Saiba como transformar uma vaga temporária em um cargo efetivo

No final do ano, o mercado de trabalho brasileiro tradicionalmente vivencia um expressivo aumento nas contratações temporárias. Segundo a Associação Brasileira do Trabalho Temporário (Asserttem), estima-se a abertura de cerca de 450 mil vagas em todo o país no último trimestre de 2024.

Esse movimento não apenas atende à alta demanda sazonal, mas também oferece uma oportunidade estratégica para profissionais que buscam ingressar ou retornar ao mercado, com grandes chances de converter essas posições temporárias em cargos efetivos.

Guy Peixoto, empreendedor serial e autor de “101 Princípios Essenciais do Empreendedorismo”, destaca que, embora as contratações temporárias atendam a demandas sazonais, muitos empregadores utilizam esse período para identificar talentos que possam ser incorporados permanentemente às suas equipes.

“O profissional temporário têm a chance de demonstrar seu valor e alinhamento com a cultura da empresa, fatores cruciais para uma possível efetivação”, afirma Peixoto.

Para aumentar as chances de ser efetivado, Guy Peixoto sugere algumas estratégias:

Guy Peixoto ressalta que, embora não haja garantias de efetivação, a postura profissional e o desempenho durante o período temporário podem ser determinantes para a decisão dos empregadores. “Transformar uma oportunidade temporária em uma carreira sólida depende, em grande parte, da atitude e do valor que o profissional agrega à organização”, aconselha.

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Entre tradições, expectativas e sonhos

Entre tradições, expectativas e sonhos (Foto: Adobe Stock)

Mais um ano se encerrando, mais um período de reflexões e balanços sobre o que planejamos, o que executamos e o quanto crescemos nos últimos 365 dias. Tempo também de renovar esperanças, sonhos, desejos e refazer planos para os próximos 365! No turismo também é assim! E, se tem uma coisa pela qual sou grata, são os profissionais e amigos que fiz pelo caminho, que me inspiram e com os quais aprendo diariamente, alguns mais de perto, outros nem tanto, mas todos com seu toque especial.

Ao pensar no próximo ciclo, e fazer os balanços e planos futuros para o turismo, porque não convidar alguns destes profissionais queridos a compartilharem também seus desejos e expectativas para 2025 a partir da seguinte pergunta: Qual inovação você espera para o turismo em 2025? O que segue são textos breves, compartilhados por eles, alguns mais curtos, outros menos, mas todos com olhar qualificado de cada um deles.

Alexandre é Vice-Presidente da ABAV-MG empreendedor com mais de 30 anos de experiência em turismo.

“Estamos ás portas de 2025 e, o novo ano que se apresenta, traz desafios a todos Nós. A evolução tecnológica, em especial da Inteligência Artificial e suas aplicações, abre uma perspectiva sem fronteiras para o mercado turístico. A rapidez que as inovações aparecem coloca-nos em um patamar de evolução em tempo real, permitindo um auxílio até pouco tempo inimaginável a nossa atividade. A constante exigência de um Turismo Sustentável, ambientalmente de baixo impacto e responsável, torna fundamental a ajuda de profissionais especializados em ciência e tratamento de dados, já que hoje dispomos do perfil de cada cliente, valor e tipo de viagem adquiridos, destinos mais procurados e até em que horário abordar o provável comprador. Nossas empresas devem embarcar nesta aeronave da modernidade, buscando um Céu de Brigadeiro, rumo a um pouso suave e seguro ao final da jornada.

Vamos juntos?”

Ana Carla Fonseca (Foto: acervo pessoal)

Para Ana Carla, economista, doutora em Urbanismo e diretora da Garimpo de Soluções: “Que seja regenerativo, em sentido amplo: ambiental, cultural, de valores sociais.”

Ana Clévia Guerreiro (Foto: acervo pessoal)

Já Ana Clévia, mestre em gestão de negócios turísticos, palestrante em turismo e inovação e eleita entre os 100 + Poderosos, em 2022, pelo PANROTAS e uma das co-founders da Mulheres do Turismo em Rede.

“A verdadeira inovação que desejo ver no turismo brasileiro em 2025 é da compromisso com a sustentabilidade e inclusão. Quero que o Brasil seja destaque na mídia internacional pela prática de um turismo responsável com negócios e destinos que trazem na sua essência a identidade e a singularidade da nossa cultura e ao mesmo tempo são referência pelas práticas ambientais e sociais que contribuem com a valoriza do nosso patrimônio natural, material e imaterial. Esta é a maior inovação e revolução que o turismo brasileiro deveria fazer.”

Bruno Reis (Foto: acervo pessoal)

Enquanto isso, o Diretor de Marketing Internacional, Negócios e Sustentabilidade, Bruno Reis comenta:

“Em 2025, a Embratur vai apresentar o Plano de Marketing Internacional para o período 2025-2028. É um documento que está em elaboração, e portanto não é possível antecipar o seu conteúdo. Contudo, em linhas gerais, podemos afirmar que a grande inovação para o turismo brasileiro será fazer o básico bem feito. Poder ter uma linha de promoção única, estratégica, alinhada com todos os estados, municípios e setor privado. O Brasil é um país continental, tem um território que representa duas vezes a Europa da Zona do Euro, e conseguir gerar essa sinergia na estratégia de promoção, envolvendo toda a infinidade de atores dessa cadeia produtiva, é o grande desafio que nos propusemos a liderar em 2025.

E essa promoção vai ter pilares bem definidos, que vão nos ajudar a desenvolver o turismo em nosso país de maneira a ajudar a construir o Brasil que queremos ser. É parte de nossos objetivos estratégicos, por exemplo, ampliar a promoção do turismo sustentável e regenerativo. Isso significa não apenas minimizar o impacto ambiental, mas também contribuir ativamente para a recuperação e preservação dos ecossistemas locais.

Essa é uma mensagem que o Brasil vai passar para o mundo com cada vez mais intensidade e responsabilidade: o turismo pode e deve ser uma potente ferramenta de transformação do mundo num lugar melhor. Estar na vanguarda dessa transformação é uma inovação. Em contraposição ao overtourism, que se tornou um problema social tão significativo em muitos países do mundo, as pesquisas demonstram que é crescente e significativa a parcela dos turistas que se engajam com o consumo que fazem, que buscam destinos onde podem ter a segurança de que sua ida vai gerar um impacto positivo para o meio-ambiente e para as comunidades que vai visitar.

O nosso posicionamento precisa ser de mostrar para esses turistas que o Brasil tem uma ampla oferta de destinos onde você vai viver uma experiência única, e que seu consumo vai contribuir para a manutenção sustentável daquela localidade. Estamos comprometidos em liderar essa mudança, promovendo um turismo que respeite o meio ambiente e valorize as culturas locais, sempre com foco na inclusão e acessibilidade para todos os turistas.

Além disso, estamos investindo para ampliar nossa estratégia de segmentação na promoção do turismo. Isso nos permitirá direcionar campanhas específicas para diferentes perfis de viajantes, desde aqueles interessados em aventuras ecológicas até os que buscam experiências culturais autênticas. O uso de micro-influenciadores e conteúdo gerado por usuários será crucial para construir uma narrativa autêntica e engajadora sobre o Brasil como destino turístico.”

Caio Esteves (Foto: acervo pessoal)

Caio Esteves é especialista em Place Branding, Placemaking e Futuros dos Lugares e afirma:

“O mundo vem sistematicamente se tornando menor, a tecnologia, em todos os segmentos contribui para um percurso cada vez menos territorializado das pessoas em relação aos lugares, e claro, os destinos turísticos não são exceção.

Uma “tendência” que imagino que tenha grande relevância no futuro próximo é o que podemos chamar de “frictionless” ou de experiência “sem atrito”. Isso implica em processos mais amigáveis e autônomos que por sua vez gerariam experiências mais suaves para os visitantes. Uma abordagem frictionless é capaz de, ao mesmo tempo que fortalece as diferenças culturais, idiomáticas e comportamentais, supera o obstáculo da estranheza, facilitando as conexões.

Claro que não me refiro a uma I.A onipresente que resolve tudo o tempo todo, mas processos que envolvam interação humana, facilitada pela tecnologia. Os países asiáticos começaram a entender esse movimento anos atrás e espera-se que o ocidente também entenda que o mundo não gira necessariamente ao seu redor, e adote práticas igualmente amigáveis.”

Caroline Couret (Foto: acervo pessoal)

Caroline Couret, expert e consultora em Turismo Criativo, fundadora da Creative Tourism Network, relata:

“Quer seja um desejo ou uma realidade próxima, em 2025, a inovação no turismo teria de trazer mais cocriação e transversalidade. Com efeito, depois de anos caracterizados pela hipersegmentação e hiperespecialização do turismo, ao longo dos quais se desenvolveu expertise em torno de segmentos específicos como o turismo gastronómico, o turismo musical, o turismo premium, o turismo acessível, o turismo responsável, o ecoturismo, só para citar alguns entre uma multidão – seria importante considerar mais uma vez o viajante a partir de suas múltiplas facetas e trabalhar em conjunto para oferecer experiências holísticas que atendam com todos os seus valores e demandas. Como exemplos, um turista pode procurar experiências exclusivas e luxuosas, sem descurar valores éticos ou ecológicos, por exemplo. Um turista que viaja a negócios também pode ser turista de lazer ou turista gastronômico por algumas horas, e necessitar de medidas especiais em termos de acessibilidade. Por estas razões, a transversalidade na oferta exige mais cocriação entre os setores envolvidos, facilitando o acesso dos viajantes a uma oferta personalizada e de qualidade, mas também criando sinergias e novos ecossistemas entre os novos atores do setor do turismo. Desta forma, pretende-se também acelerar o processo de aceitação destes conceitos, que devem ser parte integrante tanto dos destinos como da vida das populações locais: para dar apenas um exemplo, a acessibilidade, a sustentabilidade têm de ser a norma e não uma exceção. Assim, a inovação terá a ver com as relações humanas e com as competências dos diferentes atores para criar estas trocas e modelos virtuosos. Terão as tecnologias como ferramentas, mas sempre orientadas e otimizadas pela criatividade humana.

Neste sentido, o turismo criativo tenderá também a tornar-se, por um lado, uma forma de viajar aplicável a qualquer segmento, de forma a satisfazer os viajantes em busca de autenticidade, quaisquer que sejam os seus interesses específicos. E por outro lado, uma nova forma de pensar e reestruturar a engenharia turística, fazendo da criatividade o recurso essencial para diversificar e personalizar a oferta de forma totalmente sustentável, fazendo da criatividade o recurso essencial.”

Cristiane Muller (Foto: acervo pessoal)

Cristiane Muller, turismóloga, especialista em Gestão de Marketing e Sustentabilidade em destinos, reflete:

“A inovação que desejo em 2025 é que a cadeia produtiva do turismo consiga implantar ações de descarbonização nas suas operações, para que o turismo minimize o impacto de emissão de gases de efeito estufa e seja vetor de conscientização e transformação na agenda de ações climáticas.”

Fernanda Fonseca (Foto: acervo pessoal)

Fernanda, é turismóloga, mestre em desenvolvimento turístico, especialista em turismo gastronômico e chef de cozinha e compartilha:

“Para 2025 espero que o turismo regenerativo se consolide, segmento que considera a reconstrução de áreas devastadas através da atividade turística, no qual o visitante contribui para a melhoria de espaços devastados, seja através do plantio de árvores, limpeza de nascentes, reconstrução de matas, e outras atividades de apoio à regeneração da natureza esteja incluída no roteiro da viagem.”

Gustavo Pinto (Foto: acervo pessoal)

Gustavo é associado no Instituto Rede Terra. Membro fundador do Muda! Coletivo Brasileiro pelo Turismo Responsável, reforça:

“Espero que os temas de sustentabilidade e ESG sejam abordados de forma mais técnica e acessível para a principal base de negócios do turismo no Brasil: MEIs, micro e pequenos empreendedores. Ainda são tratados de maneira pouco prática e adaptada a esse público, o que dificulta a implementação de um turismo responsável com resultados concretos.”

Jaqueline Gil (Foto: acervo pessoal)

A turismóloga, mestre em gestão do turismo internacional e doutoranda em desenvolvimento sustentável na UnB, Jaqueline Gil, compartilha:

“Para 2025, espero inovações que aceleram soluções a favor de nosso maior desafio atualmente: as mudanças climáticas. Precisamos de ações tanto para reduzir as emissões de gases de efeito estufa quanto para adaptar o turismo a novas realidades, tornando-o mais resiliente e no caminho de mais harmonia entre humanos e natureza. É um movimento coletivo, e as soluções precisam de co-criação entre público e privado. Cada um de nós precisa conhecer e se engajar nas ações tão necessárias para o nosso futuro.”

Luciana Atheniense é advogada, especialista em Direito do Consumidor, com ênfase em questões relacionadas aos direitos dos turistas e integra a Comissão de Direito do Consumidor da OAB/MG.

“Em Belo Horizonte, a parceria cada vez mais sólida entre o poder público e a iniciativa privada busca desenvolver projetos de qualidade, capazes de ampliar a visibilidade do turismo local não apenas entre os mineiros, mas também em âmbito nacional e internacional. Ao mesmo tempo, espera-se que os prestadores de serviços turísticos cativem e respeitem os visitantes, garantindo momentos de alegria e satisfação. Paralelamente, o poder público trabalha para reforçar a segurança, assegurando que turistas circulem com tranquilidade e desfrutem plenamente das belezas da capital mineira.”

Marina Figueiredo (Foto: acervo pessoal)

Marina Figueiredo, profissional do turismo com 25 anos de experiência no setor, atualmente está como Presidente Executiva da Braztoa (Associação Brasileira das Operadoras de Turismo), comenta:

“Para 2025, espero ver a consolidação da tecnologia como uma verdadeira aliada dos profissionais do turismo, não apenas otimizando tarefas administrativas e operacionais, mas também liberando tempo para que eles possam focar no que realmente importa: colocar sua criatividade e expertise a serviço dos viajantes. Essa integração permitirá a criação de experiências ainda mais enriquecedoras e personalizadas, elevando a qualidade do atendimento e do planejamento das jornadas.

Além disso, vejo com grande expectativa a digitalização de destinos e a implementação de “destinos inteligentes”, onde tecnologias serão utilizadas para melhorar a gestão de fluxo de turistas, oferecer informações em tempo real e otimizar a experiência de viagem. Essas inovações ajudarão a criar ambientes mais organizados e sustentáveis, permitindo um turismo mais fluido e enriquecedor, e que conviva muito bem com os moradores locais.

Ainda no campo da sustentabilidade, espero ver a integração de práticas sustentáveis com soluções inovadoras, incentivando escolhas mais conscientes e possibilitando um turismo mais responsável. Acredito em experiências que não apenas gerem impacto positivo, mas também impulsionem a regeneração dos destinos, melhorando nossa conexão com as comunidades locais. Tecnologias podem ser ferramentas poderosas e desempenhar um papel fundamental nesse processo, promovendo experiências culturais e educacionais enriquecedoras, até mesmo antes do viajante embarcar.

