Na sétima sabatina com os candidatos a prefeitura das cidades da Região Metropolitana do Distrito Federal, no Jornal Local, nesta terça-feira (17/9), os jornalistas Lucas Móbille e Arthur de Souza conversaram, ontem, com Wesley Pacheco (Novo) e Zé Antônio (PL), encerrando as entrevistas com os que disputam a vaga em Valparaíso de Goiás. A sabatina é uma parceria do Correio Braziliense com a TV Brasília.
Quem é, de onde veio e qual a sua relação com a política?
Moro em Valparaíso de Goiás desde 1983 e nunca estive na política. Sou candidato a prefeito pela indignação. Sabemos que, hoje, a política está muito desmoralizada e vim para resgatar um pouco a credibilidade, com propostas decentes para a nossa cidade e fazendo com que o eleitor entenda que a política é para as pessoas do bem e que queiram contribuir com a nossa cidade.
Valparaíso está entre as 130 cidades mais violentas do país. Qual a sua proposta para mudar isso?
Quero criar, de fato, a nossa Guarda Municipal. Atualmente, ela é composta por agentes do patrimônio público que foram cedidos para trabalhar na Guarda Municipal. Precisamos abrir um concurso público e criar a Secretaria de Segurança Pública, trazendo recursos e criando uma guarda armada, para combater o crime, junto à Polícia Militar. Nosso maior gargalo é a segurança pública e vou resolver isso.
Falando sobre os alagamentos da cidade, o que pretende fazer para mudar essa realidade?
Quem tem que cuidar dos alagamentos são engenheiros e arquitetos, o que nunca aconteceu em Valparaíso de Goiás. Nossa proposta é enxugar todos os gastos públicos e concentrá-los em resolver os principais problemas, que são a infraestrutura, a saúde e a educação. Falam que a culpa é do DF, mas é o modus operandi das gestões que passaram que foi sempre o mesmo.
Quais são suas propostas para incentivar o comércio local?
Minha proposta para trazer mais empresas e tirar as que já existem da informalidade é criar o alvará único, ou seja, o empresário que se enquadrar dentro do programa vai pagar pelo documento apenas uma vez, trazendo condições para que ele possa empregar pessoas dentro da cidade. Também é preciso qualificar o morador.
Sobre as propostas para a gestão pública, como enxugar os gastos?
O primeiro projeto que vou mandar à Câmara Municipal, se for eleito, é para reduzir os salários do Legislativo e do Executivo, criando uma economia de R$ 500 mil. Além disso, vou criar uma usina de energia, que vai gerar uma economia de R$ 750 mil. Pagamos mais de R$ 1 milhão em aluguéis para a maioria das secretarias. Minha proposta é construir uma sede municipal e entregar esses aluguéis. Juntando tudo que é possível economizar, podemos chegar a R$ 3,5 milhões e colocar esse dinheiro nos principais setores da cidade.
Como melhorar a mobilidade urbana na cidade?
Tempos atrás, tínhamos as vans. Elas cobriam toda a cidade, com transporte rápido e barato. Fala-se em tarifa zero, mas se ele for implantado, o dinheiro vai sair de algum lugar, como da infraestrutura, da saúde ou da merenda das crianças. Quem tem que cuidar do transporte de Valparaíso de Goiás é a iniciativa privada. O gestor tem que facilitar para que as vans façam todo o transporte dentro da cidade.
Quais as suas propostas para melhorar a educação local?
Não existe escola de tempo integral em Valparaíso de Goiás. Se eleito, vamos construir colégios nessa modalidade. Isso vai resolver bastante o problema das periferias. Hoje, temos muitas crianças fora da escola e, as que estão matriculadas, estão em outras cidades.
Como vai funcionar o alvará único? Tem outras propostas para o empreendedorismo local?
Ele vai incentivar o comércio local, tirando o empresário da informalidade. Com isso, vamos voltar a gerar emprego e renda. A gente sabe que o maior programa social é o trabalho. A gente conseguindo bater nossa meta de colocar 10 mil empresas dentro de Valparaíso, vamos conseguir fazer com que muita gente que precisa sair da cidade para buscar emprego, fique por lá.
Quais as propostas para o lazer de quem vive em Valparaíso de Goiás?
Para atrair a população, vamos construir parques arborizados, além de revitalizar os que estão abandonados, junto à iniciativa privada. Tendo bons diálogos com as empresas, é possível criar áreas de lazer e incentivar os jovens a praticar esportes ao ar livre. Temos o Céu das Artes, mas é preciso colocá-lo para funcionar.
Considerações finais
Não tenho nenhum padrinho ou madrinha política. Além disso, não venho de partido milionário, tanto que o único recurso gasto na campanha, até agora, foi de R$ 5 mil. Coloco meu nome à disposição como empresário e, tendo experiência na área de gestão, vou resolver os problemas da cidade. Na saúde, por exemplo, para o morador que não conseguir resolver seus exames num intervalo de 30 dias, será criado um convênio com hospitais e clínicas particulares, para que não seja necessário ir até outras cidades.
