quebrar o estigma de que os jogos e esportes eletrônicos são apenas entretenimento ou mero lazer. Para ele, com a legislação, é possível trazer uma visão de que é uma área que possibilita o desenvolvimento humano e de inserção do mundo profissional, por meio da grande economia que abrange o mundo dos e-sports, seja na criação dos jogos eletrônicos, na produção de conteúdos de streaming ou nas competições profissionais, além de viabilizar políticas públicas para o setor.

“A regulamentação da lei reconhecendo a modalidade como esporte, auxilia os desenvolvedores de jogos, que criam games competitivos, por exemplo, a desenvolverem e empreenderem suas criações”, explica David. Para ele, a importância de eventos como o Cyber Open é trazer um cenário competitivo ao DF e dar a continuidade dos players na cidade. O treino e o interesse dos jogadores que querem se profissionalizar é essencial.

Fábio Augusto Santos, 20 anos, é morador da Samambaia Norte e trabalha como jogador profissional há dois anos. Ele costuma competir jogando Counter Strike 2 pelo time Shadow Spartans, já jogou para Dragon Forge, time no qual atuou por seis meses, até estar na sua equipe atual. Ele relembra que participava de alguns campeonatos entre amigos e, durante uma seletiva de CSGO, teve um resultado surpreendente. Após algumas semanas, recebeu uma proposta de uma organização para jogar pelo nome deles.

Interessados em se profissionalizar, como Fábio, podem participar de processos seletivos, para ligas universitárias ou nacionais. Campeonatos criados por organizações permitem oportunidades, como contrato, premiações e visibilidade. No Cyber Open, ele e sua equipe irão disputar a semifinal. “Estamos estudando constantemente o adversário, com toda a preparação e mentalidade, acreditamos que podemos ir para a final e disputar o primeiro lugar”, ressalta.

Bruno Marangoni, 22, do Riacho Fundo 1, joga EA FC (FIFA) profissionalmente há quatro anos e dá uma dica para aqueles que querem subir de nível nos jogos eletrônicos. “Você se registra no site da produtora do jogo e participa das competições oficiais. Se o resultado for bom, equipes e clubes te procuram para fechar um contrato profissional”, aconselha.

*Estagiária sob a supervisão de Malcia Afonso

24/1 (quarta-feira)

Solenidade de abertura

Palestra do Sebrae-DF: Empreendedorismo e a Formalização dos times de e-Sport

Lançamento do curso de Treinamento Pro player FBDEL

Show Mete e de Just Dance com o campeão panamericano da modalidade

Apresentação da nova identidade visual da federação

25/1(quinta-feira)

Competições das modalidades Dota 2 — Mortal Kombat 1 (MK1) — Just Dance

26/1(sexta-feira)

Competições das modalidades League of Legends — FIFA — Just Dance

27/1(sábado)

Competições das modalidades Valorant F. — Street Fighter 6 (SF6) — FreeFire — Just Dance

28/1(domingo)

Competições das Counter-Strike 2 — Tekken 7 — WildRift — Just Dance

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Torneio de jogos eletrônicos deve reunir oito mil participantes em Brasília

Entre os dias 24 e 28 de janeiro, Brasília será sede do 2º Aberto FBDEL (Cyber Open), torneio de jogos eletrônicos realizado pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) do Distrito Federal, em parceria com a Federação Brasiliense de Esportes Eletrônicos e Tecnologia (FBDEL) e o Instituto Evolução, organizadores do evento, que deve reunir oito mil gamers na Biblioteca Nacional.

Arthur Jerônimo, presidente da FBDEL, explica que o torneio terá 11 franquias, termo usado para modalidades de games. “É a forma que a federação encontrou de fomentar o esporte eletrônico no DF”, diz Jerônimo. Qualquer jogador pode participar do torneio, basta se inscrever nas modalidades disponíveis no site da FBDEL (fbdel.com.br/evento/2-aberto-fbdel/), até este domingo (21/1).

O evento ocupará o segundo andar da Biblioteca Nacional, com o espaço Geek e outros utilizados para as competições e transmissão do torneio. O público poderá acompanhar gratuitamente a competição.

O Espaço Geek receberá os atletas do futebol e dos fighters (Street Fight 6, Mortal Kombat One, Tekken 7 e FC 24 ou 23). O local terá TVs e consoles próprios para games e as partidas contemplarão atletas maiores de 12 anos. As premiações neste espaço serão de R$ 600 (1º lugar), R$ 400 (2º lugar) e R$ 250 (3º lugar).

A central de transmissão ficará em uma das salas de estudo, onde é feita a cobertura, com entrevistas com atletas e convidados aos apresentadores dos podcasts NoLoby e ProGames.