E a digitalização dos destinos e implementação de destinos inteligentes, para gerenciar o fluxo de turistas e melhorar a experiência.

Que em 2025 as inovações no turismo contribuam para tornar a atividade mais inclusiva, acessível, de impacto positivo, autentica, responsável e conectada à realidade dos novos tempos e e preparadas para as novas gerações de consumidores, que buscam propósito em cada escolha e estão cada vez mais engajados em construir um futuro mais sustentável e transformador.”

Marta Poggi (Foto: acervo pessoal)

Marta Poggi, palestrante internacional e consultora especializada em tendências e inovações no turismo, contribui:

“Há muito tempo se fala da criação de um super aplicativo (super app) para oferecer uma experiência mais conectada e fluida ao viajante.

A jornada de compra do turista ainda é complexa e morosa, particularmente na etapa de reserva e compra dos serviços, que envolve coordenar diferentes produtos em plataformas diversas, com pagamentos separados, tais como: voos, hotéis, locação de carro, passeios e experiências. O processo é fragmentado e demanda tempo do consumidor para providenciar e organizar todos os serviços.

Com tantos avanços em relação à inteligência artificial generativa nos últimos 2 anos, espero que em 2025 possamos ter acesso a soluções mais integradas e eficientes para transformar a forma como as viagens são planejadas e gerenciadas. Dessa forma, com menos fricção, a experiência da viagem ficará ainda mais prazerosa.”

Marianne Costa (Foto: acervo pessoal)

A CEO do Grupo Vivejar, Marianne Costa, cita:

“Para 2025, eu espero que os tomadores de decisão no Turismo finalmente acordem para a importância da diversidade nos eventos, principalmente de raça, gênero, geográfica e de classe social. Não só por ser uma boa prática, mas porque não inovamos se não diversificamos. Precisamos “oxigenar” as ideias e as propostas no Turismo, e não alcançaremos isso dando palco e holofotes para os mesmos de sempre!”

Peter Mangabeira (Foto: acervo pessoal)

Peter Mangabeira é diretor da Pampulha Viagens e Turismo e Presidente da Abav MG, e traz a reflexão abaixo:

“Espero que neste ano de 2025, o turismo evolua mais ainda com as tecnologias cada vez mais abrangentes no nosso setor, proporcionando mais facilidades principalmente para as pessoas com mais dificuldades de mobilidade e também para as que tem poucas condições de ir nos diversos pontos turísticos desse nosso planeta maravilhoso.”

Rafael Carrara é internacionalista com 8 anos de experiência no desenvolvimento de demanda na Aviação e comenta:

“Engana-se quem coloca a tecnologia e altos investimentos como os únicos caminhos para a inovação. A proposição de novas abordagens para problemas antigos ou o desenho de uma estratégia pioneira também são inovadores e comumente levam a resultados surpreendentes. Para 2025, deixo aqui o desejo de ver mais estratégias orientadas por um ecossistema de dados, que levem a uma atuação mais assertiva dos setores público e privado voltada à jornada do viajante. Adicionalmente, que o setor esteja mais unido e alinhado da estruturação da oferta turística à promoção dos nossos destinos, permitindo o posicionamento certeiro para os mercados-chave. E, por fim, que possamos avançar na compreensão de que o Turismo é uma potente ferramenta de transformação econômico-social. Sem dúvida, esta última seria a maior inovação possível para o setor e, curiosamente, ela não precisaria de uma super tecnologia nem custaria um centavo.”

Renato Lana (Foto: acervo pessoal)

O turismólogo e especialista em gerenciamento de projetos e gestão de negócios, Renato Lana, defende:

“Oferta de experiências turísticas com mais elementos pautados nas ODS – Objetivos do Desenvolvimento Sustentável.”

Rodrigo Cesário (Foto: acervo pessoal)

Rodrigo é Gestor em inovação e sustentabilidade, co-realizador do Congresso Nacional de Turismo e Cultura Sustentável e finaliza com sua reflexão:

“Para 2025, a inovação que vejo para o turismo está na mudança de mentalidade. Turistas e trade mais conscientes, que valorizem a preservação do meio ambiente, as tradições locais e promovam um turismo responsável. Essa abordagem é essencial para criar destinos mais ricos e acessíveis, onde o desenvolvimento sustentável é prioridade. As práticas ESG têm um papel crucial nesse cenário, trazendo inovação ao integrar preocupações ambientais, sociais e de governança, criando valor e garantindo um mercado saudável e prospero.”

Me atrevo a dizer que as pautas do turismo no(s) próximo(s) ano(s) flutuarão em torno dos temas de sustentabilidade, impacto social positivo e tecnologia! A questão é, destinos, profissionais, empreendedores e turistas estão de fato preparados, sensíveis e conscientes desta urgência? Dessa forma, a inovação que realmente espero para 2025, ou para 2000 e sempre, é que possamos trazer conceitos e discursos para a prática, tenhamos a ciência de dados como aliada, nos inspiremos em exemplos que trazem mudanças reais e sejamos efetivos na transformação de territórios!

Por fim, mais um ano desafiador e inspirador está chegando ao fim! E, continuo acreditando que o encontro entre os diferentes é o que mais me inspira na prática do turismo! Encontros estes permitidos, mesmo que virtualmente, também por aqui! Encontro com parceiros, entrevistados, colaboradores e com cada leitor e incentivador! Obrigada! Feliz 2025! Um beijo pro meu pai, pra minha mãe e pra você!

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Entre tradições, expectativas e sonhos

Entre tradições, expectativas e sonhos (Foto: Adobe Stock)

Mais um ano se encerrando, mais um período de reflexões e balanços sobre o que planejamos, o que executamos e o quanto crescemos nos últimos 365 dias. Tempo também de renovar esperanças, sonhos, desejos e refazer planos para os próximos 365! No turismo também é assim! E, se tem uma coisa pela qual sou grata, são os profissionais e amigos que fiz pelo caminho, que me inspiram e com os quais aprendo diariamente, alguns mais de perto, outros nem tanto, mas todos com seu toque especial.

Ao pensar no próximo ciclo, e fazer os balanços e planos futuros para o turismo, porque não convidar alguns destes profissionais queridos a compartilharem também seus desejos e expectativas para 2025 a partir da seguinte pergunta: Qual inovação você espera para o turismo em 2025? O que segue são textos breves, compartilhados por eles, alguns mais curtos, outros menos, mas todos com olhar qualificado de cada um deles.

Alexandre é Vice-Presidente da ABAV-MG empreendedor com mais de 30 anos de experiência em turismo.

“Estamos ás portas de 2025 e, o novo ano que se apresenta, traz desafios a todos Nós. A evolução tecnológica, em especial da Inteligência Artificial e suas aplicações, abre uma perspectiva sem fronteiras para o mercado turístico. A rapidez que as inovações aparecem coloca-nos em um patamar de evolução em tempo real, permitindo um auxílio até pouco tempo inimaginável a nossa atividade. A constante exigência de um Turismo Sustentável, ambientalmente de baixo impacto e responsável, torna fundamental a ajuda de profissionais especializados em ciência e tratamento de dados, já que hoje dispomos do perfil de cada cliente, valor e tipo de viagem adquiridos, destinos mais procurados e até em que horário abordar o provável comprador. Nossas empresas devem embarcar nesta aeronave da modernidade, buscando um Céu de Brigadeiro, rumo a um pouso suave e seguro ao final da jornada.

Vamos juntos?”

Ana Carla Fonseca (Foto: acervo pessoal)

Para Ana Carla, economista, doutora em Urbanismo e diretora da Garimpo de Soluções: “Que seja regenerativo, em sentido amplo: ambiental, cultural, de valores sociais.”

Ana Clévia Guerreiro (Foto: acervo pessoal)

Já Ana Clévia, mestre em gestão de negócios turísticos, palestrante em turismo e inovação e eleita entre os 100 + Poderosos, em 2022, pelo PANROTAS e uma das co-founders da Mulheres do Turismo em Rede.

“A verdadeira inovação que desejo ver no turismo brasileiro em 2025 é da compromisso com a sustentabilidade e inclusão. Quero que o Brasil seja destaque na mídia internacional pela prática de um turismo responsável com negócios e destinos que trazem na sua essência a identidade e a singularidade da nossa cultura e ao mesmo tempo são referência pelas práticas ambientais e sociais que contribuem com a valoriza do nosso patrimônio natural, material e imaterial. Esta é a maior inovação e revolução que o turismo brasileiro deveria fazer.”

Bruno Reis (Foto: acervo pessoal)

Enquanto isso, o Diretor de Marketing Internacional, Negócios e Sustentabilidade, Bruno Reis comenta:

“Em 2025, a Embratur vai apresentar o Plano de Marketing Internacional para o período 2025-2028. É um documento que está em elaboração, e portanto não é possível antecipar o seu conteúdo. Contudo, em linhas gerais, podemos afirmar que a grande inovação para o turismo brasileiro será fazer o básico bem feito. Poder ter uma linha de promoção única, estratégica, alinhada com todos os estados, municípios e setor privado. O Brasil é um país continental, tem um território que representa duas vezes a Europa da Zona do Euro, e conseguir gerar essa sinergia na estratégia de promoção, envolvendo toda a infinidade de atores dessa cadeia produtiva, é o grande desafio que nos propusemos a liderar em 2025.

E essa promoção vai ter pilares bem definidos, que vão nos ajudar a desenvolver o turismo em nosso país de maneira a ajudar a construir o Brasil que queremos ser. É parte de nossos objetivos estratégicos, por exemplo, ampliar a promoção do turismo sustentável e regenerativo. Isso significa não apenas minimizar o impacto ambiental, mas também contribuir ativamente para a recuperação e preservação dos ecossistemas locais.

Essa é uma mensagem que o Brasil vai passar para o mundo com cada vez mais intensidade e responsabilidade: o turismo pode e deve ser uma potente ferramenta de transformação do mundo num lugar melhor. Estar na vanguarda dessa transformação é uma inovação. Em contraposição ao overtourism, que se tornou um problema social tão significativo em muitos países do mundo, as pesquisas demonstram que é crescente e significativa a parcela dos turistas que se engajam com o consumo que fazem, que buscam destinos onde podem ter a segurança de que sua ida vai gerar um impacto positivo para o meio-ambiente e para as comunidades que vai visitar.

O nosso posicionamento precisa ser de mostrar para esses turistas que o Brasil tem uma ampla oferta de destinos onde você vai viver uma experiência única, e que seu consumo vai contribuir para a manutenção sustentável daquela localidade. Estamos comprometidos em liderar essa mudança, promovendo um turismo que respeite o meio ambiente e valorize as culturas locais, sempre com foco na inclusão e acessibilidade para todos os turistas.

Além disso, estamos investindo para ampliar nossa estratégia de segmentação na promoção do turismo. Isso nos permitirá direcionar campanhas específicas para diferentes perfis de viajantes, desde aqueles interessados em aventuras ecológicas até os que buscam experiências culturais autênticas. O uso de micro-influenciadores e conteúdo gerado por usuários será crucial para construir uma narrativa autêntica e engajadora sobre o Brasil como destino turístico.”

Caio Esteves (Foto: acervo pessoal)

Caio Esteves é especialista em Place Branding, Placemaking e Futuros dos Lugares e afirma:

“O mundo vem sistematicamente se tornando menor, a tecnologia, em todos os segmentos contribui para um percurso cada vez menos territorializado das pessoas em relação aos lugares, e claro, os destinos turísticos não são exceção.

Uma “tendência” que imagino que tenha grande relevância no futuro próximo é o que podemos chamar de “frictionless” ou de experiência “sem atrito”. Isso implica em processos mais amigáveis e autônomos que por sua vez gerariam experiências mais suaves para os visitantes. Uma abordagem frictionless é capaz de, ao mesmo tempo que fortalece as diferenças culturais, idiomáticas e comportamentais, supera o obstáculo da estranheza, facilitando as conexões.

Claro que não me refiro a uma I.A onipresente que resolve tudo o tempo todo, mas processos que envolvam interação humana, facilitada pela tecnologia. Os países asiáticos começaram a entender esse movimento anos atrás e espera-se que o ocidente também entenda que o mundo não gira necessariamente ao seu redor, e adote práticas igualmente amigáveis.”

Caroline Couret (Foto: acervo pessoal)

Caroline Couret, expert e consultora em Turismo Criativo, fundadora da Creative Tourism Network, relata:

“Quer seja um desejo ou uma realidade próxima, em 2025, a inovação no turismo teria de trazer mais cocriação e transversalidade. Com efeito, depois de anos caracterizados pela hipersegmentação e hiperespecialização do turismo, ao longo dos quais se desenvolveu expertise em torno de segmentos específicos como o turismo gastronómico, o turismo musical, o turismo premium, o turismo acessível, o turismo responsável, o ecoturismo, só para citar alguns entre uma multidão – seria importante considerar mais uma vez o viajante a partir de suas múltiplas facetas e trabalhar em conjunto para oferecer experiências holísticas que atendam com todos os seus valores e demandas. Como exemplos, um turista pode procurar experiências exclusivas e luxuosas, sem descurar valores éticos ou ecológicos, por exemplo. Um turista que viaja a negócios também pode ser turista de lazer ou turista gastronômico por algumas horas, e necessitar de medidas especiais em termos de acessibilidade. Por estas razões, a transversalidade na oferta exige mais cocriação entre os setores envolvidos, facilitando o acesso dos viajantes a uma oferta personalizada e de qualidade, mas também criando sinergias e novos ecossistemas entre os novos atores do setor do turismo. Desta forma, pretende-se também acelerar o processo de aceitação destes conceitos, que devem ser parte integrante tanto dos destinos como da vida das populações locais: para dar apenas um exemplo, a acessibilidade, a sustentabilidade têm de ser a norma e não uma exceção. Assim, a inovação terá a ver com as relações humanas e com as competências dos diferentes atores para criar estas trocas e modelos virtuosos. Terão as tecnologias como ferramentas, mas sempre orientadas e otimizadas pela criatividade humana.

Neste sentido, o turismo criativo tenderá também a tornar-se, por um lado, uma forma de viajar aplicável a qualquer segmento, de forma a satisfazer os viajantes em busca de autenticidade, quaisquer que sejam os seus interesses específicos. E por outro lado, uma nova forma de pensar e reestruturar a engenharia turística, fazendo da criatividade o recurso essencial para diversificar e personalizar a oferta de forma totalmente sustentável, fazendo da criatividade o recurso essencial.”

Cristiane Muller (Foto: acervo pessoal)

Cristiane Muller, turismóloga, especialista em Gestão de Marketing e Sustentabilidade em destinos, reflete:

“A inovação que desejo em 2025 é que a cadeia produtiva do turismo consiga implantar ações de descarbonização nas suas operações, para que o turismo minimize o impacto de emissão de gases de efeito estufa e seja vetor de conscientização e transformação na agenda de ações climáticas.”