Quem é, de onde veio e qual a sua relação com a política?
Vim de uma família humilde e moro em Valparaíso de Goiás há 45 anos. Quando cheguei à cidade, meu pai montou uma pequena padaria, onde comecei a trabalhar com 8 anos de idade. Minha história sempre foi dentro do comércio, trabalhando e lutando em prol de dias melhores. Tenho três mandatos de vereador, fui duas vezes presidente da Câmara Municipal e fui secretário da assistência social.
Valparaíso de Goiás está entre as 130 cidades mais violentas do país. Qual a sua proposta para mudar isso?
Vamos fazer concurso público para a Guarda Municipal que, atualmente, aproveita servidores de outras áreas. Vamos implantar o projeto da muralha digital, que conheci indo até Curitiba. Por meio dele, vamos instalar câmeras de alta resolução, que fazem leitura de placas e reconhecimento facial, em todos os bairros, inclusive dentro das escolas e dos departamentos públicos.
Falando sobre os alagamentos da cidade, o que pretende fazer para mudar essa realidade?
É preciso um gestor eficiente e que conheça, realmente, a cidade. Hoje, Valparaíso de Goiás está no atraso mas, se eleito, vou fazer a transformação que precisamos. Fui gestor da pasta de assistência social e presidente da Câmara Municipal por duas vezes e tenho todas as minhas prestações de contas aprovadas, então, tenho capacidade para fazer a transformação que a população de Valparaíso merece.
Como melhorar a mobilidade urbana dentro da cidade?
Vamos implantar o tarifa zero, com ônibus novos, com acessibilidade, mobilidade e toda a segurança que a população precisa e merece. Conheci como funciona o modelo de Luziânia e sei que Valparaíso de Goiás é uma cidade rica, por isso, há condições de implementar o mesmo sistema, trazendo dignidade, respeito e qualidade de vida para o povo.
Quais são as suas propostas para a ampliação de creches?
Com o apoio da deputada federal Lêda Borges (PSDB) e do senador Wilder Morais (PL), vamos resolver essa situação da falta de vagas nas creches. Hoje, muitas não conseguem emprego, pois não têm onde deixar os filhos. Vamos fazer convênios e parcerias com igrejas, instituições, ONGs e, até mesmo, alugar espaços até que se construam novas creches.
Quais são suas propostas para incentivar o comércio local?
Também conheci, em Curitiba, o centro de empreendedorismo. Na nossa cidade, vamos dar o nome Centro de Empreendedorismo e Inovação de Valparaíso (CEIVA). Lá, haverá profissionais que vão capacitar aquelas pessoas que querem e que já empreendem. Também vamos fazer parcerias com instituições financeiras, para que, ao ser capacitado pelo CEIVA, a pessoa possa ser inserida no mercado de trabalho, sabendo que ele vai ter o recurso para o seu empreendimento. Isso fará com que Valparaíso de Goiás gere emprego e renda, além de dar condições para o comércio local contratar a nossa comunidade.
Como está o apoio do seu partido e de políticos que são de direita?
Fui convidado a me filiar ao partido e sair como candidato a prefeito de Valparaíso, pelo senador Wilder Morais, presidente do PL de Goiás, e também pelo presidente nacional do partido, Valdemar da Costa Neto. Eles conheceram toda a minha história e viram que tenho a capacidade, além de saberem dos meu ideais e a bandeira que defendo, como a família e a liberdade.
Em relação à inclusão social, o que fazer para dar atenção?
Fui coordenador do programa Segundo Tempo, em Valparaíso, onde atendemos mais de 3 mil jovens, no contraturno escolar, dando acesso a alimentação, esporte, cultura e lazer. Sempre tive comigo que “mente vazia é oficina do diabo”, então, é preciso ocupar a mente dos nossos jovens. Por isso, vou voltar com esse programa, além de criar a escola em tempo integral.
O que fazer para resolver o problema da BR-040?
Vou ajudar a concluir a obra do tão falado viaduto. Um detalhe importante é que a obra está sendo feita, mas não realizaram a etapa de drenagem, o que pode trazer sérios problemas para a cidade, com a chegada das chuvas. Vou resolver isso na minha gestão, se eleito.
Considerações finais
Você conhece a minha história e sabe o meu dia a dia na cidade. Aquelas pessoas com mais de 40 anos de Valparaíso de Goiás, sabem do que estou falando. Hoje, a cidade e, especificamente, o bairro Jardim Céu Azul, tem a oportunidade de ter o primeiro prefeito que é filho da cidade. Por isso, peço seu voto para fazer a transformação que o nosso povo precisa e merece. Tenho capacidade, coragem de trabalhar e já provei isso várias vezes.
Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Receba notícias no WhatsApp
Receba notícias no Telegram