A área de descanso da Biblioteca Nacional será destinada a competições na modalidade mobile Free Fire, League of Legend, Wild Rift. Os vencedores receberão R$ 1.250 (1º lugar), R$ 750 (2º lugar) e R$ 500 (3º lugar). Já o auditório da biblioteca será palco da competição de Just Dance, com premiação igual à da modalidade mobile. “Ao todo, serão 130 medalhas entregues para os atletas vencedores de cada uma das franquias”, antecipa Arthur Jerônimo.

A programação também terá um momento para capacitação dos gamers com palestra do Sebrae-DF sobre Empreendedorismo e Formalização dos times de e-Sports, o Curso Treinamento Pro player FBDEL e o lançamento do Cyber Open — circuito com duração de seis meses que será promovido aos fins de semana na Biblioteca Nacional de Brasília para todas as 11 modalidades.

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Em 9 de janeiro, a governadora em exercício Celina Leão sancionou a lei que regulamenta a prática esportiva eletrônica, os chamados e-sports, no âmbito do DF. “Esse reconhecimento facilita intercâmbios internacionais, parcerias, patrocínios e a ação de empresas interessadas em atuar no área de esportes eletrônicos. E o cenário de Brasília é surpreendente. Só nas modalidades PC (jogos pelo computador), tivemos 32 times inscritos”, observa Arthur Jerônimo, presidente da FBDEL.

David Leonardo, diretor de Games e Esports da Secretaria de Esporte e Lazer do DF, enfatiza que a maior expectativa com a sanção da lei é quebrar o estigma de que os jogos e esportes eletrônicos são apenas entretenimento ou mero lazer. Para ele, com a legislação, é possível trazer uma visão de que é uma área que possibilita o desenvolvimento humano e de inserção do mundo profissional, por meio da grande economia que abrange o mundo dos e-sports, seja na criação dos jogos eletrônicos, na produção de conteúdos de streaming ou nas competições profissionais, além de viabilizar políticas públicas para o setor.

“A regulamentação da lei reconhecendo a modalidade como esporte, auxilia os desenvolvedores de jogos, que criam games competitivos, por exemplo, a desenvolverem e empreenderem suas criações”, explica David. Para ele, a importância de eventos como o Cyber Open é trazer um cenário competitivo ao DF e dar a continuidade dos players na cidade. O treino e o interesse dos jogadores que querem se profissionalizar é essencial.

Fábio Augusto Santos, 20 anos, é morador da Samambaia Norte e trabalha como jogador profissional há dois anos. Ele costuma competir jogando Counter Strike 2 pelo time Shadow Spartans, já jogou para Dragon Forge, time no qual atuou por seis meses, até estar na sua equipe atual. Ele relembra que participava de alguns campeonatos entre amigos e, durante uma seletiva de CSGO, teve um resultado surpreendente. Após algumas semanas, recebeu uma proposta de uma organização para jogar pelo nome deles.

Interessados em se profissionalizar, como Fábio, podem participar de processos seletivos, para ligas universitárias ou nacionais. Campeonatos criados por organizações permitem oportunidades, como contrato, premiações e visibilidade. No Cyber Open, ele e sua equipe irão disputar a semifinal. “Estamos estudando constantemente o adversário, com toda a preparação e mentalidade, acreditamos que podemos ir para a final e disputar o primeiro lugar”, ressalta.

Bruno Marangoni, 22, do Riacho Fundo 1, joga EA FC (FIFA) profissionalmente há quatro anos e dá uma dica para aqueles que querem subir de nível nos jogos eletrônicos. “Você se registra no site da produtora do jogo e participa das competições oficiais. Se o resultado for bom, equipes e clubes te procuram para fechar um contrato profissional”, aconselha.

*Estagiária sob a supervisão de Malcia Afonso

24/1 (quarta-feira)

Solenidade de abertura

Palestra do Sebrae-DF: Empreendedorismo e a Formalização dos times de e-Sport

Lançamento do curso de Treinamento Pro player FBDEL

Show Mete e de Just Dance com o campeão panamericano da modalidade

Apresentação da nova identidade visual da federação

25/1(quinta-feira)

Competições das modalidades Dota 2 — Mortal Kombat 1 (MK1) — Just Dance

26/1(sexta-feira)

Competições das modalidades League of Legends — FIFA — Just Dance

27/1(sábado)

Competições das modalidades Valorant F. — Street Fighter 6 (SF6) — FreeFire — Just Dance

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Competições das Counter-Strike 2 — Tekken 7 — WildRift — Just Dance

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