Fernanda Fonseca (Foto: acervo pessoal)

Fernanda, é turismóloga, mestre em desenvolvimento turístico, especialista em turismo gastronômico e chef de cozinha e compartilha:

“Para 2025 espero que o turismo regenerativo se consolide, segmento que considera a reconstrução de áreas devastadas através da atividade turística, no qual o visitante contribui para a melhoria de espaços devastados, seja através do plantio de árvores, limpeza de nascentes, reconstrução de matas, e outras atividades de apoio à regeneração da natureza esteja incluída no roteiro da viagem.”

Gustavo Pinto (Foto: acervo pessoal)

Gustavo é associado no Instituto Rede Terra. Membro fundador do Muda! Coletivo Brasileiro pelo Turismo Responsável, reforça:

“Espero que os temas de sustentabilidade e ESG sejam abordados de forma mais técnica e acessível para a principal base de negócios do turismo no Brasil: MEIs, micro e pequenos empreendedores. Ainda são tratados de maneira pouco prática e adaptada a esse público, o que dificulta a implementação de um turismo responsável com resultados concretos.”

Jaqueline Gil (Foto: acervo pessoal)

A turismóloga, mestre em gestão do turismo internacional e doutoranda em desenvolvimento sustentável na UnB, Jaqueline Gil, compartilha:

“Para 2025, espero inovações que aceleram soluções a favor de nosso maior desafio atualmente: as mudanças climáticas. Precisamos de ações tanto para reduzir as emissões de gases de efeito estufa quanto para adaptar o turismo a novas realidades, tornando-o mais resiliente e no caminho de mais harmonia entre humanos e natureza. É um movimento coletivo, e as soluções precisam de co-criação entre público e privado. Cada um de nós precisa conhecer e se engajar nas ações tão necessárias para o nosso futuro.”

Luciana Atheniense é advogada, especialista em Direito do Consumidor, com ênfase em questões relacionadas aos direitos dos turistas e integra a Comissão de Direito do Consumidor da OAB/MG.

“Em Belo Horizonte, a parceria cada vez mais sólida entre o poder público e a iniciativa privada busca desenvolver projetos de qualidade, capazes de ampliar a visibilidade do turismo local não apenas entre os mineiros, mas também em âmbito nacional e internacional. Ao mesmo tempo, espera-se que os prestadores de serviços turísticos cativem e respeitem os visitantes, garantindo momentos de alegria e satisfação. Paralelamente, o poder público trabalha para reforçar a segurança, assegurando que turistas circulem com tranquilidade e desfrutem plenamente das belezas da capital mineira.”

Marina Figueiredo (Foto: acervo pessoal)

Marina Figueiredo, profissional do turismo com 25 anos de experiência no setor, atualmente está como Presidente Executiva da Braztoa (Associação Brasileira das Operadoras de Turismo), comenta:

“Para 2025, espero ver a consolidação da tecnologia como uma verdadeira aliada dos profissionais do turismo, não apenas otimizando tarefas administrativas e operacionais, mas também liberando tempo para que eles possam focar no que realmente importa: colocar sua criatividade e expertise a serviço dos viajantes. Essa integração permitirá a criação de experiências ainda mais enriquecedoras e personalizadas, elevando a qualidade do atendimento e do planejamento das jornadas.

Além disso, vejo com grande expectativa a digitalização de destinos e a implementação de “destinos inteligentes”, onde tecnologias serão utilizadas para melhorar a gestão de fluxo de turistas, oferecer informações em tempo real e otimizar a experiência de viagem. Essas inovações ajudarão a criar ambientes mais organizados e sustentáveis, permitindo um turismo mais fluido e enriquecedor, e que conviva muito bem com os moradores locais.

Ainda no campo da sustentabilidade, espero ver a integração de práticas sustentáveis com soluções inovadoras, incentivando escolhas mais conscientes e possibilitando um turismo mais responsável. Acredito em experiências que não apenas gerem impacto positivo, mas também impulsionem a regeneração dos destinos, melhorando nossa conexão com as comunidades locais. Tecnologias podem ser ferramentas poderosas e desempenhar um papel fundamental nesse processo, promovendo experiências culturais e educacionais enriquecedoras, até mesmo antes do viajante embarcar.

E a digitalização dos destinos e implementação de destinos inteligentes, para gerenciar o fluxo de turistas e melhorar a experiência.

Que em 2025 as inovações no turismo contribuam para tornar a atividade mais inclusiva, acessível, de impacto positivo, autentica, responsável e conectada à realidade dos novos tempos e e preparadas para as novas gerações de consumidores, que buscam propósito em cada escolha e estão cada vez mais engajados em construir um futuro mais sustentável e transformador.”

Marta Poggi (Foto: acervo pessoal)

Marta Poggi, palestrante internacional e consultora especializada em tendências e inovações no turismo, contribui:

“Há muito tempo se fala da criação de um super aplicativo (super app) para oferecer uma experiência mais conectada e fluida ao viajante.

A jornada de compra do turista ainda é complexa e morosa, particularmente na etapa de reserva e compra dos serviços, que envolve coordenar diferentes produtos em plataformas diversas, com pagamentos separados, tais como: voos, hotéis, locação de carro, passeios e experiências. O processo é fragmentado e demanda tempo do consumidor para providenciar e organizar todos os serviços.

Com tantos avanços em relação à inteligência artificial generativa nos últimos 2 anos, espero que em 2025 possamos ter acesso a soluções mais integradas e eficientes para transformar a forma como as viagens são planejadas e gerenciadas. Dessa forma, com menos fricção, a experiência da viagem ficará ainda mais prazerosa.”

Marianne Costa (Foto: acervo pessoal)

A CEO do Grupo Vivejar, Marianne Costa, cita:

“Para 2025, eu espero que os tomadores de decisão no Turismo finalmente acordem para a importância da diversidade nos eventos, principalmente de raça, gênero, geográfica e de classe social. Não só por ser uma boa prática, mas porque não inovamos se não diversificamos. Precisamos “oxigenar” as ideias e as propostas no Turismo, e não alcançaremos isso dando palco e holofotes para os mesmos de sempre!”

Peter Mangabeira (Foto: acervo pessoal)

Peter Mangabeira é diretor da Pampulha Viagens e Turismo e Presidente da Abav MG, e traz a reflexão abaixo:

“Espero que neste ano de 2025, o turismo evolua mais ainda com as tecnologias cada vez mais abrangentes no nosso setor, proporcionando mais facilidades principalmente para as pessoas com mais dificuldades de mobilidade e também para as que tem poucas condições de ir nos diversos pontos turísticos desse nosso planeta maravilhoso.”

Rafael Carrara é internacionalista com 8 anos de experiência no desenvolvimento de demanda na Aviação e comenta:

“Engana-se quem coloca a tecnologia e altos investimentos como os únicos caminhos para a inovação. A proposição de novas abordagens para problemas antigos ou o desenho de uma estratégia pioneira também são inovadores e comumente levam a resultados surpreendentes. Para 2025, deixo aqui o desejo de ver mais estratégias orientadas por um ecossistema de dados, que levem a uma atuação mais assertiva dos setores público e privado voltada à jornada do viajante. Adicionalmente, que o setor esteja mais unido e alinhado da estruturação da oferta turística à promoção dos nossos destinos, permitindo o posicionamento certeiro para os mercados-chave. E, por fim, que possamos avançar na compreensão de que o Turismo é uma potente ferramenta de transformação econômico-social. Sem dúvida, esta última seria a maior inovação possível para o setor e, curiosamente, ela não precisaria de uma super tecnologia nem custaria um centavo.”

Renato Lana (Foto: acervo pessoal)

O turismólogo e especialista em gerenciamento de projetos e gestão de negócios, Renato Lana, defende:

“Oferta de experiências turísticas com mais elementos pautados nas ODS – Objetivos do Desenvolvimento Sustentável.”

Rodrigo Cesário (Foto: acervo pessoal)

Rodrigo é Gestor em inovação e sustentabilidade, co-realizador do Congresso Nacional de Turismo e Cultura Sustentável e finaliza com sua reflexão:

“Para 2025, a inovação que vejo para o turismo está na mudança de mentalidade. Turistas e trade mais conscientes, que valorizem a preservação do meio ambiente, as tradições locais e promovam um turismo responsável. Essa abordagem é essencial para criar destinos mais ricos e acessíveis, onde o desenvolvimento sustentável é prioridade. As práticas ESG têm um papel crucial nesse cenário, trazendo inovação ao integrar preocupações ambientais, sociais e de governança, criando valor e garantindo um mercado saudável e prospero.”

Me atrevo a dizer que as pautas do turismo no(s) próximo(s) ano(s) flutuarão em torno dos temas de sustentabilidade, impacto social positivo e tecnologia! A questão é, destinos, profissionais, empreendedores e turistas estão de fato preparados, sensíveis e conscientes desta urgência? Dessa forma, a inovação que realmente espero para 2025, ou para 2000 e sempre, é que possamos trazer conceitos e discursos para a prática, tenhamos a ciência de dados como aliada, nos inspiremos em exemplos que trazem mudanças reais e sejamos efetivos na transformação de territórios!

Por fim, mais um ano desafiador e inspirador está chegando ao fim! E, continuo acreditando que o encontro entre os diferentes é o que mais me inspira na prática do turismo! Encontros estes permitidos, mesmo que virtualmente, também por aqui! Encontro com parceiros, entrevistados, colaboradores e com cada leitor e incentivador! Obrigada! Feliz 2025! Um beijo pro meu pai, pra minha mãe e pra você!

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Entre tradições, expectativas e sonhos

Entre tradições, expectativas e sonhos (Foto: Adobe Stock)

Mais um ano se encerrando, mais um período de reflexões e balanços sobre o que planejamos, o que executamos e o quanto crescemos nos últimos 365 dias. Tempo também de renovar esperanças, sonhos, desejos e refazer planos para os próximos 365! No turismo também é assim! E, se tem uma coisa pela qual sou grata, são os profissionais e amigos que fiz pelo caminho, que me inspiram e com os quais aprendo diariamente, alguns mais de perto, outros nem tanto, mas todos com seu toque especial.

Ao pensar no próximo ciclo, e fazer os balanços e planos futuros para o turismo, porque não convidar alguns destes profissionais queridos a compartilharem também seus desejos e expectativas para 2025 a partir da seguinte pergunta: Qual inovação você espera para o turismo em 2025? O que segue são textos breves, compartilhados por eles, alguns mais curtos, outros menos, mas todos com o olhar qualificado de cada um deles.

Alexandre é Vice-Presidente da ABAV-MG empreendedor com mais de 30 anos de experiência em turismo.

“Estamos ás portas de 2025 e, o novo ano que se apresenta, traz desafios a todos Nós. A evolução tecnológica, em especial da Inteligência Artificial e suas aplicações, abre uma perspectiva sem fronteiras para o mercado turístico. A rapidez que as inovações aparecem coloca-nos em um patamar de evolução em tempo real, permitindo um auxílio até pouco tempo inimaginável a nossa atividade. A constante exigência de um Turismo Sustentável, ambientalmente de baixo impacto e responsável, torna fundamental a ajuda de profissionais especializados em ciência e tratamento de dados, já que hoje dispomos do perfil de cada cliente, valor e tipo de viagem adquiridos, destinos mais procurados e até em que horário abordar o provável comprador. Nossas empresas devem embarcar nesta aeronave da modernidade, buscando um Céu de Brigadeiro, rumo a um pouso suave e seguro ao final da jornada.

Vamos juntos?”

Ana Carla Fonseca (Foto: acervo pessoal)

Para Ana Carla, economista, doutora em Urbanismo e diretora da Garimpo de Soluções: “Que seja regenerativo, em sentido amplo: ambiental, cultural, de valores sociais.”

Ana Clévia Guerreiro (Foto: acervo pessoal)

Já Ana Clévia, mestre em gestão de negócios turísticos, palestrante em turismo e inovação e eleita entre os 100 + Poderosos, em 2022, pelo PANROTAS e uma das co-founders da Mulheres do Turismo em Rede.

“A verdadeira inovação que desejo ver no turismo brasileiro em 2025 é da compromisso com a sustentabilidade e inclusão. Quero que o Brasil seja destaque na mídia internacional pela prática de um turismo responsável com negócios e destinos que trazem na sua essência a identidade e a singularidade da nossa cultura e ao mesmo tempo são referência pelas práticas ambientais e sociais que contribuem com a valoriza do nosso patrimônio natural, material e imaterial. Esta é a maior inovação e revolução que o turismo brasileiro deveria fazer.”

Bruno Reis (Foto: acervo pessoal)

Enquanto isso, o Diretor de Marketing Internacional, Negócios e Sustentabilidade, Bruno Reis comenta:

“Em 2025, a Embratur vai apresentar o Plano de Marketing Internacional para o período 2025-2028. É um documento que está em elaboração, e portanto não é possível antecipar o seu conteúdo. Contudo, em linhas gerais, podemos afirmar que a grande inovação para o turismo brasileiro será fazer o básico bem feito. Poder ter uma linha de promoção única, estratégica, alinhada com todos os estados, municípios e setor privado. O Brasil é um país continental, tem um território que representa duas vezes a Europa da Zona do Euro, e conseguir gerar essa sinergia na estratégia de promoção, envolvendo toda a infinidade de atores dessa cadeia produtiva, é o grande desafio que nos propusemos a liderar em 2025.

E essa promoção vai ter pilares bem definidos, que vão nos ajudar a desenvolver o turismo em nosso país de maneira a ajudar a construir o Brasil que queremos ser. É parte de nossos objetivos estratégicos, por exemplo, ampliar a promoção do turismo sustentável e regenerativo. Isso significa não apenas minimizar o impacto ambiental, mas também contribuir ativamente para a recuperação e preservação dos ecossistemas locais.

Essa é uma mensagem que o Brasil vai passar para o mundo com cada vez mais intensidade e responsabilidade: o turismo pode e deve ser uma potente ferramenta de transformação do mundo num lugar melhor. Estar na vanguarda dessa transformação é uma inovação. Em contraposição ao overtourism, que se tornou um problema social tão significativo em muitos países do mundo, as pesquisas demonstram que é crescente e significativa a parcela dos turistas que se engajam com o consumo que fazem, que buscam destinos onde podem ter a segurança de que sua ida vai gerar um impacto positivo para o meio-ambiente e para as comunidades que vai visitar.

O nosso posicionamento precisa ser de mostrar para esses turistas que o Brasil tem uma ampla oferta de destinos onde você vai viver uma experiência única, e que seu consumo vai contribuir para a manutenção sustentável daquela localidade. Estamos comprometidos em liderar essa mudança, promovendo um turismo que respeite o meio ambiente e valorize as culturas locais, sempre com foco na inclusão e acessibilidade para todos os turistas.

Além disso, estamos investindo para ampliar nossa estratégia de segmentação na promoção do turismo. Isso nos permitirá direcionar campanhas específicas para diferentes perfis de viajantes, desde aqueles interessados em aventuras ecológicas até os que buscam experiências culturais autênticas. O uso de micro-influenciadores e conteúdo gerado por usuários será crucial para construir uma narrativa autêntica e engajadora sobre o Brasil como destino turístico.”

Caio Esteves (Foto: acervo pessoal)

Caio Esteves é especialista em Place Branding, Placemaking e Futuros dos Lugares e afirma:

“O mundo vem sistematicamente se tornando menor, a tecnologia, em todos os segmentos contribui para um percurso cada vez menos territorializado das pessoas em relação aos lugares, e claro, os destinos turísticos não são exceção.

Uma “tendência” que imagino que tenha grande relevância no futuro próximo é o que podemos chamar de “frictionless” ou de experiência “sem atrito”. Isso implica em processos mais amigáveis e autônomos que por sua vez gerariam experiências mais suaves para os visitantes. Uma abordagem frictionless é capaz de, ao mesmo tempo que fortalece as diferenças culturais, idiomáticas e comportamentais, supera o obstáculo da estranheza, facilitando as conexões.

Claro que não me refiro a uma I.A onipresente que resolve tudo o tempo todo, mas processos que envolvam interação humana, facilitada pela tecnologia. Os países asiáticos começaram a entender esse movimento anos atrás e espera-se que o ocidente também entenda que o mundo não gira necessariamente ao seu redor, e adote práticas igualmente amigáveis.”

Caroline Couret (Foto: acervo pessoal)

Caroline Couret, expert e consultora em Turismo Criativo, fundadora da Creative Tourism Network, relata:

“Quer seja um desejo ou uma realidade próxima, em 2025, a inovação no turismo teria de trazer mais cocriação e transversalidade. Com efeito, depois de anos caracterizados pela hipersegmentação e hiperespecialização do turismo, ao longo dos quais se desenvolveu expertise em torno de segmentos específicos como o turismo gastronómico, o turismo musical, o turismo premium, o turismo acessível, o turismo responsável, o ecoturismo, só para citar alguns entre uma multidão – seria importante considerar mais uma vez o viajante a partir de suas múltiplas facetas e trabalhar em conjunto para oferecer experiências holísticas que atendam com todos os seus valores e demandas. Como exemplos, um turista pode procurar experiências exclusivas e luxuosas, sem descurar valores éticos ou ecológicos, por exemplo. Um turista que viaja a negócios também pode ser turista de lazer ou turista gastronômico por algumas horas, e necessitar de medidas especiais em termos de acessibilidade. Por estas razões, a transversalidade na oferta exige mais cocriação entre os setores envolvidos, facilitando o acesso dos viajantes a uma oferta personalizada e de qualidade, mas também criando sinergias e novos ecossistemas entre os novos atores do setor do turismo. Desta forma, pretende-se também acelerar o processo de aceitação destes conceitos, que devem ser parte integrante tanto dos destinos como da vida das populações locais: para dar apenas um exemplo, a acessibilidade, a sustentabilidade têm de ser a norma e não uma exceção. Assim, a inovação terá a ver com as relações humanas e com as competências dos diferentes atores para criar estas trocas e modelos virtuosos. Terão as tecnologias como ferramentas, mas sempre orientadas e otimizadas pela criatividade humana.

Neste sentido, o turismo criativo tenderá também a tornar-se, por um lado, uma forma de viajar aplicável a qualquer segmento, de forma a satisfazer os viajantes em busca de autenticidade, quaisquer que sejam os seus interesses específicos. E por outro lado, uma nova forma de pensar e reestruturar a engenharia turística, fazendo da criatividade o recurso essencial para diversificar e personalizar a oferta de forma totalmente sustentável, fazendo da criatividade o recurso essencial.”

Cristiane Muller (Foto: acervo pessoal)

Cristiane Muller, turismóloga, especialista em Gestão de Marketing e Sustentabilidade em destinos, reflete:

“A inovação que desejo em 2025 é que a cadeia produtiva do turismo consiga implantar ações de descarbonização nas suas operações, para que o turismo minimize o impacto de emissão de gases de efeito estufa e seja vetor de conscientização e transformação na agenda de ações climáticas.”

Fernanda Fonseca (Foto: acervo pessoal)

Fernanda, é turismóloga, mestre em desenvolvimento turístico, especialista em turismo gastronômico e chef de cozinha e compartilha:

“Para 2025 espero que o turismo regenerativo se consolide, segmento que considera a reconstrução de áreas devastadas através da atividade turística, no qual o visitante contribui para a melhoria de espaços devastados, seja através do plantio de árvores, limpeza de nascentes, reconstrução de matas, e outras atividades de apoio à regeneração da natureza esteja incluída no roteiro da viagem.”

Gustavo Pinto (Foto: acervo pessoal)

Gustavo é associado no Instituto Rede Terra. Membro fundador do Muda! Coletivo Brasileiro pelo Turismo Responsável, reforça:

“Espero que os temas de sustentabilidade e ESG sejam abordados de forma mais técnica e acessível para a principal base de negócios do turismo no Brasil: MEIs, micro e pequenos empreendedores. Ainda são tratados de maneira pouco prática e adaptada a esse público, o que dificulta a implementação de um turismo responsável com resultados concretos.”

Jaqueline Gil (Foto: acervo pessoal)

A turismóloga, mestre em gestão do turismo internacional e doutoranda em desenvolvimento sustentável na UnB, Jaqueline Gil, compartilha:

“Para 2025, espero inovações que aceleram soluções a favor de nosso maior desafio atualmente: as mudanças climáticas. Precisamos de ações tanto para reduzir as emissões de gases de efeito estufa quanto para adaptar o turismo a novas realidades, tornando-o mais resiliente e no caminho de mais harmonia entre humanos e natureza. É um movimento coletivo, e as soluções precisam de co-criação entre público e privado. Cada um de nós precisa conhecer e se engajar nas ações tão necessárias para o nosso futuro.”

Luciana Atheniense é advogada, especialista em Direito do Consumidor, com ênfase em questões relacionadas aos direitos dos turistas e integra a Comissão de Direito do Consumidor da OAB/MG.

“Em Belo Horizonte, a parceria cada vez mais sólida entre o poder público e a iniciativa privada busca desenvolver projetos de qualidade, capazes de ampliar a visibilidade do turismo local não apenas entre os mineiros, mas também em âmbito nacional e internacional. Ao mesmo tempo, espera-se que os prestadores de serviços turísticos cativem e respeitem os visitantes, garantindo momentos de alegria e satisfação. Paralelamente, o poder público trabalha para reforçar a segurança, assegurando que turistas circulem com tranquilidade e desfrutem plenamente das belezas da capital mineira.”

Marina Figueiredo (Foto: acervo pessoal)

Marina Figueiredo, profissional do turismo com 25 anos de experiência no setor, atualmente está como Presidente Executiva da Braztoa (Associação Brasileira das Operadoras de Turismo), comenta:

“Para 2025, espero ver a consolidação da tecnologia como uma verdadeira aliada dos profissionais do turismo, não apenas otimizando tarefas administrativas e operacionais, mas também liberando tempo para que eles possam focar no que realmente importa: colocar sua criatividade e expertise a serviço dos viajantes. Essa integração permitirá a criação de experiências ainda mais enriquecedoras e personalizadas, elevando a qualidade do atendimento e do planejamento das jornadas.

Além disso, vejo com grande expectativa a digitalização de destinos e a implementação de “destinos inteligentes”, onde tecnologias serão utilizadas para melhorar a gestão de fluxo de turistas, oferecer informações em tempo real e otimizar a experiência de viagem. Essas inovações ajudarão a criar ambientes mais organizados e sustentáveis, permitindo um turismo mais fluido e enriquecedor, e que conviva muito bem com os moradores locais.

Ainda no campo da sustentabilidade, espero ver a integração de práticas sustentáveis com soluções inovadoras, incentivando escolhas mais conscientes e possibilitando um turismo mais responsável. Acredito em experiências que não apenas gerem impacto positivo, mas também impulsionem a regeneração dos destinos, melhorando nossa conexão com as comunidades locais. Tecnologias podem ser ferramentas poderosas e desempenhar um papel fundamental nesse processo, promovendo experiências culturais e educacionais enriquecedoras, até mesmo antes do viajante embarcar.

E a digitalização dos destinos e implementação de destinos inteligentes, para gerenciar o fluxo de turistas e melhorar a experiência.

Que em 2025 as inovações no turismo contribuam para tornar a atividade mais inclusiva, acessível, de impacto positivo, autentica, responsável e conectada à realidade dos novos tempos e e preparadas para as novas gerações de consumidores, que buscam propósito em cada escolha e estão cada vez mais engajados em construir um futuro mais sustentável e transformador.”

Marta Poggi (Foto: acervo pessoal)

Marta Poggi, palestrante internacional e consultora especializada em tendências e inovações no turismo, contribui:

“Há muito tempo se fala da criação de um super aplicativo (super app) para oferecer uma experiência mais conectada e fluida ao viajante.

A jornada de compra do turista ainda é complexa e morosa, particularmente na etapa de reserva e compra dos serviços, que envolve coordenar diferentes produtos em plataformas diversas, com pagamentos separados, tais como: voos, hotéis, locação de carro, passeios e experiências. O processo é fragmentado e demanda tempo do consumidor para providenciar e organizar todos os serviços.

Com tantos avanços em relação à inteligência artificial generativa nos últimos 2 anos, espero que em 2025 possamos ter acesso a soluções mais integradas e eficientes para transformar a forma como as viagens são planejadas e gerenciadas. Dessa forma, com menos fricção, a experiência da viagem ficará ainda mais prazerosa.”

Marianne Costa (Foto: acervo pessoal)

A CEO do Grupo Vivejar, Marianne Costa, cita:

“Para 2025, eu espero que os tomadores de decisão no Turismo finalmente acordem para a importância da diversidade nos eventos, principalmente de raça, gênero, geográfica e de classe social. Não só por ser uma boa prática, mas porque não inovamos se não diversificamos. Precisamos “oxigenar” as ideias e as propostas no Turismo, e não alcançaremos isso dando palco e holofotes para os mesmos de sempre!”

Peter Mangabeira (Foto: acervo pessoal)

Peter Mangabeira é diretor da Pampulha Viagens e Turismo e Presidente da Abav MG, e traz a reflexão abaixo:

“Espero que neste ano de 2025, o turismo evolua mais ainda com as tecnologias cada vez mais abrangentes no nosso setor, proporcionando mais facilidades principalmente para as pessoas com mais dificuldades de mobilidade e também para as que tem poucas condições de ir nos diversos pontos turísticos desse nosso planeta maravilhoso.”

Rafael Carrara é internacionalista com 8 anos de experiência no desenvolvimento de demanda na Aviação e comenta:

“Engana-se quem coloca a tecnologia e altos investimentos como os únicos caminhos para a inovação. A proposição de novas abordagens para problemas antigos ou o desenho de uma estratégia pioneira também são inovadores e comumente levam a resultados surpreendentes. Para 2025, deixo aqui o desejo de ver mais estratégias orientadas por um ecossistema de dados, que levem a uma atuação mais assertiva dos setores público e privado voltada à jornada do viajante. Adicionalmente, que o setor esteja mais unido e alinhado da estruturação da oferta turística à promoção dos nossos destinos, permitindo o posicionamento certeiro para os mercados-chave. E, por fim, que possamos avançar na compreensão de que o Turismo é uma potente ferramenta de transformação econômico-social. Sem dúvida, esta última seria a maior inovação possível para o setor e, curiosamente, ela não precisaria de uma super tecnologia nem custaria um centavo.”

Renato Lana (Foto: acervo pessoal)

O turismólogo e especialista em gerenciamento de projetos e gestão de negócios, Renato Lana, defende:

“Oferta de experiências turísticas com mais elementos pautados nas ODS – Objetivos do Desenvolvimento Sustentável.”

Rodrigo Cesário (Foto: acervo pessoal)

Rodrigo é Gestor em inovação e sustentabilidade, co-realizador do Congresso Nacional de Turismo e Cultura Sustentável e finaliza com sua reflexão:

“Para 2025, a inovação que vejo para o turismo está na mudança de mentalidade. Turistas e trade mais conscientes, que valorizem a preservação do meio ambiente, as tradições locais e promovam um turismo responsável. Essa abordagem é essencial para criar destinos mais ricos e acessíveis, onde o desenvolvimento sustentável é prioridade. As práticas ESG têm um papel crucial nesse cenário, trazendo inovação ao integrar preocupações ambientais, sociais e de governança, criando valor e garantindo um mercado saudável e prospero.”

Me atrevo a dizer que as pautas do turismo no(s) próximo(s) ano(s) flutuarão em torno dos temas de sustentabilidade, impacto social positivo e tecnologia! A questão é, destinos, profissionais, empreendedores e turistas estão de fato preparados, sensíveis e conscientes desta urgência? Dessa forma, a inovação que realmente espero para 2025, ou para 2000 e sempre, é que possamos trazer conceitos e discursos para a prática, tenhamos a ciência de dados como aliada, nos inspiremos em exemplos que trazem mudanças reais e sejamos efetivos na transformação de territórios!

Por fim, mais um ano desafiador e inspirador está chegando ao fim! E, continuo acreditando que o encontro entre os diferentes é o que mais me inspira na prática do turismo! Encontros estes permitidos, mesmo que virtualmente, também por aqui! Encontro com parceiros, entrevistados, colaboradores e com cada leitor e incentivador! Obrigada! Feliz 2025! Um beijo pro meu pai, pra minha mãe e pra você!

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De Erika Hilton, Rebecca Andrade a Fernanda Torres: 17 mulheres brasileiras que fizeram história em 2024

As mulheres brilharam em 2024. Em universos como a cultura, o empreendedorismo, a política e a moda, figuras femininas brasileiras fizeram história neste ano. Com suas respectivas influências, elas influenciaram o país e o mundo ao promover o avanço de pautas e debates de relevância. A revista Ela selecionou 17 entre centenas de brasileiras que brilharam de janeiro a dezembro de 2024.

Anielle Franco

A ministra da Igualdade Racial do Brasil, Anielle Franco, foi destacada como uma das 100 pessoas mais influentes da nova geração pela revista “Time”, em outubro. Em meio a nomes relevantes do esporte, do ativismo e da política que prometem moldar o futuro global, a professora de 40 anos é a única brasileira na lista. Ela foi destacada por sua luta à favor da igualdade racial no Brasil.

“É uma honra estar ao lado de tantas pessoas que estão lutando por um mundo mais justo e igualitário. Este reconhecimento é, na verdade, um reflexo do trabalho coletivo por uma sociedade onde a igualdade racial e a justiça social sejam realidade. Dedico a todas as mulheres negras e às periferias do Brasil, que são a verdadeira fonte da minha força e resistência”, afirmou ao portal do Governo Federal.

Anitta

Aos 31 anos, Anitta viveu um 2024 repleto de conquistas e prêmios. Em setembro, ela venceu o prêmio de Melhor Videoclipe Latino, do Video Music Awards (VMA), premiação da MTV americana, pelo terceiro ano seguido, na qual desbancou os latinos Shakira, Karol G e Bad Bunny. Já no início deste mês, a cantora recebeu o Troféu Vanguarda, uma novidade do Prêmio Multishow 2024, que reconhece artistas que vão além da música, ao revolucionar o mercado com inovação, estilo e influência cultural.

“Que ano incrível para a cultura latina. Preciso reconhecer que a Karol G também teve um ano incrível. Que turnê incrível, o mundo todo estava assistindo”, reconheceu ela no VMA.

Além de ter participado do encerramento da “Celebration Tour” de Madonna, show realizado na Praia de Copacabana, na zona Sul do Rio, em 4 de maio, Anitta não foi no Met Gala pela primeira vez após três anos marcando presença. A artista brasileira optou por viver o momento inédito com a cantora, já que as datas estiveram muito próximas. O evento aconteceu em 6 de maio, no Metropolitan Museum of Art, em Nova York, nos Estados Unidos.

Beatriz Souza

Aos 26 anos, a atleta Beatriz Souza trouxe a primeira medalha de ouro ao Brasil em 2 de agosto, nas Olimpíadas de 2024, em Paris, na categoria feminina +78kg no judô. Foi o primeiro ouro Olímpico do esporte brasileiro desde o título de Rafaela Silva, no Rio, em 2016, além de ser a terceira medalha da modalidade na capital francesa. As medalhas de prata e de bronze foram conquistadas por Willian Lima e Larissa Pimenta respectivamente.

A judoca se tornou a primeira mulher brasileira estreante nos Jogos a ser campeã olímpica em provas individuais. Beatriz conquistou fãs por todo o país ao servir como exemplo de força e superação. Aos 14 anos, ela saiu de casa para seguir o sonho olímpico. Doze anos mais tarde, voltou para Peruíbe, sua cidade natal, no litoral paulista, com duas medalhas.

Bianca Andrade

Comumente conhecida como “Boca Rosa”, a influenciadora Bianca Andrade fez história no empreendedorismo feminino brasileiro. A criadora de conteúdo lançou a marca independente de maquiagem, cujo nome também é “Boca Rosa”. Embora tenha recebido muitas reclamações em relação à qualidade dos produtos e das embalagens, ela trouxe 50 tons de base ao mercado. Até então, é a cartela com o maior número de cores do Brasil.

Segundo a empresária, o consultor Tássio Santos, especialista em peles pretas e retintas, foi contratado para desenvolver a paleta de cores escuras da marca. Boca Rosa afirma ter procurado atender a maior parte dos tons e subtons da população brasileira.

O posto de maior cartela de bases brasileira era anteriormente de Bruna Tavares, criadora de conteúdo e empreendedora que desenvolveu 30 tons.

Erika Hilton

A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) marcou o mês de novembro ao jogar luz sobre os desafios da jornada de trabalho 6×1 (trabalha-se seis dias e tem apenas uma folga na semana). Com uma proposta de Emenda à Constituição (PEC) a parlamentar defende o fim dela e deseja reduzir o limite de horas semanais trabalhadas no Brasil, a fim de permitir o modelo de quatro dias de trabalho.

No congresso, a ativista de 32 anos defende que o país deveria não só acabar com esse modelo, mas adotar a “jornada de trabalho de 4 dias na semana”, ou seja, o desenho 4×3. A proposta despertou intensos debates sobre os direitos trabalhistas e o bem-estar dos trabalhadores.

Fernanda Montenegro

Ao lado de Fernanda Torres, a atriz veterana Fernanda Montenegro emocionou o Brasil ao dar vida à versão envelhecida da advogada Eunice Paiva, no filme “Ainda Estou Aqui”. A história se passa durante o período mais intenso da ditadura militar no Brasil, e acompanha a trajetória da família Paiva, composta por Rubens, Eunice e seus filhos.

Nos últimos 14 anos de vida, Eunice viveu com Alzheimer. A artista de 95 anos aparece na cena final do longa, em uma passagem de tempo que leva a história para a década de 2010. A personagem, que morreu em 2018 aos 86 anos, já está muito debilitada pela doença. Embora a participação tenha sido curta, Fernanda arrancou lágrimas de milhares brasileiros mesmo sem dizer uma palavra.

O filme é produzido por Walter Salles, que trabalhou com Montenegro em “Central do Brasil“. Baseado no livro “Ainda Estou Aqui”, de Marcelo Rubens Paiva, filho do casal, o longa-metragem emplacou indicações ao Oscar nas categorias de Melhor Filme Internacional e Melhor Atriz.

Fernanda Torres

Sem dúvidas, esse foi o ano marcante para a vida profissional de Fernanda Torres. A atriz foi a protagonista do longa-metragem “Ainda Estou Aqui”, indicado a cerca de 15 prêmios internacionais. Recentemente, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas afirmou que o longa está entre os filmes elegíveis para consideração do juri na 97ª edição do Oscar.

Fernanda deu vida à ativista e advogada Eunice Paiva, além de ser cotada internacionalmente a vários prêmios como “Melhor Atriz”. Embora o cenário pareça otimista, a artista de 59 anos não acredita que levará o prêmio para casa. Ela deve competir com atrizes como Nicole Kidman,(Babygirl), Demi Moore (A Substância) e Angelina Jolie (Maria Callas).

Janja Silva

Ao lado do presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Janja Silva ajudou a chefiar a Cúpula do G20, que reuniu lideranças globais no Rio de Janeiro em novembro deste ano. Alguns dias antes, foi realizado o evento G20 Social, que teve a participação popular. O evento inédito foi anunciado por Lula na 18ª Cúpula de Chefes de Governo e Estado do G20, em Nova Délhi, na Índia. Na ocasião, o país assumiu simbolicamente a presidência do bloco.

Embora tenha se envolvido em polêmicas após xingar publicamente o empresário Elon Musk no G20 , a primeira-dama ficou a cargo da organização do festival Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza. Apelidado pelo público de “Janjpalooza”, o evento organizou shows de artistas brasileiros junto ao Ministério da Cultura (MinC).

O festival foi acessível ao público, sem cobrança de ingressos. No entanto, foram pagos, no total, R$ 870 mil em cachês, sendo que cada artista recebeu R$ 30 mil, segundo o MinC. Cantores como Seu Jorge, Ney Matogrosso, Daniela Mercury, Zeca Pagodinho, Maria Rita e Maria Gadú se apresentaram.

Liniker

Aos 29 anos, Liniker conquistou o Brasil com o álbum “Caju”, que alcançou seis milhões de reproduções em menos de 24 horas. O lançamento mais esperado de agosto emplacou quatro canções no top 200 do Spotify Brasil e, no iTunes, atingiu o top 1 na quinta como o álbum mais comprado na plataforma no Brasil. Ao colher os louros desse trabalho, a cantora ganhou quatro das 11 categorias que disputou no Prêmio Multishow 2024, realizado no início do mês, incluindo “Álbum do ano” e “Artista do ano”.

Reconhecimentos internacionais também aconteceram em 2024: ela também brilhou no Women’s Music Event Awards by Billboard 2024, no qual venceu as categorias “Álbum” e “Música Mainstream”, pela faixa homônima. Segundo o The Guardian, a artista é “uma sensação pop vencedora do Grammy, cujas performances hipnotizantes e músicas emocionantes conquistaram corações e mentes de milhões”.

Luciana Sagioro

Aos 18 anos, Luciana Sagioro foi a primeira bailarina brasileira alçada à condição de “Coryphée” (uma das principais do corpo de baile) da Ópera de Paris, na capital francesa, no mês passado. A atleta também foi pioneira ao conquistar espaço na companhia Ballet Ópera de Paris, a conhecida “École”, para artistas do Brasil.

Luciana está dançando em Paris desde 2023. No entanto, a bailarina pontua que a promoção do cargo como “Coryphée” se deu por meio de um concurso da École, que é realizado anualmente e envolve dezenas de competidores e avaliadores rígidos.

Maria Bethânia

Ao lado do irmão, Caetano Veloso, 82 anos, Maria Bethânia, 78 anos, encantou fãs de todo o Brasil com a turnê “Caetano & Bethânia”. Os shows mergulharam em sucessos das carreiras da dupla, que faturou cerca de 150 milhões de reais (considerando o preço médio dos ingressos, R$300,00).

Além de ter sido um sucesso de público e da crítica especializada, os irmãos percorreram dez cidades em 18 apresentações, incluindo as capitais de Brasília, Belo Horizonte, São Paulo e Rio de Janeiro. Com os ingressos esgotados, eles se apresentaram para aproximadamente meio milhão de pessoas. “Na estrada” desde o início de agosto, o sucesso da turnê levou Veloso e Bethânia a fazerem três shows extras.

Rebecca Andrade

Aos 25 anos, a ginasta Rebecca Andrade fez história nas Olimpíadas de Paris, realizadas entre julho e agosto, ao se tornar a maior medalhista brasileira de todos os tempos. Meses mais tarde, a atleta foi a personalidade mais buscada do mundo dos esportes no Google em 2024, de acordo com um levantamento obtido pela ESPN.

A atleta conquistou a medalha de ouro na final do solo na ginástica artística, na qual conseguiu 14.166. Favorita, a norte-americana Simone Biles pisou fora do tablado duas vezes e teve 0.6 de penalização, ficando com 14.133.

Sonia Guajajara

A ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, foi homenageada pelo Prêmio Campeões da Terra 2024, considerada a maior honraria ambiental do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA). Realizada no dia 13 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos, a premiação visa homenagear pessoas e organizações com ações transformadoras sobre o meio ambiente.

“Estou muito feliz e honrada por receber o Prêmio Campeões da Terra, a maior honraria ambiental da ONU, neste Dia Internacional dos Direitos Humanos. Esse reconhecimento reforça ainda mais a responsabilidade e o compromisso de seguir defendendo e conscientizando as pessoas sobre a urgência de protegermos a biodiversidade do nosso planeta”, avaliou ao portal do Governo Federal.

Aos 50 anos, Sonia é a primeira pessoa a liderar o Ministério dos Povos Indígenas, órgão inédito em cinco séculos. Ele foi criado pelo atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva.

Tarciana Medeiros

Em janeiro de 2023, Tarciana Medeiros, 46 anos, assumiu a presidência do Banco do Brasil, o segundo maior da América Latina. A paraibana é a primeira mulher a presidir o banco em 215 anos de história, além de ser a única brasileira na lista “Forbes das 100 Mulheres mais Poderosas do Mundo” deste ano. A executiva estreou na 24ª posição no ano passado e, em 2024, está em 18º lugar, à frente de celebridades como Taylor Swift (23º), Oprah (33º) e Beyoncé (35º).

“O Banco do Brasil tem 200 anos, e nunca se pensou, nem de longe, em ter uma mulher na presidência. E nós vamos provar que uma mulher pode ser melhor do que muitos homens que já dirigiram o banco”, explicou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2023.

Valentina Herszage

Aos 26 anos, Valentina Herszage é considerada uma das melhores atrizes de sua geração. A artista participou do renomado filme “Ainda Estou Aqui”, como filha mais velha de Eunice e Rubens Paiva, cotado para o Oscar e já indicado para outras muitas premiações. Ainda em 2024, a atriz protagonizou “As Polacas”, narrativa que joga luz sobre a condição de mulheres poloneses que eram enganadas e trazidas ao Brasil para atuar como prostitutas.

Em 1917, Rebeca (Valentina Herszage) foge da fome e da guerra na Polônia e chega ao Brasil para reencontrar o marido e iniciar uma nova vida. No Rio de Janeiro, ela descobre que ele faleceu e acaba refém de uma rede de prostituição e tráfico de mulheres. A personagem transgride as próprias crenças e encontra aliadas que vivem o mesmo drama. Juntas, decidem lutar por liberdade.

— Esse filme vem primeiro para mim como uma história de união feminina, mas acabei indo atrás da história dos meus bisavós. Eles vieram da Polônia pouco após a Primeira Guerra por conta do antissemitismo — disse Valentina ao Segundo Caderno. — É um roteiro que tem muita beleza, celebra a religiosidade de forma bonita.

Valentina Sampaio

Aos 26 anos, a cearense Valentina Sampaio foi a primeira modelo transexual a desfilar no “Victoria’s Secret Fashion Show”, realizado em Nova Iorque, nos Estados Unidos. Bastante esperado pelas fãs da marca, o desfile voltou em outubro de 2024 após um hiato de seis anos com a promessa de ser mais inclusivo.

“Ser uma mulher trans frequentemente significa encarar portas fechadas, preconceito, falta de oportunidades e experiências traumatizantes. Então, poder estar no ‘Victoria’s Secret’, sendo uma mulher trans, tem um significado pessoal muito grande, além de ser uma vitória para todas as pessoas trans”, disse à CNN.

O desfile da marca de lingeries conta com modelos internacionais como Candice Swanepoel, Gigi Hadid, Tyra Banks e Behati Prinsloo, além da brasileira Adriana Lima. Aconteceram apresentações de Cher, Tyla e Lisa, do Blackpink.

Saiba como definir e atingir suas metas profissionais em 2025

Com o pé em 2025, são muitas as promessas de renovação. Para alguns, este é o momento de pensar no que gostariam de mudar ou mesmo nas práticas que desejam manter em suas vidas. Para que os sonhos saiam do papel, é preciso dedicação e disciplina, o que não é diferente quando se fala em planos para a carreira. No meio profissional, estudar possibilidades e traçar metas é fundamental para dar um salto na carreira, seja adotando novas ferramentas para aprimorar o trabalho, seja investindo em um novo negócio.

Para Daniela Diniz, diretora de conteúdo e relações institucionais do ecossistema Great People GPTW, que apoia organizações a obterem melhores resultados, a palavra-chave é autoconhecimento. Para colocar os planos em prática, é necessário, primeiro, definir objetivos e visualizar onde se quer chegar. “Às vezes, a pessoa está insatisfeita com o salário, mas também pode ser a liderança, a empresa e até a própria profissão. É preciso identificar esse anseio para percorrer o caminho mais assertivo”, afirma.

A especialista também defende que o estudo no âmbito profissional é essencial, por meio de cursos, leitura e construção de vínculos interpessoais. “Para estar preparado para novas funções e novas carreiras, é preciso alimentar nosso repertório de conhecimentos: da sala de aula à leitura; da rede de relacionamento aos eventos que se frequenta”, aconselha.

Psicóloga Janete Knapik: “Equilíbrio entre ousadia e pé no chão”.

Não adianta fazer uma lista de metas para o ano novo se elas são muito extensas e difíceis de serem concretizadas, explica a psicóloga e professora da Universidade Positivo (UP) Janete Knapik. Para ela, esse é um dos motivos pelos quais muitas pessoas desistem dos planos no meio do caminho. Por isso, ela defende um “equilíbrio entre ousadia e pé no chão”, observando prioridades e prevendo meios de contornar as dificuldades.

“Precisamos de um desafio que nos tire da zona de conforto, mas as metas têm que ser alcançáveis. Ter uma ou duas mais significativas e mais importantes ajuda a colocar em prática e ver os resultados acontecerem. Sempre podemos arriscar, mas é preciso calcular os riscos das nossas escolhas”, expõe.

Outra dica da psicóloga é detalhar como se pretende atingir os objetivos, medindo o progresso como forma de manter a motivação até o fim. “Por exemplo, se eu quero cursar uma faculdade, eu já preciso pensar na matrícula, na localidade, qual é o preço que cabe no meu bolso. Quando vemos progresso no nosso planejamento, isso é um estímulo para não desistir. Acompanhe o que já se conquistou e o que ainda falta”, completa.

Servidora pública e artista plástica, Luciana D’angelo, 47, quer ampliar a divulgação de seu trabalho no meio digital: “Novas obras à vista”

Para alcançar o que se deseja, estabelecer uma rotina que contemple as obrigações profissionais e pessoais também é fundamental. Luciana Dangelo, 47 anos, é um exemplo. A profissional é servidora pública e artista plástica, o que requer organização para conciliar as duas profissões, além das demandas e compromissos do dia a dia e o tempo com a família.

Para isso, ela tem um planejamento semanal do que precisa fazer, priorizando as tarefas mais urgentes e encaixando as demais obrigações na agenda, de acordo com o tempo disponível. “Os compromissos costumam ser preestabelecidos, então dá para organizar a rotina a cada semana. Geralmente, isso dá certo, e consigo conciliar todas as obrigações que devem ser esgotadas”, relata.

Daniela Diniz, diretora de conteúdo e relações institucionais do ecossistema Great People GPTW

Outro passo relevante para alcançar objetivos profissionais é ter um olhar cuidadoso sobre as habilidades exigidas pelo mercado, que envolvem conhecimentos técnicos sobre a função que será desempenhada e atributos comportamentais, que se referem a valores e atitudes pessoais. Entre essas, Daniela Diniz destaca: flexibilidade, adaptabilidade, resiliência e inteligência emocional para lidar com problemas.

Para ela, é importante acompanhar as mudanças no trabalho e ter uma visão abrangente sobre a carreira. “Em um mundo que exige adaptações rápidas, eu preciso de profissionais que estejam dispostos a encarar as mudanças de forma positiva. Não pense na carreira apenas de forma linear, mas olhe para suas habilidades, seus pontos fortes e onde tudo isso pode frutificar”, descreve.

William Gabriel Nalepa, 30 anos, vai entrar em 2025 ocupando um novo cargo na empresa em que trabalha. Há quase quatro anos, ele começou como designer, função de nível técnico operacional, na Senior Sistemas, que oferece soluções de gestão para empresas na América Latina. Com o tempo, foi crescendo na companhia e agora assume como coordenador de UX e Agile, setor responsável pela produtividade, qualidade e planejamento de produtos e serviços, liderando um time de 21 pessoas.

William Nalepa, 30 anos, prepara-se para ocupar um novo cargo: “Troca de conhecimentos e desenvolvimento”

William conta que sempre quis trabalhar na gestão de pessoas e viu na empresa um incentivo para buscar o crescimento na profissão, com cursos, treinamentos e mentorias. Foi por meio de habilidades, como criatividade e iniciativa que ele alcançou o sonho de ser líder. “Ter essa visão de resolver problemas, correr atrás de melhorias e pensar no bem-estar dos outros me motivou a ser um líder, além das oportunidades de aprendizado nessa posição. Isso também foi possível graças ao suporte que tive nesse período de preparação”, compartilha.

Para 2025, ele define como seu maior objetivo profissional a troca de conhecimentos no novo cargo e o desenvolvimento pessoal e profissional, por meio da parceria entre equipes e setores. “Primeiro, é trabalhar para ter confiança e apoio do time, impactando numa relação de cumplicidade para a resolução de problemas e melhorando a qualidade das entregas. O frio na barriga está grande, mas tenho certeza de que será um ano de crescimento e sucesso na empresa e na carreira de cada um”, planeja, otimista.

Mais um ponto relevante para o desenvolvimento profissional é estabelecer uma rede de contatos, o que contribui para a divulgação do trabalho e a partilha de experiências. Para Daniela Diniz, o segredo do networking, que vê como potencial para impulsionar carreiras, é ter disciplina.

“Manter esse relacionamento aceso vai desde ter uma agenda que permita encontros com pessoas estratégicas até divulgar seu trabalho nas redes específicas. Compartilhar a visão de mundo sob a ótica do seu negócio contribui para a visibilidade”, orienta. Ainda, a especialista alerta: “Isso deve ser constante, e não esporádico”.

Meta para 2025: um ambiente digital mais seguro para crianças e adolescentes

A artista Luciana Dangelo segue essas orientações com empenho. Hoje, ela calcula que 90% da divulgação do seu trabalho seja feita pelas redes sociais, tendo hábito, também, de patrocinar links para que as publicações tenham alcance mais expressivo. Além disso, outro meio de divulgação utilizado é o “boca a boca”, em que o ciclo de vendas é movimentado por indicações de clientes. Segundo ela, isso tem trazido um retorno muito positivo, e é preciso estudo de técnicas digitais para que o negócio funcione.

Servidora pública e artista plástica, Luciana D’angelo, 47, quer ampliar seu trabalho por meio da tecnologia: “expansão e conectividade”

“Com esse tipo de expansão e conectividade, o artista toma seu próprio espaço e consegue alavancar seu nome, independentemente de ter um representante, criando um cenário relativamente novo no mundo da comercialização de obras de arte. Para que isso aconteça, também temos que correr muito atrás, estudar marketing e empreendedorismo digital”, indica.

Para 2025, Luciana quer ampliar a rede de contatos por meio da tecnologia e investir no aprimoramento do seu trabalho. “Quero imergir cada vez mais na divulgação digital e crescer não só em termos de número, mas em qualidade de trabalho, com muita técnica, horas de empenho dentro do ateliê e trabalho duro”, propõe a artista, determinada.

Ela ainda pretende lançar séries de pinturas inéditas, reconhecendo que o protagonismo é a chave para o sucesso. “Ainda há muito o que fazer para que nós, artistas, nos tornemos mais conhecidos, mas isso é um trabalho feito dia a dia e que só depende de nós, ou depende muito mais de nós do que de outras pessoas”, conclui.

Psicóloga Cristiane Pertusi: “Para se manter firme nas promessas, é preciso ter consistência”

Para alcançar realização na jornada profissional, é fundamental agir com equilíbrio e cautela, alinhando metas e necessidades. Segundo a psicóloga Cristiane Pertusi, o segredo para o sucesso é consistência, observando que o processo não é uma “corrida desenfreada”, e sim, contínuo. Por meio de metas realistas e bem definidas, elas “deixam de ser uma fonte de ansiedade e passam a ser um estímulo positivo”. Assim, é importante reconhecer limites pessoais e conquistas: “Isso não só traz resultados mais sustentáveis, como também preserva o bem-estar”.

Terapeuta Daniella Vilar: “Ter flexibilidade e monitorar o progresso fazem a diferença

Já para a terapeuta Daniella Vilar, além de estratégia e comprometimento, o planejamento para a carreira também exige flexibilidade, dividindo os objetivos por etapas, o que torna o processo “menos desgastante”. Ela reforça que “grandes mudanças ocorrem aos poucos” e, por isso, é preciso paciência. “O progresso constante é o que faz a diferença. Não se cobre por resultados imediatos, mantenha o foco no seu ritmo e celebre cada passo dado na direção do que importa”, declara (veja a arte com as orientações das especialistas).

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*Estagiária sob a supervisão de Ana Sá

Embratur, MDIC, MTur, MPI e Funai assinam acordo para promover e desenvolver etnoturismo em territórios indígenas

Embratur, MDIC, MTur, MPI e Funai assinam acordo para promover e desenvolver etnoturismo em territórios indígenas (Acordo de Cooperação Técnica foi assinado no Memorial dos Povos Indígenas, em Brasília (Foto: Renato Vaz/Embratur))

A Embratur, o Ministério dos Povos Indígenas (MPI), o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), o Ministério do Turismo (MTur) e a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) assinaram, nesta sexta-feira (13), um Acordo de Cooperação Técnica (ACT) para promover ações que apoiem o desenvolvimento, a valorização e a promoção nacional e internacional, além da comercialização de experiências e produtos de turismo responsável, com foco no ecoturismo e no etnoturismo de base comunitária em territórios indígenas.

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As iniciativas visam contribuir para a conservação da sociobiodiversidade, a valorização das histórias, culturas, tradições e saberes indígenas, o protagonismo comunitário, a geração e distribuição de renda, a melhoria da qualidade de vida coletiva e a integração econômica dos povos indígenas.

O presidente da Embratur, Marcelo Freixo, falou sobre a importância do acordo firmado. “O etnoturismo como forma de emancipação dos povos indígenas é um meio para proteger culturas e o meio ambiente é uma das prioridades desse governo. A gente quer fortalecer as comunidades dos povos originários e a nossa parceria com o Ministério dos Povos Indígenas, Ministério do Turismo, com o MDIC e com a Funai é sólida e materializa as prioridades estabelecidas pelo presidente Lula, que é levar desenvolvimento econômico, social, cultural, e fortalecer a sócio-bioeconomia em todas as regiões do país”, observou.

Desde o início da atual gestão, iniciada em 2023, a Embratur articula com órgãos do governo para preparar as comunidades interessadas nessas atividades para promovê-las e apresentar ao mundo a riqueza e experiência desses povos. O prazo de vigência do acordo será de 36 meses a partir da assinatura, podendo ser prorrogado. A Embratur, a Funai e os ministérios terão 20 dias, a contar desta sexta, para designar as equipes que acompanharão a execução do contrato.

A solenidade de assinatura ocorreu no Memorial dos Povos Indígenas, em Brasília, e contou com a presença da ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, do ministro do Desenvolvimento Social, Assistência, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, da ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), Marina Silva, da secretária executiva do MTur, Ana Carla Machado, e da presidente da Funai, Joênia Wapichana.

Representando o vice-presidente da República e ministro do MDIC, Geraldo Alckmin, esteve o secretário de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria, Rodrigo Rollemberg, e representando o presidente da Embratur, Marcelo Freixo, o gerente de Negócios e Estratégias para o Mercado Internacional da Agência, Alexandre Nakagawa.

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Para a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, a assinatura do ACT representa um marco do avanço da política indigenista brasileira. “Hoje é um dia de grande significado, um momento em que celebramos a trajetória, as conquistas e a importância de uma das mais emblemáticas instituições federais dedicadas à proteção e promoção dos direitos dos povos indígenas do Brasil. Esta celebração é um marco concreto do avanço que estamos alcançando na política indigenista brasileira. É uma oportunidade para refletirmos sobre os desafios enfrentados e reafirmarmos nosso compromisso com a luta pelos direitos territoriais, culturais e sociais dos povos indígenas”, disse.

A presidente da Funai, Joenia Wapichana, evidenciou a participação dos órgãos do governo no fortalecimento dos povos originários. “Estamos falando de um esforço coletivo que une instituições comprometidas com a causa indígena. Este trabalho conjunto é o que nos dá força para resistir e avançar diante das dificuldades. Não há como reconstruir esta instituição sem a participação ativa e protagonismo das instituições federais e dos próprios povos indígenas, que são a essência e a razão de sua existência”, afirmou Wapichana.

A ministra Marina Silva enfatizou que a cooperação permitirá a realização de diversas ações impulsionando o ecoturismo e o etnoturismo de base comunitária. “Este acordo contribuirá para fortalecermos as comunidades indígenas, bem como a nossa luta por um modelo econômico mais inclusivo e responsável. Estamos unindo forças para mostrar ao mundo a riqueza cultural dos povos originários, protegendo suas tradições e fomentando uma economia que respeite a biodiversidade. É uma iniciativa que reflete o compromisso deste governo com o equilíbrio entre desenvolvimento e sustentabilidade”, observou.

Ações do ACT

Caberá ao grupo, dentre outras iniciativas, analisar resultados parciais, reformulando metas quando necessárias, e disponibilizar recursos humanos, tecnológicos e materiais para executar as ações.

A Embratur também está incumbida, conforme consta no documento, de “promover o intercâmbio de conhecimentos sobre boas práticas e conceitos de turismo em territórios e comunidades indígenas entre os partícipes e o trade turístico brasileiro”.

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Já o MPI terá como finalidade, entre outras ações, “fortalecer, (…) programas e planos de visitação a territórios indígenas”. Caberá à pasta, ainda, promover, em parceria com a Funai, a capacitação em temas de conteúdo indigenista de servidores do MTur, do MDIC e da Embratur.

O MDIC, por sua vez, ficará incumbido de “promover a agregação de valor aos produtos e serviços indígenas por meio da inovação tecnológica, da certificação sustentável, do fortalecimento gerencial de cooperativas e associações produtivas, do desenvolvimento de modelos de negócios sustentáveis, e do apoio à comercialização e à promoção para mercados nacionais e internacionais”.

Por fim, o MTur terá como uma de suas missões apoiar os demais participantes do acordo “na realização das ações de suas respectivas competências no escopo do plano de trabalho”; e “orientar gestores públicos, privados, trade turístico e turistas acerca da importância da valorização da sociobiodiversidade, dos povos indígenas, e da aplicação de boas práticas para o desenvolvimento responsável do turismo”.

Ações da Embratur

A Embratur vem promovendo uma série de ações para fortalecer o etnoturismo no Brasil. Em outubro, por exemplo, a Agência participou da segunda edição da EtnoExpo Turismo, que aconteceu na Aldeia Salto da Mulher, em Campo Novo do Parecis, no estado do Mato Grosso. A feira é voltada para qualificação, negócios e experiências turísticas, fomentando o etnoturismo e fortalecendo a cultura, gastronomia e empreendedorismo dos povos indígenas da região.

Com oito aldeias indígenas abertas à visitação, a região de Campo Novo do Parecis vem se destacando no segmento etnoturismo, proporcionando aos turistas uma imersão na vida, nos costumes e na cultura dos povos indígenas. Pelo menos 15 das 42 etnias de Mato Grosso participaram da EtnoExpo, além de operadores e gestores de turismo, órgãos governamentais e instituições de ensino.

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Além disso, a Agência patrocinou o festival Aldeia Multiétnica, que aconteceu em julho, na Chapada dos Veadeiros, em Goiás. O evento reuniu indígenas de 18 etnias do Brasil, Canadá, Peru e Bolívia, que compartilharam saberes e experiências durante oito dias. Na Aldeia, distante apenas 18 km da cidade de Alto Paraíso (GO), visitantes brasileiros e do exterior conheceram de perto a cultura desses povos e puderam adquirir e levar para seus destinos o artesanato indígena. Além da participação dos indígenas, a comunidade do Quilombo Kalunga também expôs no evento.

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Embratur, MDIC, MTur, MPI e Funai assinam acordo para promover e desenvolver etnoturismo em territórios indígenas

Embratur, MDIC, MTur, MPI e Funai assinam acordo para promover e desenvolver etnoturismo em territórios indígenas (Acordo de Cooperação Técnica foi assinado no Memorial dos Povos Indígenas, em Brasília (Foto: Renato Vaz/Embratur))

A Embratur, o Ministério dos Povos Indígenas (MPI), o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), o Ministério do Turismo (MTur) e a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) assinaram, nesta sexta-feira (13), um Acordo de Cooperação Técnica (ACT) para promover ações que apoiem o desenvolvimento, a valorização e a promoção nacional e internacional, além da comercialização de experiências e produtos de turismo responsável, com foco no ecoturismo e no etnoturismo de base comunitária em territórios indígenas.

LEIA TAMBÉM: Esqueçam a “comida afetiva de avó”!

As iniciativas visam contribuir para a conservação da sociobiodiversidade, a valorização das histórias, culturas, tradições e saberes indígenas, o protagonismo comunitário, a geração e distribuição de renda, a melhoria da qualidade de vida coletiva e a integração econômica dos povos indígenas.

O presidente da Embratur, Marcelo Freixo, falou sobre a importância do acordo firmado. “O etnoturismo como forma de emancipação dos povos indígenas é um meio para proteger culturas e o meio ambiente é uma das prioridades desse governo. A gente quer fortalecer as comunidades dos povos originários e a nossa parceria com o Ministério dos Povos Indígenas, Ministério do Turismo, com o MDIC e com a Funai é sólida e materializa as prioridades estabelecidas pelo presidente Lula, que é levar desenvolvimento econômico, social, cultural, e fortalecer a sócio-bioeconomia em todas as regiões do país”, observou.

Desde o início da atual gestão, iniciada em 2023, a Embratur articula com órgãos do governo para preparar as comunidades interessadas nessas atividades para promovê-las e apresentar ao mundo a riqueza e experiência desses povos. O prazo de vigência do acordo será de 36 meses a partir da assinatura, podendo ser prorrogado. A Embratur, a Funai e os ministérios terão 20 dias, a contar desta sexta, para designar as equipes que acompanharão a execução do contrato.

A solenidade de assinatura ocorreu no Memorial dos Povos Indígenas, em Brasília, e contou com a presença da ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, do ministro do Desenvolvimento Social, Assistência, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, da ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), Marina Silva, da secretária executiva do MTur, Ana Carla Machado, e da presidente da Funai, Joênia Wapichana.

Representando o vice-presidente da República e ministro do MDIC, Geraldo Alckmin, esteve o secretário de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria, Rodrigo Rollemberg, e representando o presidente da Embratur, Marcelo Freixo, o gerente de Negócios e Estratégias para o Mercado Internacional da Agência, Alexandre Nakagawa.

LEIA TAMBÉM: Verão, diversão e cultura: o janeiro de 2025 no Brasil

Para a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, a assinatura do ACT representa um marco do avanço da política indigenista brasileira. “Hoje é um dia de grande significado, um momento em que celebramos a trajetória, as conquistas e a importância de uma das mais emblemáticas instituições federais dedicadas à proteção e promoção dos direitos dos povos indígenas do Brasil. Esta celebração é um marco concreto do avanço que estamos alcançando na política indigenista brasileira. É uma oportunidade para refletirmos sobre os desafios enfrentados e reafirmarmos nosso compromisso com a luta pelos direitos territoriais, culturais e sociais dos povos indígenas”, disse.

A presidente da Funai, Joenia Wapichana, evidenciou a participação dos órgãos do governo no fortalecimento dos povos originários. “Estamos falando de um esforço coletivo que une instituições comprometidas com a causa indígena. Este trabalho conjunto é o que nos dá força para resistir e avançar diante das dificuldades. Não há como reconstruir esta instituição sem a participação ativa e protagonismo das instituições federais e dos próprios povos indígenas, que são a essência e a razão de sua existência”, afirmou Wapichana.

A ministra Marina Silva enfatizou que a cooperação permitirá a realização de diversas ações impulsionando o ecoturismo e o etnoturismo de base comunitária. “Este acordo contribuirá para fortalecermos as comunidades indígenas, bem como a nossa luta por um modelo econômico mais inclusivo e responsável. Estamos unindo forças para mostrar ao mundo a riqueza cultural dos povos originários, protegendo suas tradições e fomentando uma economia que respeite a biodiversidade. É uma iniciativa que reflete o compromisso deste governo com o equilíbrio entre desenvolvimento e sustentabilidade”, observou.

Ações do ACT

Caberá ao grupo, dentre outras iniciativas, analisar resultados parciais, reformulando metas quando necessárias, e disponibilizar recursos humanos, tecnológicos e materiais para executar as ações.

A Embratur também está incumbida, conforme consta no documento, de “promover o intercâmbio de conhecimentos sobre boas práticas e conceitos de turismo em territórios e comunidades indígenas entre os partícipes e o trade turístico brasileiro”.

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Já o MPI terá como finalidade, entre outras ações, “fortalecer, (…) programas e planos de visitação a territórios indígenas”. Caberá à pasta, ainda, promover, em parceria com a Funai, a capacitação em temas de conteúdo indigenista de servidores do MTur, do MDIC e da Embratur.

O MDIC, por sua vez, ficará incumbido de “promover a agregação de valor aos produtos e serviços indígenas por meio da inovação tecnológica, da certificação sustentável, do fortalecimento gerencial de cooperativas e associações produtivas, do desenvolvimento de modelos de negócios sustentáveis, e do apoio à comercialização e à promoção para mercados nacionais e internacionais”.

Por fim, o MTur terá como uma de suas missões apoiar os demais participantes do acordo “na realização das ações de suas respectivas competências no escopo do plano de trabalho”; e “orientar gestores públicos, privados, trade turístico e turistas acerca da importância da valorização da sociobiodiversidade, dos povos indígenas, e da aplicação de boas práticas para o desenvolvimento responsável do turismo”.

Ações da Embratur

A Embratur vem promovendo uma série de ações para fortalecer o etnoturismo no Brasil. Em outubro, por exemplo, a Agência participou da segunda edição da EtnoExpo Turismo, que aconteceu na Aldeia Salto da Mulher, em Campo Novo do Parecis, no estado do Mato Grosso. A feira é voltada para qualificação, negócios e experiências turísticas, fomentando o etnoturismo e fortalecendo a cultura, gastronomia e empreendedorismo dos povos indígenas da região.

Com oito aldeias indígenas abertas à visitação, a região de Campo Novo do Parecis vem se destacando no segmento etnoturismo, proporcionando aos turistas uma imersão na vida, nos costumes e na cultura dos povos indígenas. Pelo menos 15 das 42 etnias de Mato Grosso participaram da EtnoExpo, além de operadores e gestores de turismo, órgãos governamentais e instituições de ensino.

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Além disso, a Agência patrocinou o festival Aldeia Multiétnica, que aconteceu em julho, na Chapada dos Veadeiros, em Goiás. O evento reuniu indígenas de 18 etnias do Brasil, Canadá, Peru e Bolívia, que compartilharam saberes e experiências durante oito dias. Na Aldeia, distante apenas 18 km da cidade de Alto Paraíso (GO), visitantes brasileiros e do exterior conheceram de perto a cultura desses povos e puderam adquirir e levar para seus destinos o artesanato indígena. Além da participação dos indígenas, a comunidade do Quilombo Kalunga também expôs no evento.

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Prefeito eleito, Paulo Sérgio finaliza anúncio de secretários e diretores de autarquias de Uberlândia; veja lista

O prefeito eleito de Uberlândia, Paulo Sérgio, finalizou nesta segunda-feira (23) o anúncio dos nomes que vão compor o primeiro escalão a partir de 1º de janeiro de 2025. A divulgação dos secretários e diretores de autarquias foi feita pela rede social e foi iniciada na quinta (19).

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Veja os nomes por ordem de anúncio e mais abaixo mini perfil de cada e suas respectivas secretarias e autarquias:

Renato Rezende, secretário de Governo

Tania Toledo, secretária de Educação

Paulo Eduardo, secretário de Comunicação

Abatenio Marquez, secretário de Defesa do Consumidor e Bem-estar Animal

Adenilson Lima, secretário de Saúde

Henckmar Borges, secretário de Finanças

Roberta Braga, secretária de Planejamento Urbano

Guilherme Silveira, secretário de Infraestrutura Urbana

Raphael Leles, secretário de Serviços Urbanos

Edson Cezar Zanatta, diretor-geral da Futel

Lívia Mendes de Paula, secretária de Gestão Estratégica

Thiago Silveira, secretário de Agronegócio

Thaynan Salviano, secretário de Juventude

Reginaldo Mendes, diretor-presidente da Prodaub

Mônica Debs, secretária de Cultura

Fabiano Alves, secretário de Desenvolvimento Econômico e Inovação

Dilson Dalpiaz, secretário de Meio Ambiente

Luís Carlos, secretário de Habitação

Kátia Santiago, secretária de Desenvolvimento Social

Paulo Romes, secretário de Trânsito e Transportes

Lucas José de Oliveira, diretor-geral adjunto do Dmae

Geraldo Mundim, procurador-geral do Município

Norman José, diretor-executivo da Emam

Carlos Nazareno, diretor da Ferub

André Goulart, direto-geral do Ipremu

Modesto Rabelo, controlador geral do Município

Celso Faria, secretário de Administração

Renato Rezende, secretário de Governo

Renato é gestor público e consultor empresarial, pós-graduado em Urbanismo e o Futuro das Cidades pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), tem MBA Internacional com ênfase em Gestão Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e University of California at Irvine (UCI).

Também tem MBA em Gestão Comercial pela FGV, MBA em Gestão de Negócios com ênfase em Finanças pelo IBMEC e graduação em Turismo e Hotelaria pelo Centro Universitário do Triângulo – Unitri.

Renato tem experiência no setor público e ocupou a diretoria geral, adjunta e diretoria administrativa do Departamento Municipal de Água e Esgoto (Dmae) entre 2020 e 2024. Também foi diretor de atração de investimentos e de turismo na Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Turismo entre 2016 e 2020.

Tania Toledo, secretária de Educação

Tania segue à frente da pasta na gestão de Paulo Sérgio. Ela é graduada em Pedagogia pelo Centro Universitário do Triângulo (Unitri) e pós-graduada em processos de ensino aprendizagem.

Tem experiência na rede pública municipal de ensino, como servidora concursada: supervisora e diretora escolar, assessora especial de educação, entre outras funções. Também já trabalhou com magistério no ensino superior e coordenadoria pedagógica em escolas particulares.

Paulo Eduardo, secretário de Comunicação

É formado em Comunicação pela Universidade Federal de Goiás (UFG) e especialista em Políticas Públicas pela mesma instituição. Tem mestrado em Gestão Estratégica de Marcas pelo Instituto Internacional de Ciências, da Universidade de Navarra, e especialização em Comunicação e Marketing pelo Instituto da Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP).

Paulo é diretor de comunicação do Grupo Fatra, que gere a Faculdade de Medicina de Uberlândia, e diretor de projetos sociais da Instituição Cristã de Assistência Social de Uberlândia (Icasu). Tem experiência como assessor de imprensa de empresas do setor imobiliário e atuou em empresas de comunicação em Minas Gerais e Goiás, incluindo afiliadas Globo e SBT.

Abatenio Marquez, secretário de Defesa do Consumidor e Bem-estar Animal

Abatenio é graduado e mestre em Direito, já foi superintendente do Procon, Procurador Geral do Município e assessor especial do gabinete na gestão de Odelmo Leão.

Em 2022, tomou posse como vereador na Câmara Municipal de Uberlândia e, em 2024, foi reeleito para o cargo com 4.542 votos.

Adenilson Lima, secretário de Saúde

Adenilson é graduado em Medicina pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e segue à frente da Secretaria de Saúde, cargo que ocupa desde janeiro de 2023, na gestão de Paulo Sérgio. É pós-graduado pela UFU em Medicina Interna e Cardiologia, também foi secretário adjunto de Saúde de Uberlândia de 2006 a dezembro de 2012, além de ter chefiado a secretaria em Catalão (GO).

Adenilson foi diretor de serviços administrativos da UFU de fevereiro de 2017 a fevereiro de 2018, assessor da Reitoria de fevereiro de 2019 a 2021, diretor Técnico da FAEPU de fevereiro de 2021 a dezembro de 2023 e é doutorando na área de Gestão em Saúde pela Fundação Getúlio Vargas de São Paulo.

Henckmar Borges, secretário de Finanças

Henckmar Borges Neto é administrador com especialização em Controladoria e Finanças e seguirá responsável pela Secretaria de Finanças da cidade. Ele é servidor efetivo e atua na pasta desde 1993. Foi chefe de tesouraria entre 1995 e 1997 e desde 2017 ocupa o cargo de secretário.

Roberta Braga, secretária de Planejamento Urbano

Arquiteta e Urbanista, Roberta Braga de Paula Nogueira seguirá comandando a pasta de Planejamento Urbano. Ela ocupou cargos na Prefeitura nas secretarias de Desenvolvimento Social Habitação e Trabalho, Meio Ambiente e Serviços Urbanos e Educação entre 2006 e 2012. Trabalhou ainda como assessora de planejamento urbano de 2018 a 2020.

Guilherme Silveira, secretário de Infraestrutura Urbana

Guilherme é diretor-geral do Dmae, engenheiro civil formado pela Universidade de Uberaba (Uniube), com especialização em Projeto, Execução e Controle de Estruturas e Fundações pelo Instituto de Pós-graduação e Graduação (IPOG), liderou iniciativas de planejamento estratégico, inovação tecnológica e sustentabilidade financeira no departamento.

Ele já trabalhou como gerente de projetos na execução de grandes obras, como o viaduto da Avenida Nicomedes Alves e o Sistema de Abastecimento de Água Capim Branco e atuou também na construção de sistemas de saneamento, rodovias duplicadas e condomínios residenciais.

Raphael Leles, secretário de Serviços Urbanos

Raphael foi secretário de Gestão Estratégica de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Turismo na gestão Odelmo Leão e pesidente do Comitê Gestor de parcerias público-privadas.

Em 2020 foi eleito vereador, assumindo a presidência de várias Comissões da Câmara durante o mandato. Em 2024, foi reeleito ao cargo de vereador.

Edson Cezar Zanatta, diretor-geral da Futel

Zanatta é o atual diretor-geral da Fundação Uberlandense de Turismo, Esporte e Lazer (Futel) e continuará na função. Ele é graduado em Administração e Economia pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU).

É ex-atleta de basquete do Uberlândia Tênis Clube (UTC) e do Praia Clube. Também já atuou como secretário de Indústria, Comércio e Turismo entre 1993 e 2000 e foi vereador de Uberlândia de 2001 a 2004. Também foi diretor-superintendente do Martins e presidente da Associação Comercial e Industrial de Uberlândia (Aciub).

Lívia Mendes de Paula, secretária de Gestão Estratégica

Lívia é graduada em Ciência da Computação e tem MBA em Finanças Corporativas. Já atuou como CEO do Grupo Unimed Uberlândia, foi diretora de Planejamento e Gestão do Grupo Valecard, gerente de Governança na Algar Tech e assessora de Gestão, Estratégia e Planejamento na Petrobras, no Rio de Janeiro. Também fundou e vendeu duas startups de Tecnologia da Informação.

Thiago Silveira, secretário de Agronegócio

Thiago Silveira é produtor rural e empresário, exerce atividades de suinocultura, pecuária de leite, agricultura e distribuição de alimentos. Foi presidente do Sindicato Rural de Uberlândia e vice-presidente da Federação da Agricultura do Estado de Minas Gerais e Presidente da Associação dos Produtores Integrados de Suínos do Estado de Minas (APROIMG).

Também atuou como conselheiro da Cooperativa de Produtores de Leite do Triângulo e Alto Paranaíba (Cotrial) e membro da Câmara da Integração de Aves e Suínos na Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Thiago também participou do conselho fiscal da Associação Brasileira de Criadores de Girolando e é diretor Internacional da Associação Brasileira de Produtores de Leite.

Thaynan Salviano, secretário de Juventude

Thaynan é engenheiro mecânico formado pela UFU, cientista político em formação, produtor e gestor rural com certificações pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater) e Ministério da Economia. Já trabalhou em conjunto com empresas como Petrobras, Infraero e Prefeitura do Rio de Janeiro.

Reginaldo Mendes, diretor-presidente da Prodaub

Reginaldo vai continuar comandando a Prodaub, empresa pública municipal responsável pela tecnologia e informática da Prefeitura. É formado em Administração de Empresas, com MBA em Gerenciamento de Projetos pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e servidor público desde 1991.

Mônica Debs, secretária de Cultura

Mônica Debs segue à frente da Secretaria de Cultura, onde já a pasta de 2005 a 2012 e de 2017 até os dias atuais. Graduada em Educação Artística, com Habilitação em Música pela Faculdade Mozarteum (SP), tem formação musical na área de piano.

Como servidora pública estadual, atuou como professora, vice-diretora e diretora do Conservatório Estadual Cora Pavan Capparelli.

Fabiano Alves, secretário de Desenvolvimento Econômico e Inovação

Formado em administração de empresas e mestre em inovação e Tecnologia, Fabiano tem como histórico profissional empresas como o Sebrae, além de ter dado aulas em faculdades. Tem experiência no relacionamento com o poder público e participação em conselhos consultivos de instituições, empresas e startups.

Dilson Dalpiaz, secretário de Meio Ambiente

Com carreira sólida em grandes empresas como o Grupo Algar, Dilson tem experiência no poder público como diretor da InvestMinas e foi secretário de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Turismo e de Gestão Estratégica e Comunicação Social.

Engenheiro, pós-graduado em gestão público, Dilson foi professor na UFU, presidiu a Aciub, consultor do Sebrae e tem amplo conhecimento em negócios, gestão e diplomacia.

Luís Carlos, secretário de Habitação

Luís Carlos é graduado em Administração de Empresas, pós-Graduado em Gestão Empresarial, Gestão Estratégica, Finanças Empresariais, Gestão de Empreendimentos Imobiliários, Direito Imobiliário e em Gestão Urbana. Ele seguirá chefiando a Secretarua de Habitação no município.

Ele é aposentado da Caixa Econômica Federal, onde atuou por 35 anos tendo exercido diversos cargos como gerente nacional de Loterias, gerente nacional de governo e superintendente regional no Triângulo Mineiro.

Kátia Santiago, secretária de Desenvolvimento Social

Kátia é pedagoga com pós-graduação em Psicopedagogia e em Didática e Metodologia do Ensino Fundamental e Superior, seguirá à frente do Desenvolvimento Social.

Ela é servidora efetiva e já exerceu funções de coordenadora de capacitação da equipe de creches, coordenadora de unidade de desenvolvimento infantil, coordenadora do atendimento à criança e adolescente de 06 a 17 anos e assessora municipal, cargo que ocupou por 16 anos.

Paulo Romes, secretário de Trânsito de Transportes

Paulo Romes Junqueira é formado em Direito com pós-graduação em Gestão Empresarial. É CEO do Grupo Junco, foi presidente da Associação Comercial e Industrial de Uberlândia (Aciub) por dois mandatos e atualmente é membro do conselho administrativo da entidade.

Além disso, exerce o cargo de presidente do Sindicato das Indústrias de Alimentação de Uberiândia (SIAU), filiado ao sistema Federação das Indústrias de Minas Gerais (FIEMG).

Lucas José de Oliveira, diretor-geral adjunto do Dmae

Lucas é graduado em Engenharia Civil e especialista em Engenharia de Segurança do Trabalho, ambos pela Universidade Federal de Uberlândia. Ele assume interinamente a direção do Dmae.

Atuou na área de elaboração de projetos hidrossanitários prediais, infraestrutura de saneamento básico e aprovação de loteamentos. É servidor de carreira, já ocupou os cargos de coordenador, supervisão de planejamento e gerente de planejamento e gestão estratégica.

Geraldo Mundim, procurador-geral do Município

Advogado atuante na área de Direito Público há mais de 10 anos, Geraldo Mundim vai continuar respondendo como Procurador-Geral de Uberlândia. Também já atuou como secretário Municipal de Governo e assessor jurídico na Secretaria Municipal de Gestão Estratégica.

Norman José, diretor-executivo da Emam

Norman José Nicoli será o responsável pela Empresa Municipal de Apoio e Manutenção (Emam). Ele é engenheiro civil formado pela Escola de Engenharia Kennedy (FEMG), possui pós-graduação em Engenharia de Transportes, com atribuições regulamentadas pelo (Conselho Federal de Engenharia e Agronomia) CONFEA, e especialização em Gestão Pública Municipal pela Universidade Federal de Ubertândia (UFU).

Desde 2003, é servidor público municipal efetivo. Já ocupou cargos na Secretaria Municipal de Obras, sendo secretário da pasta entre fevereiro e dezembro de 2024. Também já exerceu funções na Emam, onde coordenou equipes de manutenção e reformas. Atuou ainda na Secretaria Municipal de Saúde, demonstrando sua versatilidade e compromisso com o serviço público.

Carlos Nazareno, diretor da Ferub

Carlos é engenheiro agrônomo pela Universidade Federal do Ceará, bacharel em Direito e Advogado pela Universidade Federal de Uberlândia, com mestrado em Educação Agrícolo, pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro.

Iniciou sua vida profissional com Extensionista da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Estado de Minas Gerais (Emater-MG) em 1972, sendo supervisor local de 1979 a 1988 e seguirá no comando da Fundação de Excelência Rural de Uberlândia (Ferub).

André Goulart, diretor-geral do Ipremu

André é bancário aposentado e ex-vereador de Uberlândia por dois mandatos (1997 a 2004). André seguirá em seu quinto mandato como diretor-geral do Instituto de Previdência dos Servidores Públicos do Município de Uberlândia (Ipremu).

É membro efetivo do Conselho Nacional das Dirigentes de Regimes Próprios da Previdência Social (Conaprev) e vice-presidente da Associação Brasileira de Instituições de Previdência Estaduais e Municipais (Abipem).

Modesto Rabelo, controlador geral do Município

Modesto é advogado, especialista em Direito Público pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e procurador municipal, ingressou no quadro efetivo da Advocacia Pública Municipal em 2008. Ele seguirá à frente da controladoria.

Foi diretor do setor de auditoria de receitas municipais entre 2006 e 2009, na extinta Superintendência de Controles Gestão. Também foi assessor jurídico e de controle na Controladoria Municipal do Município (2009-2016).

Celso Faria, secretário de Administração

Celso é formado em Gestão de Pessoas na Universidade da Flórida Central e Administração e Gestão de Pessoas pela UFU. Foi presidente da Instituição Cristã de Assistência Social de Uberlândia (Icasu) por dois mandatos e professor universitário na Uniube e da Esamc. Atualmente é vice-presidente do Sindicato Patronal Empresas Holdings (SINDHART), prestação de serviços de Administração e RH.

Coronel Fernando Marcos Reis, secretário de Segurança Integrada

O coronel encerrou a carreira na Polícia Militar de Minas Gerais, em junho de 2024, após mais de 30 anos de serviços prestados à corporação. O último posto ocupado por ele foi o comando da 9ª Região da Polícia Militar em Uberlândia. Fernando também atuou em Belo Horizonte, Sacramento e Araxá.

É graduado em Direito, com especialização em Segurança Pública e em Gestão Estratégica de Segurança Pública. Ao longo da carreira, teve como marcas o uso de tecnologias, fortalecimento da inteligência policial e a integração entre órgãos de segurança pública e defesa social.

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Em alta, setor de franquias se consolida em 2024

Considerado seguro e estruturado por especialistas, o setor de franquias se destacou, em 2024, como uma forma de integrar novos investidores e marcas consolidadas no mercado. Para os franqueados, esse modelo reduz o risco de negócio, pois é operada uma unidade com um modelo previamente validado e conhecido entre os consumidores.

Por definição, franquia (ou franchising empresarial) é o sistema pelo qual o franqueador (dono da franquia) cede ao franqueado (pessoa com o desejo de abrir a franquia) o direito de uso da marca ou patente, associado ao direito de distribuição exclusiva ou semiexclusiva de produtos ou serviços. “O franqueado, em troca, faz um investimento inicial, paga taxas de franquia e royalties, e segue as regras e padrões estabelecidos no contrato”, explica o sócio-fundador e CEO da Rockfeller Language, André Belz.

O especialista destaca que o funcionamento de uma franquia envolve várias etapas, como a seleção do franqueado, a assinatura do contrato, o aporte financeiro, além de treinamento e suporte contínuo oferecido pelo franqueador em áreas como marketing, vendas e operações. O modelo tem como maior atrativo a redução de riscos.

“A franquia oferece uma oportunidade de empreender com menor risco, já que o modelo de negócio é testado e conta com o suporte do franqueador”, aponta André Belz. Para o franqueado, isso pode indicar autonomia financeira e acesso a uma marca que possui estratégias de marketing e suporte operacional definidos.

O modelo de franquias também pode desempenhar um papel significativo na economia. As franquias geram empregos diretos e indiretos, além de contribuir para o desenvolvimento regional e impulsionar o empreendedorismo de forma estruturada.

“Uma franquia é, acima de tudo, a replicação de um modelo de sucesso. Trata-se de pegar um negócio que deu certo e torná-lo duplicável, permitindo que outra pessoa use seu nome, seus recursos, sua identidade visual, sua arquitetura e seus padrões operacionais”, defende o Co-CEO do Mr. Cheney, Johannes Castellano.

O processo de franquear exige uma estrutura bem definida e respaldada por aspectos legais, como a Circular de Oferta de Franquia (COF) e o contrato de franquia. Esses documentos estabelecem as responsabilidades de ambas as partes, garantindo que o franqueador mantenha o padrão de excelência e que o franqueado compreenda os limites e as condições do negócio.

Segundo uma pesquisa do Sebrae Nacional, ter um negócio próprio é, atualmente, um dos três principais desejos de seis em cada dez brasileiros. Para os que desejam empreender, a franquia surge como uma porta de entrada acessível e segura. Com a vantagem de operar sob o respaldo de uma marca já consolidada, os franqueados contam com uma base sólida para enfrentar os desafios do mercado. Além disso, o suporte contínuo, que inclui treinamentos e estratégias de marketing, facilita a adaptação e aumenta as chances de sucesso.

O modelo de franquias combina o melhor dos dois mundos: a inovação e a flexibilidade de um negócio próprio, com a segurança e o respaldo de um sistema estruturado. Para investidores e empreendedores, é uma oportunidade de gerar impacto econômico e social, promovendo o crescimento regional e contribuindo para o fortalecimento do mercado de trabalho.

De acordo com um levantamento da Associação Brasileira de Franchising, o mercado como um todo teve um crescimento de 13%, em 2023, especificamente, no segmento que inclui serviços financeiros. Apenas no primeiro trimestre de 2024, a área cresceu 25,3%. Esse desempenho reflete o interesse dos consumidores por consultorias especializadas, atraindo novos investidores para esse tipo de negócio.

Para Jenni Almeida, especialista em finanças e CEO da Invest4U, as franquias de serviços financeiros oferecem não apenas um caminho lucrativo, mas também a segurança de um modelo de negócios testado e aprovado — uma vantagem importante em um mercado no qual muitos negócios falham antes de completar um ano.

“Esse formato entrega a estrutura e o suporte que novos empreendedores precisam, reduzindo obstáculos ao longo do caminho. Além disso, as franquias são projetadas para se adaptar aos avanços tecnológicos e à demanda por serviços omnichannel, criando um ambiente de negócios sólido e preparado para o futuro”, afirma.

Muitos profissionais querem empreender, mas sentem o peso dos riscos e das incertezas financeiras que acompanham um novo negócio. O modelo de franquia no setor financeiro ajuda a contornar esses desafios, oferecendo treinamentos completos e acompanhamento próximo para garantir a segurança dos franqueados.

No Distrito Federal, o mercado de franquias segue em crescimento. Segundo dados divulgados pela Associação Brasileira de Franchising (ABF), o setor registrou um faturamento superior a R$ 1,5 bilhão no terceiro trimestre de 2024, representando um avanço de 10,4% em comparação ao mesmo período do ano passado.

Em âmbito nacional, a área também apresentou desempenho expressivo. O faturamento das franquias no Brasil avançou 12,1% no terceiro trimestre em relação a 2023, refletindo o dinamismo e a capacidade de adaptação das redes em um cenário competitivo. Apesar de uma ligeira expansão de 0,6% no número de unidades, o DF conta com 4.710 operações em funcionamento.

Alguns segmentos lideraram o crescimento das franquias no Distrito Federal e em todo o país. Setores como limpeza e conservação, saúde, beleza e bem-estar foram impulsionados pela demanda por serviços convenientes e personalizados. A alimentação manteve sua relevância, alavancado pelo consumo em formatos de entrega e take-away, além da capacidade das redes de se adaptarem às preferências locais.

O franchising também desempenhou papel relevante na geração de empregos. Nacionalmente, o setor registrou um aumento de 3,85% no número de postos de trabalho, passando de 1,612 milhão para 1,674 milhão de empregos formais. Na capital, o crescimento foi mais moderado, com alta de 1,2%, somando 41.694 vagas diretamente relacionadas às operações de franquias.

“O crescimento de 10,4% no faturamento e a estabilidade no número de unidades são indicadores claros de que o Distrito Federal continua sendo um mercado atrativo e dinâmico para as franquias. Além disso, o aumento na geração de empregos reflete o compromisso do setor em contribuir com o desenvolvimento econômico e social da região”, ressalta o diretor regional da ABF no Centro-Oeste, Eduardo Santinoni.